domingo, 27 de abril de 2014

Domingo da Divina Misericórdia

Papa São João Paulo II, em Maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domingo da Divina Misericórdia. Por meio desta apóstola da Misericórdia, a Irmã Faustina Kowalska, Jesus prometeu: "Neste dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessarcomungar alcançará o perdão das penas e culpas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim".


São João Paulo II e São João XXIII, Rogai por nós!


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Paróquia Sagrada Família ganha novo Vigário Paroquial: Pe. Pherikllys

Em carta circular divulgada nesta quarta-feira (23) no site da nossa Diocese e nas redes sociais, o nosso Bispo Diocesano Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap nomeou o  Pe. Shérmishon Phérikllys Pereira dos Santos como Vigário Paroquial da Paróquia da Sagrada Família com sede no Conjunto Rocha Cavalcanti em Campina Grande. O nosso novo Vigário Paroquial será ordenado sacerdote no próximo dia 25 de Abril no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro do Catolé. Após a nomeação do Pe. Adeildo Ferreira para a Paróquia de São José na cidade de Areial/PB, o Pe. Phérikllys virá para colaborar na condução pastoral do rebanho que está em nossa Paróquia Sagrada Família, auxiliando o nosso Pároco Pe. Carlinhos juntamente com nosso outro Vigário Paroquial Pe. Artur Figueiredo.

A função de um Vigário Paroquial está explicitada no Código de Direito Canônico, no Cân. 545:

§ 1. Para o adequado cuidado pastoral da paróquia, sempre que for necessário ou oportuno, pode-se dar ao pároco um ou mais vigários paroquiais que, como cooperadores do pároco e participantes da sua solicitude, prestem sua ajuda no ministério pastoral, de comum acordo e trabalho com o pároco.
§ 2. O Vigário paroquial pode ser constituído para dar sua ajuda no exercício de todo o ministério pastoral, tanto na paróquia inteira como numa determinada parte dela, ou para determinado grupo de fiéis; pode também ser constituído para exercer determinado ministério em diversas paróquias ao mesmo tempo.

Após a divulgação da nomeação do Pe. Shérmishon Phérikllys como Vigário para nossa Paróquia, o Pe. Carlinhos manifestou sua alegria nas redes sociais, e deu as boas-vindas em nome de toda a PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA!

SEJA BEM VINDO Pe. Phérikllys!

CARTA CIRCULAR: nomeações e transferências assinadas pelo Bispo Diocesano de Campina Grande/PB

Aleluia! Feliz Páscoa!
“Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos,
à comunhão fraterna,  à fração dos pão e às orações”.
(Atos dos Apóstolos 2, 42)

Carta Circular 002/2014
Do Bispo Diocesano de Campina Grande - PB
Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap
Assunto: Comunicação faz


Estimados Padres e Diáconos,
Religiosos e Religiosas,
Fieis dessa Diocese,
Meus irmãos e minhas irmãs.


A Igreja em sua dinâmica de anunciar a Boa nova da salvação e mediante a sua missão no mundo, passa sempre por mudanças e transformações. Para melhor atender os fieis de nossa Igreja Diocesana decidimos em reunião realizada ontem dia 22 de abril de 2014 com a participação do nosso Conselho Presbiteral, tomar as seguintes resoluções:

-  Enviar o Pe. Dezenilto da Silva Santos para estudos em Roma, Itália.

- Nomear o Pe. Paulo Sérgio Araujo Gouveia como Reitor do Seminário Diocesano São João Maria Vianney, tendo como colaboradores o Pe. José Aldevan Guedes Pereira como Vice-Reitor, o Pe. Jan Jores Rietveld como Diretor do Centro de Estudos do Seminário e confirmar o Pe. Isaías Rodrigues dos Santos como Ecônomo do referido Seminário;

- Transferir o Pe. Clemente Medeiros da Rocha da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus com sede no Bairro do Catolé e o nomeá-lo como Administrador Paroquial da Paróquia de São Judas Tadeu com sede no Bairro das Nações na cidade de Campina Grande;

- Erigir canonicamente a Paróquia de Nossa Senhora do Desterro com sede na cidade Baraúna (Paraíba) desmembrando o seu território até então pertencente à Paróquia de São Sebastião com sede em Picuí, anexando à Paróquia que será erigida o município de Sossego, que até então fazia parte da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês com sede em Cuité e também parte Paróquia de Nossa Senhora da Luz, com sede no município de Pedra Lavrada;


 Designar os Padres que serão ordenados no dia 25 de abril do corrente para as seguintes Paróquias:

- O Pe. André da Silva Morais como Vigário Paroquial da Paróquia de Santa Ana de Soledade.

