terça-feira, 21 de julho de 2015

Visita Pastoral do nosso Bispo

Esta semana a partir de quarta feira o Bispo Dom Frei Manoel Delson, OFM,Cap, estará fazendo uma visita a Paróquia Sagrada Família, confira agora a programação e sinta-se convidado a participar.




O Fundamentalismo…Cristão! Pastor faz fiéis comerem cobra e garante: “Vai virar chocolate”. Que falta faz O Magistério focado na fé e na razão!

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O pastor Penuel Tshepo, que se auto intitula “profeta”, é líder do ministério Discípulos do Final dos Tempos. Em sua igreja na cidade de Pretória, na África do Sul, ele já fez muitas coisas polêmicas, como ensinar as pessoas a tirar as roupas para que ele pudesse sentar sobre seus corpos nus para orar por elas por cura.
Novamente ele chamou atenção da imprensa por fazer algo bizarro no culto. Segundo o jornal inglês Metro ele está fazendo os fiéis engolirem cobras vivas. Mais estranho ainda é o fato de ele ensinar que elas se transformarão milagrosamente em chocolate em contato com a boca.
Em sua página no Facebook, Penuel justifica que tudo isso funciona por causa da fé dos seus seguidores. Seu ensino é que o crente possui “autoridade” para mudar qualquer coisa e isso acontece quando se aprende a exercer essa autoridade.
Existem várias fotos e depoimentos sobre a prática. “Eu fiz o que me mandaram. Comi e senti gosto de chocolate. Era diferente, mas era bom”, afirmou um fiel.
Outro membro da igreja, explica “Eu não tinha muita segurança da primeira vez, mas quando mordi a cobra, percebi que era o melhor chocolate que já havia comido”.
No Facebook, o texto que acompanha as fotos diz que é uma demonstração do poder de Deus e cita inclusive o versículo de Romanos 14:2 “Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais”.
O controverso Penuel já ensinou os membros de sua igreja a beber gasolina e comer pedaços de pano para serem abençoados.  Esse tipo de prática parece ser popular em igrejas de Pretória.
Ano passado o pastor Lesego Daniel, do Ministério Centro Raboni, na mesma região, ficou mundialmente conhecido por ensinar os fiéis de sua congregação a comer grama por que, desta maneira, poderiam estar “mais perto de Deus”.
Meses depois, divulgou um vídeo onde pega uma garrafa contendo gasolina e ensina a congregação que, pela fé, o conteúdo da garrafa se transformaria em suco de abacaxi. Muitos fiéis aceitaram o desafio e beberam o líquido testificando que ocorrera uma transformação milagrosa.

Cristianismo continua sendo a maior religião do mundo, aponta Instituto americano de pesquisa global

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Dentro da teologia existe uma área específica que estuda a propagação do evangelho e o avanço da igreja, chamada de missiologia. Uma das revistas especializadas neste estudo, o Boletim Internacional de Pesquisa Missionária (IBMR na sua sigla em Inglês) publica há 31 anos um levantamento das estatísticas religiosas em todo o mundo.
O cuidadoso trabalho é feito pelo prestigiado Seminário evangélico Teológico Gordon Conwell através do seu Centro Para Estudo do Cristianismo Global.
Os dados de 2015 indicam que a Igreja cristã está crescendo mais lentamente na Europa e América do Norte, mantendo a tendência de anos anteriores. Desde 1900, a Igreja na Europa testemunhou um aumento de 52,2%, chegando a 559.900.000 em 2015. No entanto, a população mundial cresceu 78% no mesmo período.
Por outro lado, a Igreja continua experimentado um crescimento dramático e explosivo na Ásia, na África e na América do Sul. Por exemplo, em 1900 havia menos de 9 milhões de cristãos africanos. Existem hoje mais de 541 milhões. Nos últimos 15 anos, a Igreja na África aumentou 51%.
De modo geral, o cristianismo se mantém como a maior religião do mundo, ao menos nominalmente. As estatísticas consideram como parte do cristianismo todos que assim se denominam, incluindo protestantes, católicos e ortodoxos.
Existem mais de 2,4 bilhões de cristãos em todo o mundo, pouco mais de um terço do total da população mundial. O Islã ocupa o segundo lugar, com 1,7 bilhão de fiéis. De acordo com este estudo, existem cerca de 136.400 mil ateus no mundo, ou 1,8% da população mundial.
A estudiosa Molly Wall explica: “De modo geral, o mundo está se tornando cada vez mais religioso, e lugares historicamente não religiosos (antigos países comunistas, especialmente a China) agora veem suas populações declarando-se religioso novamente e os números globais refletem essa mudança.”
O relatório anual faz projeções para o ano 2050 levando em conta as tendências atuais. Entre os dados levantados, confirma-se a tendência de concentração urbana nas chamadas megacidades (mais de um milhão de habitantes).
Também existem estudos específicos sobre a Igreja cristã, desde o número de templos até o número de Bíblias. No quesito “não evangelizadas” leva-se em conta a impossibilidade de uma pessoa ter contato com o evangelho a qualquer hora do dia seja ouvindo, lendo ou encontrando com um cristão.
Veja abaixo uma versão resumida do estudo. ( O Instituto é evangélico, por isso alguns dados são dessa realidade cristã)
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Fonte: Gospel Prime

sábado, 11 de julho de 2015

Por que chamamos a Virgem Maria de Nossa Senhora?

