Postado em 10 de abril de 2015 por Carmadélio
Notícias positivas para a Igreja estadunidense. Em 2015,
espera-se que sejam ordenados 595 novos padres: um aumento de quase 25% (24,7%
para ser exato) em relação ao ano passado.
A notícia foi dada pela Conferência dos Bispos dos Estados
Unidos, que, de qualquer maneira, prefere manter uma atitude prudente. Dom
Michael F. Burbidge, bispo de Raleigh, Carolina do Norte e presidente da
Comissão para o Clero, a Vida Consagrada e as Vocações, considera que os
números podem dar esperança, e inauguram a reflexão sobre a possibilidade de
aumentos no futuro: “É muito esperançoso observar o ligeiro aumento no número
de ordenações deste ano nosEstados Unidos”. Observou também, com respeito aos
futuros padres, “as influências positivas encontradas durante o tempo do
discernimento para o chamado”. Os candidatos indicaram que “o apoio das
famílias, dos padres da paróquia e das escolas católicas foi muito importante
nesse processo”.
Em média, os futuros padres tinham em torno de 17 anos
quando consideraram pela primeira vez a possibilidade de escolher esta vocação.
A maior parte (sete de cada 10) recebeu o apoio de um padre da paróquia (45%) e
de suas mães (40%). Obviamente, as diferentes influências não se excluem
mutuamente. Em geral, os futuros padres viveram pelo menos 15 anos na diocese
ou na eparquia na qual depois realizaram a formação para o sacerdócio.Em 2014,
os padres ordenados nos Estados Unidos foram 477. Os números atuais foram
recebidos com entusiasmo, porque parecem confirmar a estabilidade de um
investimento de tendência que se manifestou nos últimos anos, com algumas
exceções (em 2013 os candidatos foram 499) e que parece ter colocado um ponto
final a uma tendência negativa permanente. Se em 1965 houve 994 ordenações,
esse número foi diminuindo drasticamente: em 1975 foram 771, em 1983 foram 533
e em 2005 houve apenas 454, segundo o Center for Applied Research in the
Apostolate (CARA). Em 2010, as ordenações diocesanas foram 459.
Um problema característico dos Estados Unidos são as
“dívidas” contraídas para estudar, ou seja, os financiamentos obtidos para
cursar estudos e que os estudantes terão que pagar quando tiverem concluído os
mesmos. “Mais de 26% dos padres ordenados contraíram uma dívida educativa na
hora de entrar no seminário: uma média de 22.500 dólares”, declarou o Pe. W. Shawn
McKnight, diretor-executivo do Secretariado. No futuro, será necessário
encontrar uma maneira de ajudar os futuros padres no trabalho de redução da
dívida.
A idade média dos padres ordenados em 2015 é de 31 anos. São
um pouco mais jovens em relação aos seus colegas de 2014, mas se segue
confirmando o modelo dos anos anteriores, ou seja, a entrada ao sacerdócio com
mais de 30 anos.
As duas terças partes (69%) dos “ordenados” são
estadunidenses de origem cáucaso-europeia; 10% têm origens asiáticas ou das ilhas
do Pacífico e 14% são hispânicos. Um quarto deles nasceu fora dos Estados
Unidos: Colômbia,México, Filipinas, Nigéria, Polônia e Vietnã. Viveram, em
média, 12 anos nos Estados Unidos. A maior parte deles é católica desde a
infância e apenas 7% se converteram mais tarde.
Os pais de 84% dos futuros padres são católicos e 37% têm um
parente que é padre ou religioso. Mais da metade foi a uma escola primária, a
uma escola superior ou a um “college” católicos. Seis de cada 10 tiveram um
emprego antes de entrar no seminário. Sete de cada 10 rezavam regularmente o
Terço e praticavam a adoração eucarística antes de entrar no seminário.
A reportagem é de Marco Tosatti e publicada por Vatican
Insider.
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