- O Pe. Fabiano Melo de Oliveira como Pároco da recém-criada Paróquia de Nossa Senhora do Desterro de Baraúnas.

- O Pe. José Marcondes Neves como Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima com sede no Bairro de Palmeira em Campina Grande.

- O Pe. Shérmishon Phérikllys Pereira dos Santos como Vigário Paroquial da Paróquia da Sagrada Família com sede no Conjunto Rocha Cavalcanti em Campina Grande.


Designar os Candidatos ao Diaconato para os respectivos Estágios de Pastoral:

- Flávio Pereira dos Santos para Paróquia de Nossa Senhora do Livramento com sede em Umbuzeiro e missão específica na Quase-Paróquia de Nossa Senhora das Dores com sede no município de Natuba.

- Tiago Macêdo Félix para a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima com sede no Bairro da Palmeira na cidade de Campina Grande.

- Hachid Ilo Beserra de Sousa para ajuda pastoral na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus com sede no Bairro do Catolé na cidade de Campina Grande.


As mudanças são anunciadas através desta nossa Carta Circular, mas passarão a ser efetivadas em tempo oportuno e mediante outras circunstancias e agendamento.

Reitero nossos votos de uma Feliz e abençoada Páscoa e invoco as bênçãos do nosso Deus e intercessão de nossa amada Padroeira, a Virgem da Conceição.


Campina Grande - PB, 23 de abril do ano de 2014.
Oitava Festiva da Páscoa e Memória do Mártir São Jorge

  
Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap

Bispo de Campina Grande - PB

Paraibanos celebram ‘A Festa da Páscoa’ e Bispos explicam significado



Em Campina Grande, a maior festa da cristandade foi celebrada com a realização de Missas. Somente na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, três missas foram celebradas neste domingo, às 10h, às 17h e 19h30. Em todas as paróquias pertecentes a Diocese, a Páscoa também será festejada com celebrações eucarísticas. Na Arquidiocese da Paraíba as missas do domingo de Páscoa, foram celebradas na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa, às 6h, 9h e às 18h,

Os católicos começaram a celebrar a Páscoa a partir da Vigília Pascal. Todas as igrejas da diocese realizaram a Vigília que é tida a celebração mais longa e importante da liturgia. A celebração conforme enfatizou o bispo e o padre Passionista Gesner Coube, da Paróquia Santíssima Trindade, é marcada pela benção da luz, benção do fogo, proclamação do Evangelho e muitos cantos de aleluia. Durante a liturgia também é aceso o Círio Pascal que significa o Cristo "Alfa e ômega", Princípio e Fim".

Na Páscoa, conforme relembrou o religioso, é festejado a ressurreição de Jesus Cristo, que foi o fato mais extraordinário da história da humanidade. Em suas pregações, ele enfatizou que muitos cristãos ainda não entenderam a essência da Páscoa que significa vida nova, passagem da morte para a vida, e principalmente a libertação de todo que oprime a vida. “Celebrar a Páscoa é renascer com Cristo ressuscitado, é passar da morte para a vida, é vencer o pecado e a morte” explicou para Gesner Coube. Pelo calendário litúrgico da igreja católica, a Páscoa é celebrada quarenta dias após iniciar a travessia da Quaresma. A festa se inicia na Vigília Pascal, no sábado de Aleluia chegando ao cume neste domingo da Ressurreição. A pedra posta na entrada do sepulcro onde o corpo de Jesus foi colocado, desapareceu, tendo sido removida pela força divina.

De acordo com o bispo da Diocese de Campina Grande, dom Manoel Delson, “Ir para a Festa da Páscoa exige uma preparação, um entrar no clima, um sintonizar-se com o mistério de amor do Filho de Deus, que vai se desvelando”.

Voltando no tempo e na história, ele lembrou que os filhos de Israel conhecem o significado da celebração pascal. Esta recorda a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito, a travessia do mar vermelho a pé enxuto e a conquista da terra prometida. Esta passagem só foi possível graças à presença de Deus e a mediação de Moisés. Agora, todos querem tomar parte da Festa em Jerusalém e acolher a graça divina de uma vida abençoada e feliz.