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O título de Senhor e Senhora, desde os primeiros séculos do Cristianismo, eram usados para os senhores de escravos, muito comum naquele tempo. Dentro desse contexto, a Virgem Maria disse ao anjo: “Eis aqui a escrava do Senhor” (Lc 1, 38).

Mas “Jesus é o Senhor”, como disse São Paulo (Fl 2,11); é o Rei dos Reis; e Sua Mãe é Rainha por consequência. Por isso, a Igreja entendeu que deveria chama-lá de Senhora. Os súditos do Rei eram também servos da Rainha. Ora, se somos súditos de Jesus, o somos também de Maria. A Ladainha Lauretana chama a Virgem Maria de Rainha dos Anjos, Rainha dos Santos, Rainha dos Apóstolos, Rainha dos Mártires, Rainha dos Confessores, Rainha da Virgens, Rainha dos Profetas. Ora, toda Rainha é Senhora em seu reino.
A Virgem Maria é aquela “cheia do Espírito Santo”, como a saudou sua prima Santa Isabel, que em alta voz disse: “Bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1,42). Ela é “a filha predileta de Deus”, diz o Concílio Vaticano II (LG n. 53), “aquela que, na Santa Igreja, ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (Lumen Gentium, n. 54).
São Bernardo, doutor da Igreja, o apaixonado cantor da Virgem Maria, no Sermão 47 diz: “Ave Maria, cheia de graça, porque é agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa de sua fecundidade; aos anjos, por sua virgindade; a Deus por sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhou para ela porque viu sua humildade”.
São Tomas de Aquino afirmou: “A bem-aventurada Virgem Maria, pelo fato de ser Mãe de Deus, tem uma espécie de dignidade infinita por causa do bem infinito que é Deus”. Ela é Senhora!
“A graça que adornou a Santíssima Virgem sobrepujou não só a de cada um em particular, mas a de todos os santos reunidos”, afirma Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja. Por isso ela cantou no Magnificat: “Desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo…” (Lc 1,42). Ela é Senhora!
Maria é um “espelho especialíssimo de Deus”, diz São Tomás de Aquino: “Os outros santos são exemplos de virtudes particulares: um foi humilde, outro casto, outro misericordioso, e assim nos são oferecidos como exemplos de uma virtude. Mas a bem-aventurada Virgem é exemplo de todas as virtudes”, diz o santo.
São Bernardo e Santo Antônio, doutores da Igreja, afirmam que, “para ser eleita e destinada à dignidade de Mãe de Deus, devia a Santíssima Virgem possuir uma perfeição tão grande e consumada que nela excedesse todas as outras criaturas”. Ela é Nossa Senhora!
“Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Mt 23,12). Repetiu várias vezes o Senhor. Logo que Deus determinou fazer-se Homem para redimir o homem decaído e assim manifestar ao mundo Sua misericórdia infinita, certamente buscava entre todas as mulheres aquela que fosse a mais santa e humilde para ser Sua Mãe. Como diz o Livro dos Cânticos: “Há um sem número de virgens (a meu serviço), mas uma só é a minha pomba, a minha eleita” (Ct 6, 8-9).
Foi por sua imensa humildade que Deus tanto exaltou Maria e a fez Sua Mãe, Rainha e Senhora nossa. E a própria Virgem diz no seu canto: “porque olhou para a humildade de sua serva” (Lc 1,48).
Foi essa “humildade” profunda e real que tanto encantou o coração de Deus, fez com que a elegesse a “bendita entre as mulheres”, Sua Mãe, nossa Mãe e Senhora.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Excepcionalmente hoje na Paróquia Sagrada Família, em Campina Grande:


Francisco América do Sul: viver segundo "a lógica do tomar, bendizer e entregar"

