quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O cristianismo resgatou a dignidade e o imenso valor da mulher, rompeu com o paganismo que a instrumentalizava como objeto

Muito se fala sobre a situação da mulher na sociedade moderna. Acreditam não poucos que há um grande desnível – ou abismo mesmo – entre os direitos e deveres do homem e os da mulher, sendo que essa última tem sido historicamente prejudicada. E não faltam candidatos a carrasco do sexo feminino. A última moda agora é acusar as religiões de forma geral, e o Cristianismo, em especial.
 
Não há a menor dúvida de que existem religiões no mundo que cerceiam os direitos da mulher. O Islamismo é um bom exemplo deste tipo. Tanto o seu livro sagrado como a sua literatura teológica discrimina e rebaixa gravemente a mulher a ponto de torná-la um objeto de propriedade, primeiramente do pai, e depois do marido. Contudo, neste texto quero provar que não há razão por que colocar o Cristianismo no mesmo cesto das religiões que pejoram a mulher. Mais do que isso, vou mostrar como o Cristianismo colocou a mulher em uma situação muito melhor do que qualquer outro sistema religioso ou filosófico que já existiu.
 
Um pouco de história
 
A vida da mulher não era fácil nas culturas antigas. Em geral, eram propriedade dos maridos. Não eram consideradas capazes ou competentes para agirem independentemente. Vejamos a Grécia antiga. Aristóteles disse que a mulher estava em algum lugar entre o homem livre e o escravo (considerando que a situação do escravo não era nenhum pouco auspiciosa, perceba a pobre situação feminina), e que era um “homem incompleto” (Política). Platão, por sua vez, entendia que se o homem vivesse covardemente, ele reencarnaria como mulher. E se essa se portasse de modo covarde, reencarnaria como pássaro (A República, Livro V).
 
A sorte das mulheres não era muito melhor na Roma antiga. Poucas famílias tinham mais de uma filha. O casamento romano era uma forma de trazer mais material humano para formação do exército, e assim permitir à Roma a continuidade de sua expansão; por isso, o interesse estava em ter filhos homens. Daquelas, porém, que sobreviveram ao infanticídio, eram-lhes reservadas as tarefas do lar, mas não o exercício da cidadania e a participação política, coisa reservada apenas aos patrícios homens.
 
Na China, até bem recentemente, o infanticídio era uma prática comum. Os bebês do sexo feminino eram entregues como alimento aos animais selvagens ou deixados para morrer nas torres dos bebês. Adam Smith escreveu sobre essa prática no seu famoso livro, A Riqueza das Nações, de 1776. Ele fala inclusive que o descarte de bebês indesejados era mesmo uma profissão reconhecida e que gerava renda para muitas pessoas.
 
Vejamos outros casos. Na Índia, viúvas eram mortas juntamente com seus maridos – a prática chamada de sati(que significa, a boa mulher). Também havia tanto o infanticídio quanto o aborto feminino. Além disso, meninas eram criadas para serem prostitutas cultuais – as devadasis. Nessa prática religiosa, a menina era “casada com” e “dedicada a” um dos deuses hindus. Nos rituais de adoração a esses deuses havia dança, música e outros rituais artísticos. Conforme iam crescendo, as devadasis se tornavam servas sexuais, de homens e dos “deuses”. Ainda hoje, famílias pobres entregam suas filhas para estas deidades com o objetivo de alcançar delas algum favor, ou ainda obter algum meio de renda com os frutos da prostituição.
 
Na África, o problema era semelhante à prática do sati da Índia. Quando um líder tribal morria, as esposas e concubinas do chefe eram mortas juntamente com ele. Mesmo hoje, no Oriente Médio, o valor da mulher é mínimo.
 
A mudança trazida pelo Cristianismo
 
Que diferença trouxe a vinda de Jesus Cristo entre nós? Muita, em vários pontos. Na verdade, foi uma revolução. Muito do que Jesus Cristo ensinou já era praticado pela sociedade judaica (que era muito diferente das nações à sua volta), e outros pontos tiveram seus termos desenvolvidos por Ele. Mas mesmo os judeus tinham um tratamento discriminatório em relação às mulheres; Jesus, entretanto, se relacionava de forma saudável com elas. De forma geral, o Cristianismo colocou a mulher em pé de igualdade com os homens. Como ele fez isso?
 