Para o religioso, os cristãos redescobriram o sentido da Páscoa, entendendo-a como entrega amorosa do Filho de Deus para libertar a humanidade do jugo do pecado. Passagem da morte para a vida. “Preparar-se para este grande acontecimento exige entrar em clima quaresmal, de sentir o que Jesus sentia diante das tensões e pressões por parte dos doutores da lei e dos fariseus. Por um lado, Jesus queria oferecer-se como oblação viva de amor para salvação de todos os homens; por outro lado, sentia o seu coração dilacerar ao perceber a indiferença, justamente, daqueles que deviam ser salvos. A dor interior de Jesus foi imensa, mas Ele a transformou em oração viva ao Pai: “seja feita a tua vontade e não a minha”, lembrou

No entendimento de dom Manoel Delson, “subir para Jerusalém com Jesus significa aceitar passar por tensões e pressões que vão purificando o coração. Aqueles que vivenciam este clima de seguir Jesus para Jerusalém descobrem a riqueza do seu amor, a grandeza do seu gesto sacrifical de oferecer-se no altar da cruz e, de alguma forma, desejam participar do mesmo sacrifício e procuram ter as mesmas atitudes do Filho de Deus”.

Neste sentido, a quaresma é um tempo de crescimento espiritual no qual o discípulo se concentra na Palavra de Jesus e reconhece a própria pequenez, fragilidade e pecado. Ora, tal reconhecimento leva ao arrependimento sincero e, por ele, se abre um processo de conversão, de mudança de vida. “Ninguém pode caminhar com Jesus e permanecer igual. À medida que alguém caminha com Jesus, ouvindo sua Palavra iluminadora, deixando-se tocar por seus gestos cheios de ensinamentos, sua vida vai mudando, abrindo-se ao sentido maior da existência. Pisar no solo fértil da realização humana, seguindo Jesus Cristo, é tudo que o ser humano pode almejar de mais elevado e grandioso. Este percurso leva à Páscoa que acontece em Jerusalém, que é lugar da entrega, da imolação e do sacrifício. Para lá se vai com Jesus e com a comunidade dos seus discípulos” observou.

Para dom Manoel Delson, ainda hoje é possível visualizar o seu rastro indelével desenhado no chão da história humana, suas pegadas de ternura e acolhimento aos pequenos, pobres e enfermos; suas pegadas de amor puro diante de homens e mulheres sofredores; e suas pegadas de misericórdia diante das fraquezas dos pecadores. “Estes constituem o traçado do caminho que todos devem seguir para participar da Páscoa definitiva, na Jerusalém celeste, afirmou dom Manoel Delson Pedreira da Cruz.


Comungando com Dom Delson, o arcebispo da Paraíba Dom Aldo Pagotto esclarece as diferenças entre a celebração da páscoa para os cristãos e os judeus. Para ambas as religiões existem uma simbologia e tradição que é acompanhada a várias gerações.

Dom Aldo explica que para os judeus a páscoa celebra a passagem do povo judeu pelo mar vermelho, quando saiu do Egito para terra da promessa Canãa, e destacou "os judeus conservam essa simbologia de fé e valores em família, um conjunto litúrgico riquíssimo que congraçam a cultura consanguínea. Uma festa nacional de grande valor, um ato cívico de celebração a vida e história", disse Dom Aldo.

Para religião cristã o sentido da páscoa é distinto do judeu. O significado da páscoa para os cristãos é a celebração da morte e ressureição de Jesus. O arcebispo fala que Jesus como judeu deu um novo significado a páscoa, quando se reúne com os discípulos para a celebração da última ceia.

Dom Aldo relatou que primeiramente Jesus lavou os pés dos seus discípulos em sinal de humildade, purificação e serviço. Consequentemente Jesus pede que bebam do cálice e comam do pão e que todos façam em memória dele até que ele venha. Símbolizando que Jesus deu a vida a todos os homens, o arcebispo ressaltou que "Jesus ao ressuscitar retoma a vida no espirito de Deus e doa a humanidade revitalização e amor".