2015-07-09 Rádio Vaticana

Santa Cruz dela Sierra (RV) – No primeiro compromisso desta quinta-feira (09/07) na Bolívia, o Papa Francisco encontrou os fieis na grande Praça do Cristo Redentor. Um espaço que pode acolher cerca de 2 milhões de pessoas e onde se encontra uma gigantesca estátua em bronze do Cristo Redentor de Santa Cruz, criada por EmilioLuján há mais de 50 anos. Símbolo da cidade, em 2013 a obra foi declarada Patrimônio do Estado.
A celebração eucarística presidida pelo Pontífice no local abriu o V Congresso Eucarístico Nacional. As orações da celebração foram feitas em espanhol e nas línguas indígenas guarani, quéchua e aimará.
Homilia
Na homilia, Papa Francisco começou reconhecendo o esforço dos fieis em participar da missa para ouvir a Palavra, como descrevia o Evangelho, “para celebrar a presença viva de Deus” e para “estarmos juntos como Povo Santo”. Muitas vezes “experimentando o cansaço do caminho”, pois “não são poucas as vezes que nos faltam as forças para manter viva a esperança”.
"Me comovo quando vejo muitas mães, como vocês fazem aqui, carregando seus filhos nas costas. Carregando sobre si a vida, o futuro do seu povo. Carregando os motivos da sua alegria, as suas esperanças. Carregando a bênção da terra nos frutos. Carregando o trabalho feito com as suas mãos. Mãos, que moldaram o presente e tecerão os sonhos do amanhã. Mas carregando também sobre os seus ombros decepções, tristezas e amarguras, a injustiça que parece não ter fim e as cicatrizes de uma justiça não realizada. Carregando sobre si mesmas a alegria e a dor de uma terra. Carregais sobre vós a memória do vosso povo. Porque os povos têm memória, uma memória que passa de geração em geração, os povos têm uma memória em caminho."
Lógicas de Comunhão
Papa Francisco fez referência aos ‘corações desesperados’, onde “é muito fácil ganhar espaço a lógica que pretende se impor no mundo de hoje. Uma lógica que procura transformar tudo em objeto de troca, de consumo, tudo negociável”.
"Jesus continua a nos dizer nesta praça: Sim, basta de descartes; dai-lhes vós mesmos de comer. O olhar de Jesus não aceita uma lógica, uma perspectiva que sempre ‘corta o fio’ pelo ponto mais frágil, mais necessitado. Tomando ‘o pedaço’, Ele mesmo nos dá o exemplo, nos mostra o caminho. Uma atitude em três palavras: toma um pouco de pão e alguns peixes, bendiz a Deus por eles, divide-os e entrega para que os discípulos os partilhem com os outros. Esse é o caminho do milagre. Por certo, não é magia nem idolatria. Por meio dessas três ações, Jesus consegue transformar a lógica do descarte numa lógica de comunhão, de comunidade."
'Tomar'
E, assim, Francisco destacou cada uma das lógicas de comunhão. A primeira de ‘tomar’, de levar a sério a vida dos irmãos, considerando e valorizando eles.
"Fixa-os nos olhos e, nesses, conhece a sua vida, os seus sentimentos. Vê, naquele olhar, o que pulsa e o que deixou de pulsar na memória e no coração do seu povo. Considera-o e valoriza-o. Valoriza todo o bem que possam oferecer, todo o bem a partir do qual se possa construir."
'Bendizer'
A segunda lógica de comunhão: a de ‘bendizer’ os dons que são presentes de Deus.
"Aquele ato de bendizer tem essa dupla perspectiva: por um lado, agradecer, e, por outro, transformar. É reconhecer que a vida é sempre um dom, um presente que, colocado nas mãos de Deus, adquire uma força de multiplicação. O nosso Pai não nos tira nada, multiplica tudo."
'Entregar'
A última ação de transformação citada pelo Papa é o do ‘entregar’, já que viver “juntos o seguimento de Jesus”, “nos dá a certeza de que aquilo que temos e somos, se tomado, abençoado e se é entregue, pelo poder de Deus, pelo poder do seu amor, se transforma em pão de vida para os outros”.
"Em Jesus, não existe um tomar que não seja uma bênção, nem uma bênção que não seja entrega. A bênção é sempre missão, tem um destino: repartir, partilhar o que se recebeu, uma vez que só na entrega, no com-partilhar é que as pessoas encontram a fonte da alegria e a experiência da salvação."
(AC)

sábado, 4 de julho de 2015

Católico e Maçom?