- Dizendo que ambos foram criados por Deus, à sua imagem e semelhança (E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou – Gên 1,27). Para Deus, homens e mulheres têm o mesmo valor (Gl 3,28);
 
- Que ambos deveriam dominar e sujeitar a natureza (E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra – Gn 1,28). Não há nada que impeça a mulher, tanto quanto o homem, de explorar a criação em cumprimento ao mandato cultural;
 
- A decisão de Deus criar a mulher a partir de Adão declara que ambos provêm da mesma essência (Gn 2,22), mostrando que a mulher em nada é inferior ao homem, nem tampouco lhe é superior. E a declaração de Adão mostra que sua mulher Eva é parte de si mesmo, tendo o mesmo valor que ele próprio (Gn 2.23 );
 
- Que o casamento, como instituição divina, implica que o homem foi feito para a mulher, assim como a mulher foi feita para o homem, e dessa forma ambos andam como uma unidade em dois corpos (Gn 2,24), o que destrói a ideia de que a mulher é escrava do marido, ou vice-versa. São complementares;
 
- O Cristianismo também evitou que a mulher fosse injustiçada, não permitindo a poligamia, que é inerentemente prejudicial a elas (1Co 7,2);
 
- O Cristianismo ensinou o cuidado com as viúvas. Elas, se não tivessem recursos, deveriam ser cuidadas e sustentadas pela igreja (1Tm 5). Se o marido morre, ela é livre para continuar viúva ou casar novamente, se quiser;
 
- O Cristianismo condenou a prostituição ao declarar que o corpo não pertence a nós mesmos, mas a Deus, e que ele é templo do Espírito Santo (1Co 6.13,19). O corpo do homem pertence à mulher, e o da mulher ao homem (1Co 7,4);
 
- O Cristianismo aprova a instituição do casamento, que não só protege a mulher da exposição aos males sociais, como provê um ambiente seguro material, espiritual e sentimentalmente para o seu desenvolvimento integral (Ef 5.28-29);
 
- O Cristianismo protege a vida, que entende começar no momento da concepção. Dessa maneira, nenhuma criança deixa de nascer devido a características indesejáveis (pelos pais) que ela tenha ou seja. A vida é direito inviolável, outorgada por Deus, sendo que somente Ele tem direito de reavê-la (1Sm2.6; Jó 1.21);
 
- O Cristianismo também proibe a pornografia, pois entende que ela é equivalente ao adultério. Com isto, a mulher deixa de ser vista como um objeto aos olhos do homem (Mt 5.28).
 
Uma palavra sobre o movimento feminista
 
Se há algum direito, de qualquer pessoa que seja, que deva ser assegurado, eu sou completamente a favor da luta por ele. A sociedade falha em tratar as mulheres adequadamente porque ela não é uma sociedade moldada exclusivamente pela moral cristã. Muitos dos direitos pelos quais o movimento feminista luta são justos: direitos trabalhistas iguais aos do homem, proteção contra violência física e emocional, igualdade de direitos civis, entre outros. Porém, alguns pontos pelos quais ele luta não são bons, como, por exemplo, o aborto. Ora, o aborto sempre foi uma ferramenta usada pelo homem – e geralmente usado para evitar nascimento de mulheres! O aborto se refere a algo além do corpo da mulher; é outro ser vivo. Ocorre que ao lutar por este “direito”, a mulher trata um bebê ainda não nascido como algo menos que humano, tal como um objeto: ou seja, do mesmo modo que ela própria já foi tratada na história.
 
Outro problema que eu vejo é que algumas feministas mais exaltadas não querem simplesmente uma equiparação de direitos; desejam ocupar o lugar do homem que as explorava, transformando-se em exploradoras. Almejam uma inversão de papéis. Ao invés de uma sociedade patriarcal, sonham com uma matriarcal. E algumas feministas ainda descambam para a misandria – o ódio pelo sexo masculino.
 
Concluindo
 
O que o paganismo faz para proteger a mulher? Nunca fez nada, e nunca fará. E estas outras religiões não-cristãs? Normalmente colocam o sexo feminino em uma posição inferior a do homem. E o humanismo? Nada trouxe de bom para as mulheres. Na prática, uma vertente humanista (evolucionista) ensina que nada há de especial na humanidade; tudo que há é resultante de acaso. Somente o mais forte sobrevive (ou domina). Se for o sexo masculino, assim deve continuar a ser. É natural que seja assim. Não há justificativa moral (do ponto de vista evolucionista) para proibir a violência física, sexual, emocional à mulher, e nem mesmo porque condenar posicionamentos machistas. A máxima é “o que agora é, é o certo”.
 
Mas não é assim com o Cristianismo. Em todos os lugares onde ele chegou, as condições das mulheres melhoraram. Onde ele não alcançou, vê-se coisas terríveis, como a eugenia sexual, o infanticídio e a prostituição. Contudo, podemos ver que algumas sociedades, que já foram declaradamente cristãs, hoje estão decaindo moralmente com o avanço do antigo paganismo – legalizando o abor e a prostituição. Seria interessante que algumas feministas, que falam ousadamente contra o Cristianismo, aprendessem um pouco mais da história da humanidade e assim apercebam-se de que, se não fosse por essa religião que elas tanto condenam, talvez elas sequer estivessem vivas hoje.
 
Por Leandro Teixeira

O ENEM e o controle ideológico da aprovação. A resposta certa é sempre a ideológica, mesmo quando carente de verdade?

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Um exame que foi pensado como mero indicador de qualidade acadêmica transformou-se num forte instrumento de controle, inclusive ideológico, de acesso ao ensino superior. 