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pensamentos de Francisco


"Uma antiga tradição da Igreja de Roma conta que o Apóstolo Pedro, saindo da cidade para fugir da perseguição do Imperador Nero, viu que Jesus caminhava na direção oposta e, admirado, lhe perguntou: «Para onde vais, Senhor?». E a resposta de Jesus foi: «Vou a Roma para ser crucificado outra vez». Naquele momento, Pedro entendeu que devia seguir o Senhor com coragem até o fim, mas entendeu sobretudo que nunca estava sozinho no caminho; com ele, sempre estava aquele Jesus que o amara até o ponto de morrer na Cruz. Pois bem, Jesus com a sua cruz atravessa os nossos caminhos para carregar os nossos medos, os nossos problemas, os nossos sofrimentos, mesmo os mais profundos ".

Papa Francisco

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Na Semana Santa, Papa recorda o sofrimento de Jesus

Francisco recordou que Cristo tomou para si todo sofrimento do mundo. O Papa convidou fiéis a beijarem o crucifixo e agradecerem a Deus por essa entrega
Da Redação, com Rádio Vaticano
papa semana santa sofrimento de jesusEstando na Semana Santa, o sofrimento de Cristo na cruz foi o centro da reflexão do Papa Francisco, na catequese desta quarta-feira, 16, na Praça São Pedro. O Santo Padre enfatizou a Ressurreição como a intervenção de Deus Pai que traz esperança, e não como o final feliz de uma fábula.
Francisco falou da liturgia do dia, que narra a traição de Judas, o que marca o início da Paixão de Cristo. Trata-se de um percurso doloroso que Jesus escolhe com absoluta liberdade e atinge o ponto mais profundo na morte de cruz: morre como um derrotado, um falido.
“Olhando Jesus, na Sua Paixão, nós vemos, como num espelho, os sofrimentos da humanidade e encontramos a resposta divina ao mistério do mal, da dor e da morte. Tantas vezes, sentimos horror pelo mal e pela dor que nos circunda e nos perguntamos como Deus permite o sofrimento e a morte, principalmente dos inocentes. Quando vemos as crianças sofrerem, é uma ferida no coração. E Jesus toma todo este mal, este sofrimento sobre si”.
Aceitando essa humilhação e essa aparente falência por amor, Jesus supera e vence a morte. Segundo o Papa, se não tivesse existido essa morte tão humilhante, Jesus não teria mostrado a medida total do seu amor. Foi um caminho que não coincide com os critérios humanos, pois cura por meio das chagas.
A Ressurreição também mostra, conforme explicou o Papa, que quando tudo parece perdido há ainda a intervenção de Deus. Segundo ele, os momentos mais difíceis da vida indicam a hora do despojamento total, mostram como o homem é frágil e pecador. “É justamente, então, naquele momento, que não devemos mascarar a nossa falência, mas nos abrirmos confiantes à esperança em Deus como fez Jesus”.
Francisco destacou que, nesta semana, se pensa muito na dor de Jesus. Então, este é um momento para reconhecer que o sofrimento de Cristo foi por amor ao ser humano. “Mesmo se eu fosse a única pessoa no mundo, Ele teria feito. Fez por mim (…) Esta semana nos fará bem pegar o crucifixo e beijá-lo muitas vezes e dizer: ‘Obrigado, Jesus! Obrigado, Senhor!’”.

16 de Abril: Bento XVI faz 87 anos

Foto: EPA
Tradicionalmente, sempre que possível, o Papa recebia a visita do seu irmão Georg, mas não há indicação que este tenha viajado para Roma este ano.
16-04-2014 16:26
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O Papa emérito Bento XVI completa esta quarta-feira 87 anos. 

Esta é a primeira vez que Bento XVI celebra os seus anos na qualidade de Papa emérito e no Vaticano, uma vez que em 2013, por esta altura, ainda se encontrava em Castel Gandolfo. 

A Santa Sé não revelou qualquer informação sobre como Ratzinger está a passar o dia dos seus anos. Tradicionalmente, sempre que possível, o Papa recebia a visita do seu irmão Georg, mas não há indicação que este tenha viajado para Roma este ano. 

Foi no final de Fevereiro de 2013 que Bento XVI chocou o mundo, ao anunciar a sua resignação, tornando-se o primeiro pontífice a fazê-lo em séculos. Cerca de duas semanas mais tarde os cardeais reunidos em conclave elegeram o Francisco para ocupar o lugar de Santo Padre.

Na audiência geral da Semana Santa, Papa Francisco convida a contemplar o Crucificado, beijá-lo e dizer: "Obrigado, Jesus!"