MaçonariaHoje a Maçonaria atrai muitos católicos, infelizmente, embora a Igreja proiba que nos tornemos maçons. Com todo o respeito que devemos a cada pessoa, em face à sua opção, devemos contudo, lembrar aos que querem ser autenticamente católicos, que a filiação à Maçonaria é considerada pela Igreja Católica “pecado grave”, já que as concepções de Deus e religião, assim como o processo de iniciação secreta imposto aos novos membros, não se coadunam com as noções do Cristianismo relativos a Deus e aos sacramentos, principalmente. A Igreja tem uma posição oficial sobre o assunto, que foi feita pelo pronunciamento da Santa Sé em 26/11/1983, por ocasião da promulgação do atual Código de Direito Canônico pelo Papa João Paulo II. Esta é a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, que vem assinada pelo seu Prefeito, Cardeal Joseph Ratzinger e pelo Fr. Jérome Hamer, Secretário: “Tem se perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no código anterior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas. Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isto, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas, estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão.entraipelaportaestreita
Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciar-se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp. 240s).O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, definida em reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação”. Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.
É importante notar que a Declaração da Santa Sé afirma que estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”. Isto é muito sério para os católicos. E é a palavra oficial da Igreja sobre a questão! O número 386 da Revista “Pergunte e Responderemos”, de autoria de D. Estevão Bittencourt, nas páginas 323 a 327, traz um elucidativo artigo sobre o assunto. Neste artigo D. Estevão, de reconhecida seriedade e competência, teólogo renomado; afirma:
A Maçonaria professa a concepção de Deus dita  “deista”, ou seja, a que a razão natural pode atingir;  admite a religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada qual as suas opiniões particulares. Esta noção de Deus e de Religião é vaga e não condiz com o pensamente cristão, que reconhece Jesus Cristo e as grandes verdades por Ele reveladas.
Além disto, tanto a Maçonaria Regular como a Irregular têm seu processo de iniciação secreta. Propõem o aperfeiçoamento ético do homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e recebidas dos grandes iniciados do passado entre os quais alguns maçons colocam o próprio Jesus Cristo. Celebram também ritos de índole secreta ou esotérica, que vão sendo manifestados e aplicados aos membros novatos à medida que progridem nos graus de iniciação.  Ora um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo professa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos; nada tem de oculto ou esotérico.
Outra razão muito séria que D. Estevão levanta, para mostrar ao católico que não se faça maçom, é esta:
“Ademais, quem se filia a uma sociedade secreta, não pode prever o que lhe acontecerá, o que se lhe pedirá ou imporá; não sabe se lhe será fácil guardar sua liberdade de opções pessoais. Embora tencione manter fidelidade a seus princípios íntimos, pode se ver em encruzilhadas constrangedoras.”
Por outro lado, é preciso lembrar aos católicos que a fé e a doutrina da Igreja é insuperável e completa: herdada dos profetas e dos Apóstolos; revelada por Deus; confirmada pela Tradição dos Santos Padres, Doutores e Santos; confessada pelo sangue dos mártires e guardada pelo Sagrado Magistério. Não é preciso buscar coisas novas para alimentar o espírito, uma vez que o próprio Senhor nos oferece a sua Palavra e o seu próprio Corpo na Eucaristia.
O Santo Padre nos outorgou o Catecismo da Igreja Católica, de riqueza inefável, capaz de nos preparar para cumprir aquilo que São Pedro nos pede:
“Estai sempre prontos a responder para a vossa defesa a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança” (1Pe 3,15).
Antes de buscarmos coisas novas, e perigosas para a nossa vida espiritual, ou que põem em risco a nossa própria salvação eterna, vamos antes aprender o que devemos, no seio sagrado e puro da nossa Santa Mãe Igreja.
Além do mais é preciso lembrar que a principal virtude do católico é a obediência à Santa Igreja, chamada pelo Papa João XXIII, de Mater et Magistra (Mãe e Mestra).porquesoucatolico
Quem desejar compreender melhor as razões pelas quais a Igreja, como Mãe cautelosa, proibe os seus filhos de se associarem às lojas maçonicas, poderá ler o livro do Bispo de Novo Hamburgo, D. Boaventura kloppenburg, Igreja Maçonaria, Ed. Vozes, 2a. Edição, 1995, ou ainda o livro do Bispo Auxiliar de  Brasília, D.João Evangelista Martins Terra, sobre o mesmo assunto.
Infelizmente, em desobediência à Igreja, alguns no passado, até mesmo do clero, se associaram à Maçonaria, no intuito, às vezes, de serem úteis à sociedade, mas isto nunca foi permitido pela Igreja.
Do livro Entrai pela porta Estreita do Prof. Felipe Aquino

O que nos ensina o Canadá, 10 anos depois da legalização do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo?

