Ao
longo de vários artigos, eu tenho respondido á muitas objeções
Protestantes sobre rezar para os Santos. “Como pode um simples homem
responder a várias orações ao mesmo tempo?”, “A oração aos Santos é
necromancia?” ou, talvez a mais famosa, “Se Jesus é revelado em 1
º
Timóteo 2,5 como sendo “o único mediador entre Deus e os homens”, como
nós poderíamos ter milhares de Santos que “mediam” por nós?
Neste
artigo, nós iremos considerar a objeção daqueles que acreditam que
rezar para os Santos equivale a mesma coisa que “adorar” eles como a
Deus. No livro “Respostas para as objeções Católicas- Uma discussão da
Autoridade Bíblica” James White escreve: “A oração, afirma-se [na
Bíblia], é um ato de adoração, e devemos adorar somente a Deus.” Se é
assim, nós, católicos, precisaríamos parar com isso, então, o que fazer?
A resposta Católica
Quando
nós, Católicos, dizemos que vamos orar para Deus e orar para os Santos,
nós estamos falando de uma diferença qualitativa entre coisas
diferentes, como o homem é diferente do macaco. Os Protestantes
geralmente tem em mente só um tipo de oração- a oração para Deus que
automaticamente implica em adoração. Mas basta pegar um dicionário para
descobrir que há, na verdade, diferentes definições e, portanto,
diferentes usos da mesma palavra.
Oração:
A atitude ou a pratica da oração.
“Um
pedido sincero; rogo; súplica; humilde súplica dirigida a Deus, a uma
divindade, etc: (b) um pedido feito a Deus, etc, como, a sua oração por
seu retorno seguro, (c) qualquer fórmula definida para a oração, como a
Deus.”
A oração não é, por definição, necessariamente equivalente á adoração que é dirigida única e exclusivamente a Deus.
A
oração certamente pode envolver uma atitude de adoração quando é
dirigida a Deus, mas o termo necessariamente não denota adoração. Ele
pode simplesmente significar “uma súplica”.
Alguém
poderia dizer para outro alguém, “Por favor, diga …” ou, “peço-te, meu
senhor …”. De fato, a Bíblia King James nos dá muitos exemplos do termo
“oração” sendo usado da mesma forma que nós, Católicos, usamos essa
mesma palavra para rezar aos Santos.
Quando
Betsabé faz um pedido do rei Salomão em I Reis 02:20, a KJV tem a
dizer: “Eu te peço, não me diga nem não.” Nunca houve aqui uma questão
de saber se o King James Bíblia estava apresentando Betsabé como
adorando seu filho como Deus, ou orando para ele de uma forma que é
proibido. Não era.
Nem
os católicos, quando oramos aos santos. Nós certamente os honramos
quando rezamos para eles. Em outras palavras, nós não falamos com eles
como falamos com os rapazes no bar local. Mostramos um grande respeito e
reverência para com eles. Mas nós não os adoramos como nós adoramos
somente a Deus. E também pedir-lhes por suas orações porque a Escritura
deixa bem claro que precisamos uns dos outros, como membros do corpo de
Cristo (ver I Coríntios 12,12-27.).
Definindo as diferenças
A Igreja Católica tem feito grandes esforços para definir a diferença essencial entre a oração a Deus e oração aos santos.
O
Concílio Ecumênico de Nicéia, em 787 AD, a que se refere a esta
“adoração”, dado somente a Deus como latreia (grego) ou latria (Latim).
Isto vem de uma raiz grega que encontramos na Escritura em vários
lugares e em diferentes palavras. Em Gálatas 5,20, por exemplo,
encontramos São Paulo condenando “idolatria”, idolatreia. Este termo
significa literalmente “ídolo-adoração.” Outro exemplo é encontrado em
Hebreus 9,6, onde o autor inspirado refere-se ao ministério dos
sacerdotes no Antigo Testamento como oferecendo seus “deveres rituais”
para Deus (Gr.-latreias).
Os
Padres conciliares usaram latria neste sentido de “adoração”, que só
deve ser dado a Deus. Quando o Conselho considerou rezar aos santos, os
pais ensinaram que a oração deve incluir o respeito que lhes é devido na
justiça, mas nunca adoração. Eles escolheram usedouleia (grego) ou
dulia (Latin), a fim de fazer essa distinção clara. Assim, temos um tipo
totalmente diferente de oração oferecida aos santos do que para Deus.
No “Conselho para a Definição Doutrinal”, os Padre declararam:
Quanto
mais eles são frequentemente vistos em arte representacional, mais são
aqueles que os fazem lembrar que os Santos lhes servem como modelos, e
usam imagens para pagar o tributo de saudação e reverência respeitosa.
Certamente esta não é a plena adoração latria {}, de acordo com a nossa
fé, que é devidamente pago somente à natureza divina, mas ela lembra
que, dado à figura da cruz honrado e que dá vida, e também para os
livros sagrados de os evangelhos e outros objetos sagrados de culto.
Além disso, as pessoas são atraídas para honrar essas imagens com a
oferenda de incenso e velas, como foi piamente estabelecido pelo costume
antigo. De fato, a honra prestada a uma imagem, veneramos a pessoa
representada naquela imagem.
A oração é, necessariamente, um ato de adoração? Não, não é.
Traduzido
por Tiago Rodrigo da Silva – Apostolado Spiritus Paraclitus, do
original em inglês “Is Prayer Synonymous With Worship?”do site
catholic.com
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