RealAudioMP3 
Muita gente na Praça de S. Pedro para a audiência geral desta Semana Santa:


“... a meio da Semana Santa a liturgia apresenta-nos aquele episódio triste do relato da traição de Judas, que vai ter com os chefes do Sinédrio para mercadejar e entregar-lhes o seu Mestre. Quanto me dais se eu o Entrego? E Jesus passa a ter um preço. Este ato dramático marca o início da Paixão de Cristo, um percurso doloroso que Ele escolhe com absoluta liberdade. Di-Lo claramente Ele próprio: “Eu dou a minha vida...”

Nestes dias, vemos Jesus percorrer, de livre vontade, o caminho da humilhação e do despojamento – afirmou o Papa Francisco – o caminho que atinge o ponto mais profundo na morte de cruz: morre como um derrotado, um falido! Mas, aceitando esta falência por amor, supera-a e vence-a. 

“A sua paixão não é um incidente; a sua morte – aquela morte – estava escrita. Trata-se de um mistério desconcertante, mas conhecemos o segredo deste mistério, desta extraordinária humildade: “Deus efetivamente amou tanto o mundo que deu o seu Filho Unigénito.”

Se, depois de todo o bem que realizara, não tivesse existido esta morte tão humilhante, Jesus não teria mostrado a medida total do seu amor – observou o Papa. A falência histórica de Jesus e as frustrações de muitas esperanças humanas são a estrada mestra, por onde Deus realiza a nossa salvação. É uma estrada que não coincide com os critérios humanos; pelo contrário, inverte-os, pois pelas suas chagas fomos curados. Quando tudo parece perdido, é então que Deus intervém com a força da ressurreição. 

“A ressurreição de Jesus não é o final feliz de uma linda fábula ou de um filme, mas a intervenção de Deus Pai, quando já toda a esperança humana se tinha desmoronado.”

Também nós somos chamados a seguir Jesus por este caminho de humilhação – continuou o Santo Padre. Quando nos sentimos mergulhados na mais densa escuridão e não vemos qualquer via de saída para as nossas dificuldades, então esse é o momento da nossa humilhação e despojamento total, é a hora em que experimentamos como somos frágeis e pecadores. E nesse momento devemos abrir-nos à esperança tal como fez Jesus – advertiu o Papa Francisco que concluiu a sua catequese exortando todos para a contemplação do Mistério da Cruz:


“Esta semana vai-nos fazer bem pegar no crucifixo e beija-lo tantas vezes e dizer obrigado Jesus, obrigado Senhor. Assim seja.”


No final da audiência o Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:


“De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, com menção particular do Colégio Nossa Senhora da Assunção. Tomai como amiga e modelo de vida a Virgem Maria, que permaneceu ao pé da cruz de Jesus, amando, também Ela, até ao fim. E quem ama passa da morte à vida. É o amor que faz a Páscoa. A todos vós e aos vossos entes queridos, desejo uma serena e santa Páscoa.”


O Papa Francisco a todos deu a sua bênção! (RS)




terça-feira, 15 de abril de 2014

Entenda a SEMANA SANTA!

A Semana Santa, também conhecida como "Grande Semana", ou "Semana Maior", é a última semana da Quaresma, que é o tempo de preparação para a celebração do Mistério Pascal, paixão, morte e ressurreição, de Jesus Cristo. A Semana Santa tem início com a celebração do Domingo de Ramos e termina com a celebração da Santa Missa Crismal, também conhecida como Missa dos Santos Óleos. Toda a riqueza de símbolos e profundidade teológica na liturgia da Semana Santa prepara os fiéis para viver o Mistério Pascal de Cristo, que é celebrado no "Tríduo Pascal", do qual fazem parte a Santa Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-feira, as funções da Sexta-feira da Paixão, o Sábado Santo, a Vigília Pascal, segundo Santo Agostinho a mãe de todas as vigílias, e o Domingo de Páscoa, ou da Ressurreição. Toda a Quaresma, da qual faz parte a Semana Santa, tem como finalidade a preparação para a celebração da Páscoa do Senhor, do Domingo da Ressurreição de Jesus Cristo, que se estende por todo o Tempo Pascal e termina com a Celebração da Solenidade de Pentecostes. Estes cinquenta dias, desde a Domingo da Ressurreição, até o Pentecostes, também conhecidos como Quinquagésima Pascal, são comemorados como um único dia de celebração da Páscoa do Senhor Jesus Cristo.