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Um alerta vinda do Canadá.
Nos é dito todos os dias que “permitir a casais do mesmo sexo o acesso a designação de casamento não irá retirar o direito de ninguém”. Isto é uma mentira.
Quando o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado no Canadá em 2005, a paternidade foi imediatamente redefinida. A Lei do Casamento Gay Canadense (Bill C-38) incluiu a determinação de apagar o termo “paternidade biológica” e a substituir por todo o país com o termo “paternidade legal” através de uma lei federal. Agora todas as crianças possuem apenas “pais legais”, como definido pelo Estado. Apagando através da força legal a paternidade biológica, o Estado ignora um dos direitos mais básicos das crianças: o direito imutável, inalienável e intrínseco de conhecerem e serem formados pelos seus pais biológicos.
Pais e mães trazem a seus filhos dons únicos e complementares. Muito ao contrário da lógica do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a identidade sexual dos pais importa muito para um desenvolvimento saudável das crianças. Sabemos, por exemplo, que a maioria dos homens encarcerados não tiveram a companhia de seus pais em casa. Pais pela sua própria natureza e identidade são seguros, estimulam disciplina e traçam limites, apontam direções claras ao mesmo tempo que sabem assumir riscos, se tornando assim um exemplo aos seus filhos para toda a vida. Mas pais não podem gerar crianças num útero, dar a luz e amamentar bebês em seus peitos. Mães criam seus filhos de uma maneira única e de uma forma tão benéfica que não podem ser replicados pelos seus pais.
Não é preciso um cientista espacial para sabermos que homem e mulher são anatomicamente, biologicamente, fisiologicamente, psicologicamente, hormonalmente e neurologicamente diferentes entre si.Essas características únicas proporcionam benefícios perenes para suas crianças e não podem ser replicados por “pais legais” do mesmo sexo, mesmo quando esses se esforcem para agir em diferentes papéis numa clara tentativa de substituir a identidade sexual masculina ou feminina faltante nesta casa.
Com efeito, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não apenas priva crianças de usufruir seu direito a paternidade natural, mas dá ao Estado o poder de sobrepor a autonomia dos pais biológicos, o que significa que os direitos dos pais foram usurpados pelo governo.
Crianças não são produtos que podem ser retirados de seus pais naturais e negociados entre adultos desconexos. Crianças em lares com pais homossexuais irão frequentemente negar sua aflição e fingir que não sentem falta de dos seus pais biológicos, se sentindo pressionados a falar positivamente graças as políticas LGBTs. Contudo, quando uma criança perde um de seus pais biológicos devido a morte, divórcio, adoção ou a reprodução artificial, eles experimentam um vazio doloroso. Foi exatamente isso quando nosso pai homossexual trouxe seu parceiro do mesmo sexo para dentro de nossas vidas. Seus parceiros não poderão nunca substituir a ausência de um pai biológico.
No Canadá, é considerado discriminatório dizer que casamento é entre homem e mulher ou até que cada criança deveria conhecer e ser criado por seus pais biológicos unidos em casamento. Não é apenas politicamente incorreto, você também pode ser multado legalmente em dezenas de milhares de dólares e mesmo forçado a passar por “tratamentos de sensibilidade”.
Qualquer pessoa que se sentir ofendido por qualquer coisa que você tenha dito ou escrito pode fazer uma reclamação para a Comissão de Direitos Humanos ou mesmo nos Tribunais de Justiça. No Canadá, essas organizações fiscalizam o que é dito, penalizando cidadãos por qualquer expressão contrária a um comportamento sexual em particular ou a grupos protegidos identificados como de “orientação sexual”. Basta uma única queixa contra uma pessoa para que esta seja intimada diante de um tribunal, custando ao acusado dezenas de milhares de dólares em taxas legais pelo simples fato de ter sido acusado. Essas comissões possuem poder para entrar em residências privadas e a remover qualquer item pertinente as suas investigações em busca de evidências de “discurso de ódio”.
O acusador que faz a queixa tem todas as suas custas processuais pagos pelo governo. Mas não o acusado que faz a sua defesa. E mesmo que este prove sua inocência ele não pode ter reembolso das custas processuais. E se é condenado, também precisará pagar por danos à pessoa que fez a queixa.
