A definição do dogma da Imaculada Conceição
constituiu um longo caminho de discernimento, no qual o “sensus
fidelium” teve um papel muito importante. É uma festa de esperança, de
alegria pelo imenso poder da redenção trazida por Cristo, que pôde
inclusive preservar sua Mãe do domínio do pecado.
A Imaculada Conceição de Maria constitui, para os cristãos, uma boa notícia de esperança na libertação do pecado, trazida pela redenção de Cristo na cruz. Ao longo dos séculos, apesar das dificuldades na definição do dogma, o povo cristão acreditou e defendeu intensamente esta verdade.
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX
(Giovanni Maria Mastai Ferretti, 1792-1878) proclamou, com a bula
“Ineffabilis Deus”, o dogma da Imaculada Conceição da
Virgem Maria, isto é, que Nossa Senhora foi preservada por Deus, desde o
instante da sua concepção, pelos méritos da redenção de Cristo, do
pecado original que todos os homens têm pela transgressão de Adão, para
preparar a mais perfeita Mãe para o seu Filho.
“O mistério da Imaculada Conceição é
fonte de luz interior, de esperança e de consolo”, afirmou Bento XVI
durante a oração do Ângelus no dia da Imaculada, em 2010.
Sobre a pureza de Maria,
Bento XVI disse, em 8 de dezembro de 2009, que “Maria Imaculada
ajuda-nos a redescobrir e defender a profundidade das pessoas, porque
nela existe a transparência perfeita da alma no corpo. É a pureza em
pessoa, no sentido que nela espírito, alma e corpo são plenamente
coerentes entre si e com a vontade de Deus”.
O Papa incentiva a dirigir-se à Imaculada
com a alegria de ser seus filhos: “Cada vez que experimentamos a nossa
fragilidade e a sugestão do mal, podemos dirigir-nos a Ela, e o nosso
coração recebe luz e conforto”.
No caso da Imaculada Conceição, o sentir do povo fiel esteve à frente da formulação do dogma, já desde os primeiros séculos. Na Idade Média, a controvérsia chegou a extremos épicos. Por exemplo, a defesa da festa levou os monges ingleses, no século XI, a resistirem aos normandos invasores, enquanto, nas universidades do continente, professores e alunos se juramentavam com pactos de sangue em defesa da Imaculada. São numerosas as lendas medievais de aparições e visões angélicas, neste sentido.
No caso da Imaculada Conceição, o sentir do povo fiel esteve à frente da formulação do dogma, já desde os primeiros séculos. Na Idade Média, a controvérsia chegou a extremos épicos. Por exemplo, a defesa da festa levou os monges ingleses, no século XI, a resistirem aos normandos invasores, enquanto, nas universidades do continente, professores e alunos se juramentavam com pactos de sangue em defesa da Imaculada. São numerosas as lendas medievais de aparições e visões angélicas, neste sentido.
Na Espanha, sabe-se que, já desde a época
dos visigodos e sobretudo durante a Reconquista, os reis se postulavam
como defensores da “puríssima concepção de Maria”. O
primeiro voto à Imaculada Conceição foi feito em 1466, em Villalpando
(Zamora). Os territórios da Coroa espanhola a festejavam como padroeira
desde 1644 e os sacerdotes espanhóis têm, desde 1864, o privilégio
pontifício de celebrar esse dia com casula azul, como reconhecimento do
papel da Espanha na defesa do dogma.
Existe um grande patrimônio artístico e
cultura sobre a Imaculada, especialmente nos países hispanos, no sul da
Itália e nos Estados Unidos, que mostram quão profundamente repercute na
vida cristã a preservação de Maria do pecado original desde a sua
concepção.
O dogma da Imaculada,
definido em 1854, foi recebido com grandes festejos e, poucas décadas
depois, adquiriu o caráter de solenidade com vigília, como as grandes
festas do calendário cristão. A Imaculada foi declarada padroeira dos
Estados Unidos em 1847, pelo episcopado católico desse país. Celebra-se
também, com grande solenidade e devoção, com grandes festas e
procissões, na Argentina, Panamá, Colômbia, Peru, Equador, Chile,
Guatemala, México, Nicarágua e Brasil.
Muitos santos falaram com ternura da Imaculada. Um deles foi, por exemplo, São Maximiliano Kolbe, quem afirmou que “o Espírito Santo mora nela, vive nela e isso desde o primeiro instante da sua existência, sempre e para a eternidade”. É tradicional que, no dia 8 de dezembro, o papa reinante se dirija à Praça da Espanha, de Roma, para homenagear a imagem da Virgem Imaculada.
Muitos santos falaram com ternura da Imaculada. Um deles foi, por exemplo, São Maximiliano Kolbe, quem afirmou que “o Espírito Santo mora nela, vive nela e isso desde o primeiro instante da sua existência, sempre e para a eternidade”. É tradicional que, no dia 8 de dezembro, o papa reinante se dirija à Praça da Espanha, de Roma, para homenagear a imagem da Virgem Imaculada.
Ao ter sido preservada imune de toda
mancha de pecado original, a Puríssima Conceição permanece diante de
Deus, e também diante da humanidade inteira, como o sinal imutável e
inviolável da escolha por parte de Deus. Esta escolha é mais forte que
toda a força do mal e do pecado que marcou a história do homem, uma
história em que Maria aparece então como “sinal de esperança segura”.
Por outro lado, em Maria resplandece a santidade
da Igreja que Deus quer para todos os seus filhos. Nela, a Igreja já
chegou à perfeição e, por isso, recorre a Ela como “modelo perene” (em
palavras da carta encíclica “Redemptoris Mater”), em quem já se realiza a
esperança escatológica da vida futura.
Além disso, Maria permaneceu fiel à sua natureza imaculada
e se tornou, para todo ser humano, um modelo de qualquer virtude
representada em grau sumo, destacou o ministro geral dos Frades Menores,
José Rodríguez Carballo, acrescentando que “Maria é uma mulher da mesma
massa que nós, que realiza absolutamente o ideal de pureza, beleza e
santidade”.
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