Origem da Semana Santa

Nos primórdios da Igreja, a primeira preparação para o "Tríduo Pascal", que hoje é a Semana Santa, provavelmente tenha consistido em celebrar a Paixão de Cristo a partir do domingo que a precede, o Domingo da Paixão, que hoje é o Domingo de Ramos. Esta tradição verificou-se na Igreja de Alexandria já no século III. Posteriormente, o Domingo da Paixão in palmis, ou Domingo de Ramos, passou a ser celebrado a partir de um costume popular do século V, em Jerusalém. Na tarde do domingo acontecia uma procissão solene para comemorar a entrada de Jesus na Cidade Eterna. A celebração do Domingo de Ramos já estava presente no sacramentário gregoriano (século VI-VII). A partir da celebração do Domingo de Ramos, até o Sábado Santo, toda a Igreja vive a Semana Santa, que tem como centro o Mistério Pascal de Jesus Cristo.

A Semana Santa

Domingo de Ramos (Domingo da Paixão) - início da Semana Santa

Domingo de Ramos
O Domingo da Paixão, que no Novo Missal Romano passou a chamar-se Domingo de Ramos por causa da procissão de entrada, que recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, é a abertura solene da Semana Santa. A partir desta celebração, escutaremos o relato da Paixão segundo variados textos da Sagrada Escritura. A finalidade desta celebração é a preparação imediata para a Páscoa, por isso, no Domingo de Ramos se proclama o Evangelho da paixão de Jesus Cristo. De acordo com a tradição, na Semana Santa proclama-se os textos referentes ao mistério pascal de Cristo, conectando essas celebrações com a Sexta-feira da Paixão.

Quarta-feira Santa - Procissão do Encontro de Nosso Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores

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Na Semana Santa, em muitas paróquias, realiza-se na Quarta-feira Santa a “Procissão do Encontro” entre: o Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores. Trata-se de uma devoção popular que muito valorizada pelos fiéis, especialmente nas cidades do interior. Os homens saem de uma igreja com a imagem de Nosso Senhor dos Passos e as mulheres de outra igreja com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Acontece então o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre, então, proclama o Sermão das Sete Palavras, rito no qual são lembradas as sete últimas palavras de Jesus, no Calvário:
  • 1. Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. (Lc 23,34a);
  • 2. Hoje estarás comigo no paraíso. (Lc 23,43);
  • 3. Mulher eis aí o teu filho, filho eis aí a tua mãe. (Jo 19,26-27);
  • 4. Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonastes?! (Mc 15,34);
  • 5. Tenho sede. (Jo 19,28 b);
  • 6. Tudo está consumado. (Jo 19,30 a);
  • 7. Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. (Lc 23,46 b).
sacerdote, diante das imagens de Jesus Cristo e da Virgem Maria, faz uma reflexão com estas passagens bíblicas, chamando o povo à conversão e àpenitência. Entre as reflexões, há momentos de grande silêncio, em contemplação à imagem de Nosso Senhor dos Passos com a cruz às costas e a de Nossa Senhora das Dores, que compartilha as dores do seu Filho.

Quinta Feira Santa

Ultima Ceia

Santa Missa Crismal (Santos Óleos) - fim da Semana Santa

Na Quinta-feira Santa, celebra-se em todas as dioceses a Santa Missa Crismal, ou Missa dos Santos Óleos. Nesta celebração, óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do BatismoCrismaUnção dos Enfermos e Ordenação.
  • Óleo do Crisma - Mistura de óleo]] e perfume, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento do Batismo, depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte, no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento da Ordem, para ungir os "escolhidos" que anunciarão da Palavra de Deus, conduzindo e santificando o povo através do ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.
  • Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os fiéis que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da efusão da da imersão na água. Este óleo significa e realiza a libertação do mal. A força de Deus, que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. A cor que o representa é vermelha.
  • Óleo dos Enfermos - Usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa e realiza a ação da força do Espírito de Deus na provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar os sofrimentos. Além do fortalecimento espiritual, a unção dos enfermos é um sacramento de cura do corpo, não somente para doentes terminais, mas para as pessoas que sofrem com enfermidades, que vão passar por cirurgias ou que estão se recuperando destas. O Óleo dos Enfermos é representado pela cor roxa.