Se as suas crenças, valores e opiniões políticas forem diferentes daquelas endossadas pelo Estado, você assume o risco de perder sua licença profissional, seu emprego e até mesmo seus filhos. Veja o caso do grupo Judeu-Ortodoxo Lev Tahor. Muitos dos seus membros, que estiveram envolvidos numa batalha sobre a custódia de crianças aos cuidados de serviços de proteção tiveram de deixar a cidade de Chatham, Ontario, para a Guatemala em março de 2014, como uma forma de escapar da perseguição jurídica contra suas crenças religiosas, que não estava de acordo com as políticas regionais sobre educação religiosa. Dos mais de 200 membros deste grupo religioso, restaram apenas 6 famílias na cidade de Chatham.
Pais podem esperar interferência estatal quando se trata de valores morais, paternidade e educação – e não apenas lá nas escolas. O Estado tem acesso a sua casa para supervisionar você como pai para julgar sua adequação educativa. E se o Estado não gostar do que você está ensinando aos seus filhos, o Estado irá fazer o necessário para remover seus filhos de sua casa.
Professores não podem fazer comentários em suas redes sociais, escrever cartas para editores, debater publicamente, ou mesmo votar de acordo com suas consciências mesmo fora do ambiente profissional. Eles podem ser “disciplinados”, sendo obrigados a participar de aulas de re-educação ou mesmo de treinamentos de sensibilidade, quando não acabam demitidos por seus pensamentos politicamente incorretos.
Quando o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi criado no Canadá, a linguagem de gênero-neutro se tornou legalmente obrigatório. Essa “novílingua” proclama que é discriminatório assumir que um ser humano possa ser masculino ou feminino, ou mesmo heterossexual. Então, para ser inclusivo, toda uma nova linguagem de gênero-neutro passou a ser usado pela mídia, pelo governo, em ambientes de trabalho, e especialmente em escolas, que querem evitar a todo custo serem recriminadas como ignorantes, homofóbicas ou discriminatórias. Um curriculum especial vem sendo usado em muitas escolas para ensinar os alunos como usar apropriadamente a linguagem do gênero-neutro. Sem o conhecimento de muitos pais, o uso de termos que descrevem marido e esposa, pai e mãe, dia dos Pais e das Mães, e mesmo “ele” e “ela” estão sendo radicalmente erradicados das escolas canadenses.
Organizadores de casamento, donos de salões de festas, proprietários de pousadas, floristas, fotógrafos e boleiros já viram suas liberdades civis e religiosas bem como seus direitos a objeção de consciência destruídas no Canadá. Mas isso não está reduzido apenas a indústria do casamento. Qualquer empresário que não tiver uma consciência em linha com as decisões do governo sobre orientação sexual e suas leis de não-discriminação de gênero, não terá permissão de influenciar suas práticas profissionais de acordo com suas próprias convicções. No final das contas, é o Estado quem basicamente dita o que e como os cidadãos podem se expressar.
A liberdade para pensar livremente a respeito do casamento entre homem e mulher, família e sexualidade é hoje restrita. A grande maioria das comunidades de fé se tornaram “politicamente corretas” a fim de evitar multas e cassações de seus status caritativos. A mídia canadense está restrita pela Comissão Canadense de Rádio, Televisão e Telecomunicações. Se a mídia publica qualquer coisa considerada discriminatória, suas licenças de transmissão podem ser revogadas, bem como serem multadas e sofrerem restrições de novas publicações no futuro.
Um exemplo de cerceamento e punição legal sobre opiniões discordantes a respeito da homossexualidade no Canadá envolve um caso chamado Case of Bill Whatcott, que foi preso por “discurso de ódio” em abril de 2014 após este distribuir panfletos com críticas ao comportamento homossexual. Independente se você concorda ou não com o que este homem disse, você deveria se horrorizar a este ato de sanção estatal. Livros, DVDs e outros materiais também podem ser confiscados nas fronteiras canadenses se tais conteúdos forem considerados “odiáveis”.
Os americanos precisam se preparar para o mesmo tipo de vigilância estatal se sua Suprema Corte decidir legislar e banir o casamento como uma instituição feita entre homem e mulher. Isso significa que não importa o que você acredite, o governo terá toda liberdade para regular suas opiniões, seus escritos, suas associações e mesmo se você poderá ou não expressar sua consciência. Os americanos precisam entender que a meta final para muitos ativistas do movimento LGBT envolve um poder centralizado estatal – e o fim das liberdades previstas na primeira emenda constitucional.
Dawn Stefanowicz é autora e palestrante internacional. Ela foi criada por pais homossexuais, e foi ouvida pela Suprema Corte Norte Americana. Ela é membro do Comitê Internacional de Direito Infantil. Seu livro, Out from Under: O impacto da paternidade homossexual, está disponível em http://www.dawnstefanowicz.org/

Fonte original do artigo:
Fontehttp://www.thepublicdiscourse.com/2015/04/14899/

Ainda não há decisão oficial da Igreja sobre as aparições de Medjugorje, antecipações da posição divulgadas na mídia não correspondem.

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Nenhuma decisão foi tomada a respeito das aparições de Medjugorje, que foram iniciadas em 1981 e que ainda não teriam acabado. Os órgãos institucionais da Congregação para a Doutrina da Fé não se reuniram para examinar o caso, nem as conclusões do longo e articulado trabalho da comissão que foi dirigida pelo cardeal Camillo Ruini, a mesma que concluiu suas investigações no ano passado.
Muita expectativa foi criada a respeito do pronunciamento, considerado iminente, em razão da proximidade do 34º aniversário da primeira aparição. O papa Francisco, respondendo a pergunta de um jornalista, durante o voo de retorno de Saravejo, disse: “Sobre o problema de Medjugorje, o papaBento XVI, em seu momento, criou uma comissão presidida pelo cardeal Camillo Ruini. Também havia outros cardeais, teólogos e especialistas. Fizeram o estudo e o cardeal Ruini me entregou, após vários anos (pelo que sei, três ou quatro mais ou menos). Fizeram um trabalho muito bom, muito bom mesmo”.Nenhuma “plenária” foi realizada na Congregação para a Doutrina da Fé (a próxima será em janeiro do ano que vem). E sobre o caso de Medjugorje também não foi realizada a “feria quarta”, a reunião mensal (congregação ordinária que é realizada nas quartas-feiras) dos cardeais e bispos que são membros da Congregação. A última “feria quarta”, segundo confirmaram fontes confiáveis do dicastério, ocorreu no último dia 17 de junho, e foi conversado sobre outro assunto. A próxima reunião será após o verão e não se deve excluir a possibilidade de que aconteça após o Sínodo ordinário. Isto significa que seria necessário esperar até o outono deste ano para se chegar a uma decisão.
“O cardeal Müller me disse que seria feita uma “feria quarta” nestes tempos. Creio que foi na última quarta-feira do mês. Mas, não estou certo… Estamos quase para tomar decisões. Depois, serão comunicadas. No momento, apenas algumas orientações são dadas aos bispos, mas sobre as linhas a ser decididas”.
O porta-voz vaticano, o padre Frederico Lombardi, havia precisado que, com efeito, a “feria quarta” sobre Medjugorje ainda não havia acontecido. Pelo que o Vatican Insider conseguiu se informar, não acontecerá antes do verão. Participam das reuniões da “feria quarta” 25 pessoas, entre cardeais e bispos: entre eles estão o secretário de Estado, Pietro Parolin, o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Fernando Filoni, o presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Francesco Coccopalmerio, o arcebispo de Nápoles, Crescenzio Sepe, o arcebispo de Viena, Cristoph Schönborn (muito positivo sobre o fenômeno de Medjugorje), e o arcebispo de Bordeaux,Jean-Pierre Ricard.
Este é o espaço no qual se examina o caso. Os membros da “feria quarta” ainda não receberam o material, razão pela qual ainda não conhecem o texto que a comissão de Ruini preparou. Outros materiais de trabalho poderão ser acrescentados, provenientes do arquivo da Congregação para a Doutrina da Fé, das conclusões do grupo guiado pelo ex-presidente da Conferência Episcopal da Itália. De qualquer modo, o resultado do debate da “feria quarta” não será um parecer autorizado, mas apenas consultivo, que será apresentado ao papa Francisco para que possa tomar uma decisão.
As antecipações sobre uma possível decisão claramente negativa em relação às aparições de Medjugorje, citadas nestes dias por alguns meios de comunicação, carecem de fundamento, pois ainda não foi tomada decisão alguma. O papa Francisco ressaltou seu apreço pelo trabalho que foi realizado pelo cardeal Ruini. Além disso, segundo outras indiscrições dos últimos meses, as conclusões da comissão não são tão negativas: valorizariam as primeiras aparições (as que foram verificadas entre junho e julho de 1981), separando-as das aparições posteriores, nas quais teriam sido verificados certos abusos, mas reconheceriam os frutos espirituais e enfatizariam a necessidade de um melhor cuidado pastoral e espiritual para com os videntes e peregrinos. Além disso, recomendariam a transformação de Medjugorje em um Santuário, em si mesmo, ou a sua inclusão em uma nova diocese.
É claro, não teria uma razão para a decisão final ser idêntica às conclusões da comissão de cardeais, teólogos e especialistas, conduzidas por Ruini, que trabalhou durante quatro anos interrogando videntes e testemunhas, e reunindo uma abundante documentação. É possível que, em razão das aparições ainda continuarem sendo verificadas, seja separada a avaliação a respeito do sobrenatural de um fenômeno que ainda não terminou da avaliação sobre os frutos espirituais que podem ser notados entre os peregrinos de Medjugorje. Também é possível que seja decidido não proceder com a transformação da Igreja paroquial em Santuário. A “feria quarta” examinará o caso e expressará as suas próprias observações, para depois apresentá-las ao papa Francisco, que já conhece toda a documentação. No entanto, as avaliações de condenação preventiva, que surgiram nestes dias, atribuída tanto à Congregação para a Doutrina da Fé como ao Papa, são absolutamente prematuras e não levam em consideração o fato de que as pessoas que deverão oferecer o seu parecer a Francisco (os 25 cardeais e bispos da “feria quarta”) ainda não examinaram o “dossiê”.

A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 26-06-2015

Uma visão geral da iminente viagem do Papa à América Latina: Equador, Bolívia e Paraguai.