Missa da Ceia do Senhor - início do Tríduo Pascal

Nas vésperas da Sexta-feira da Paixão, na Quinta-feira Santa tem início o Tríduo pascal, com a celebração da Missa da Ceia do Senhor. Nesta celebração, vivemos o momento sacramental deste mistério, atualiza-se, torna-se presente a realidade pascal ao longo de todos os séculos. No rito da Ceia do Senhor, que Jesus mandou celebrar em sua memória, Ele nos ofereceu o sacrifício pascal. Esta celebração litúrgica não é primitiva, talvez porque a tradição antiga tenha posto a instituição da Eucaristia e o início da Paixão na Terça e na Quarta-feiras Santas. Somente a partir dos séculos IV e V passou-se a celebrar a Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa. O rito do "lava-pés", que anteriormente era complementar, com a atual reforma passa a fazer parte da celebração da Ceia do Senhor, depois da proclamação do Evangelho e da homilia. Este rito ajuda a compreender a importância do mandamento do amor para os cristãos.
Depois da celebração da Missa da Ceia do Senhor, o altar é desnudado. A desnudação do altar é um rito prático, com a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela paixão e morte de Jesus. O rito atual é realizado de modo muito simples, após a Santa Missa, em silêncio e sem a participação da assembléia. As orientações do Missal Romano pedem que sejam retiradas as toalhas do altar e, se possível, as cruzes. O significado é o silêncio respeitoso da Igreja que faz memória de Jesus que sofre a Paixão e sua morte de Jesus, por isso, despoja-se de tudo o que possa manifestar festa.

Sexta Feira da Paixão

Paixão de Cristo
A Sexta-feira Santa não é dia de pranto e de luto, mas de silenciosa e amorosa contemplação do sacrifício cruento, com derramamento de sangue, de Jesus Cristo, fonte de nossa salvação. Nela a Igreja celebra a morte vitoriosa de Jesus Cristo sobre a morte. O elemento fundamental e universal da liturgia deste dia é a proclamação da Palavra de Deus, visto que a Igreja, por antiquíssima tradição, não celebra a Eucaristia neste dia. O rito da celebração da Paixão do Senhor é composto de três partes: a liturgia da Palavra, a adoração da Cruz e a comunhão eucarística.

Sábado Santo

O Sábado Santo foi sempre, pelo menos desde o século II, dia de jejum pleno e alitúrgico, no qual não é celebrada a Eucaristia. Nesse dia, venera-se o repouso de Jesus no sepulcro, a sua descida aos infernos e o seu misterioso encontro com todos aqueles que esperavam que se abrissem as portas do Céu (cf. 1 Pd 3, 19-20; 4, 6). No Sábado Santo, a Igreja permanece ao lado do sepulcro do Senhor, meditando sua paixão, abstendo-se da Missa até a solene Vigília Pascal, ou espera noturna da ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

Vigília Pascal

Círio Pascoal
A Vigília Pascal é uma das liturgias mais ricas em conteúdo e simbolismo que a Igreja celebra. O núcleo de todo o ano litúrgico, de que nasce qualquer outra celebração, é a Vigília Pascal, que culmina na oferta do sacrifício de Jesus Cristo no altar da Cruz. Segundo antiga tradição da Igreja, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12, 42). Os fiéis, como recomenda o Evangelho (cf. Lc 12, 35ss), devem esperar como os servos, com as lamparinas acesas, o retorno do Senhor, para quando Ele chegar os encontre em vigília e os convide a sentar-se à mesa.

Domingo de Páscoa - fim do Tríduo Pascal

A partir dos séculos IV e V surgem os primeiros testemunhos da celebração eucarística do Domingo de Páscoa, ou Domingo da Ressurreição. A liturgia deste dia celebra o acontecimento pascal como dia de Cristo, o Senhor. A liturgia da Palavra contém o querigma pascal e a recordação dos compromissos da vida nova em Jesus ressuscitado, que acentuam o valor da celebração da Pascoa, que faz o fiel entrar, por sua participação, na condição de vida nova em Cristo.
Jesus Cristo comunica ao mundo, pela sua vitória sobre a morte e o pecado e por sua ressurreição, o seu Espírito de vida que muda o coração do homem, Espírito de liberdade que redime a humanidade das raízes mais profundas de suas escravidões, pois redime do pecado. Esta é a verdadeira libertação pascal realizada por Jesus Cristo.