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Em uma entrevista à CTV, o Secretário de Estado Pietro Parolin desenha uma visão geral da viagem do Papa ao Equador, Bolívia e Paraguai, nos próximos 05-13 julho
Cheia de esperança é a viagem que, do 5 ao 13 de Julho, levará o Papa Francisco à América Latina, onde passará por três países – Equador, Bolívia, Paraguai – voará sete vezes no avião, pronunciará 22 discursos, e anunciará “a alegria do Evangelho” perante mais de um milhão de pessoas.
Não poderia ser de outra forma para o que João Paulo II já havia chamado, visitando-o várias vezes, de “o continente da esperança”. Uma expressão que permaneceu nos registros, lembrada com emoção pelo cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, em uma longa entrevista dada hoje no Centro Televisivo Vaticano, na véspera da “mais longa viagem” do pontificado de Bergoglio.
Para compreender a sua importância, o cardeal refere-se precisamente às palavras do Santo Papa polaco, que o próprio Francisco mencionou na Missa na Basílica de São Pedro, no dia 12 de dezembro de 2014, por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe: A América Latina como “continente da esperança”. “A partir dela – destaca Parolin citando diretamente as palavras de João Paulo II – espera-se novos modelos de desenvolvimento que combinem tradição cristã e progresso civil, justiça e equidade com reconciliação, desenvolvimento da ciência e tecnologia com sabedoria humana, sofrimento fecundo com alegre esperança”.
Portanto, este é “o caráter” da terra que o Santo Padre vai visitar. Terra que pode oferecer novos impulsos para a Igreja e para a política mundial, como destaca a entrevistadora Barbara Castelli. “O continente latino-americano é um continente em movimento – confirma, de fato, o Secretário de Estado – no qual estão presentes transformações, mudanças a nível cultural, a nível econômico, a nível político”, que, durante estas décadas, em uma “fase positiva”, permitiram que muitas pessoas saíssem da extrema miséria e “se incorporassem progressivamente também na classe média”.
O cardeal destaca também “acentuados fenômenos de urbanização” ou outros ligados, por um lado, à globalização, por outro à “progressiva secularização da sociedade latino-americana”, diante das quais a Igreja “escolheu o caminho da conversão pastoral” e “do compromisso missionário”, de um modo que “pode se tornar também paradigmática para muitas outras parte do mundo”.
Tudo isso é expresso totalmente no Magistério do Papa, que “fundamenta as suas raízes” no documento de Aparecida e nas suas referências ao primado da graça, à misericórdia, e à coragem apostólica. Referências propostas agora pelo Papa Francisco a toda a Igreja universal.
De um ponto de vista político, Parolin, define a América Latina como um “laboratório, no qual se experimentam novos modelos de participação, formas mais representativas”, que dão voz a segmentos da população até agora não suficientemente ouvidos. “Um caminho – explica – é a busca de uma via democracia própria, que tenha em consideração peculiaridades destes Países e que saiba conjugar a participação de todos: portanto, o pluralismo; as liberdades, as liberdades fundamentais; e, portanto, o respeito pelos direitos humanos”.
Refletindo mais no detalhe das três etapas que o Papa terá, o cardeal Secretário de Estado fala da Igreja no Equador, que – diz – está chamada hoje a lutar contra aquelas ‘colonizações ideológicas’ que tendem a subverter o ethos e as tradições das populações.
A este respeito, Parolin recorda uma carta pastoral publicada no ano passado pela Conferência Episcopal do Equador, na qual os prelados “procuraram descrever qual era o papel da Igreja na sociedade e procuraram definir também o que se entende por uma sadia laicidade, por uma verdadeira laicidade”. “A Igreja só pede a possibilidade de exercitar a própria missão, que contribui ao bem da sociedade, que contribui ao debate democrático, que contribui à promoção de toda pessoa humana e, especialmente, dos grupos mais vulneráveis”, comentou o cardeal.
Em seguida, analisa a etapa na Bolívia, onde o Papa será recebido pelo presidente Evo Morales, com quem compartilha uma série de preocupações, como a atenção à proteção aos pobres ou o cuidado ambiental. Na Bolívia, Bergoglio será capaz, portanto, de reiterar estes fortes apelos já claramente expressos na recente encíclica Laudato Si’: a salvaguarda da criação, a justiça social; a busca de “uma paz que respeite os direitos de todos”. Mas também “o apelo a uma sociedade mais inclusiva dos pobres, a luta contra as formas extremas de pobreza para que se reconheça a dignidade de cada pessoa”.
Também, enfatizou Parolin, o Santo Padre vai chamar a atenção do mundo à questão do “respeito à identidade cultural de cada País, contra esta tendência da globalização de padronizar tudo”, para evitar também que “as relações sociais sejam comercializadas”.
Finalmente, a terceira etapa da viagem, o Paraguai, onde Papa Francisco – lembra o entrevistado – vai viajar como “missionário”, como definido pelos bispos do país. Lá, a poucos passos da sua Argentina, o Papa vai colocar no centro a questão da família, colocando-se, assim, no caminho catequético e missionário das Igrejas locais, focadas neste triênio, especialmente na família.
“Uma família que reflete a família latino-americana, que, portanto, tem muitos valores”, fala o cardeal Parolin, explicando que “no Paraguai as famílias ainda são fortes e muitas” e que esse “é um dos países mais jovens do mundo”. No país, também, é muito forte o compromisso “a nível constitucional pelo respeito à vida, desde o seu início até o seu fim”, diz ele.
Embora existam “pontos fracos”. Entre estes, por exemplo, “as famílias com um só pai ou mãe, onde a mãe está só e praticamente leva todo o peso da família”. Ou o desemprego e o subemprego, que “evidentemente – relata o cardeal – compromete a estabilidade e a vida normal das famílias”. Sem esquecer também a chaga da droga, “que desestabiliza muitas famílias”.
Bem, diante desses cenários, muitas vezes escuros, o Papa – garante o Secretário de Estado – será “uma presença de proximidade a todas as famílias, especialmente aquelas que sofrem por um destes motivos”, e também um “incentivo para seguir em frente”.

Por Salvatore Cernuzio