Nunca houve, na história do Brasil, um instrumento potencialmente tão completo, em termos de dominação ideológica do país, como o ENEM. (…)  vale dizer, quem não estiver preparado para demonstrar não somente qualidade acadêmica, mas também afinação com os pressupostos ideológicos que regem os elaboradores e corretores do exame está condenado a não obter vaga nas universidades, ou ao menos privar-se das universidades de maior qualidade e dos cursos mais procurados.
Não se trata de discutir se o ENEM é ou não um instrumento pedagógico tecnicamente bom. Possivelmente ele é, e isto não diz nada em seu favor: são exatamente os instrumentos bons os que são mais aptos de produzir danos enormes quando mal utilizados. Uma faca extremamente afiada é um instrumento soberbo para um bom churrasco, mas é também uma arma letal nas mãos de um assassino. Há uma confusão básica – também no campo da educação – entre ética e técnica, como se o avanço técnico da ciência pudesse influir diretamente, ou mesmo determinar, as fronteiras da ética.
Neste ponto, há que se frisar: nenhum governo autoritário do Brasil jamais dispôs de um instrumento tão completo, abrangente e eficaz, no plano do controle ideológico, como é o ENEM. Para o bem ou para o mal. Trata-se, como disse, de condicionar o acesso a todo o ensino superior à porta única de entrada que é este exame. E que, é claro, submete-se (potencialmente ao menos, senão em ato) a um grande controle ideológico sob o ângulo de certos consensos acadêmicos e midiáticos que estão bem estabelecidos, hoje, no nosso país e no mundo.
Dou um exemplo: há uma grande discussão, hoje, sobre a verdadeira noção de “identidade sexual”. Tradicionalmente, sempre se entendeu que a “identidade sexual” do ser humano é binária: somos homens e mulheres, e as exceções clínicas, raríssimas, somente confirmavam a regra. Há, é claro, (e tradicionalmente se entendia assim) o campo das tendênciasinclinações, desejos e opções sexuais, mas estes não faziam parte da própria identidade sexual, da substância da pessoa humana, senão do campo dos condicionamentos e das escolhas, das opções e vivências culturais e pessoais, na riqueza da sexualidade humana.
Compreendia-se que havia homens e mulheres, e que havia diversas maneiras e modos de se viver na prática a sexualidade, sem que tais maneiras e modos passassem a integrar a própria noção de identidade sexual. É assim que a Declaração Universal de Direitos Humanos, já nos seus “consideranda”, fala em “dignidade e valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres”, ou em vedação de “distinção de sexo”, já no seu artigo 2º. É assim, também, que no seu art. 16, reconhece-se que “Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução”. Para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, portanto, a questão de uma “identidade sexual” diversa do sexo das pessoas nem sequer se colocava. Éramos, e sempre fomos, homens e mulheres. Ponto. Todo o resto estava no campo dos condicionamentos, das escolhas, das tendências e desvios, alguns publicamente reprimidos, como a pedofilia, alguns simplesmente tolerados, como a promiscuidade, outros estimulados, em função do seu interesse para todos, como a formação de famílias complementares e fecundas. E as coisas foram assim até pelo menos os anos setenta.
O advento da ideologia do gênero.
De repente, embalados por estudos pretensamente científicos e suas interpretações filosóficas ou pseudoéticas, de pensadores como Wilhelm Reich, Marcuse, Simone de Beauvoir, Foucault, Shulamith Firestone ou Judith Butler, só para citar alguns, a “identidade sexual” passou a incorporar em si não somente a condição de homens e mulheres, mas as próprias tendências, escolhas, condicionamentos ou desvios, fazendo com que o lado estritamente subjetivo da sexualidade humana prevalecesse sobre a objetividade da convivência pública, e inserindo no campo da dignidade da pessoa humana a ser tutelada pelo Estado aquilo que, anteriormente, estava no âmbito da estrita variabilidade pessoal, com todo o grau de conforto ou desconforto que as situações concretas determinavam.
Assim, ser, digamos, somente para exemplificar, um pedófilo, um estuprador, um heterossexual promíscuo, ou mutilar-se física e hormonalmente com o fito de simular um sexo biológico diverso daquele que sua pessoa recebeu pelo nascimento, dentre outras tendências sexuais possíveis, tudo isto transportou-se de onde estava originalmente (do plano das tendências, dos condicionamentos e das escolhas comportamentais) para o campo da própria identidade sexual substancial da pessoa humana, a ser pretensamente tutelada pela legislação que protege a dignidade da pessoa humana. E sob as penas de criminalizar-se como homofóbico o pensamento de quem insiste na concepção histórica e consentânea com a própria Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU de que a identidade sexual, quanto à substância da pessoa humana, diz respeito apenas à condição de sermos homens e mulheres. Tudo o mais tem, é certo, reflexos importantes na tutela da pessoa humana, mas não definiria, conforme sempre se pensou até a instalação hegemônica do pensamento contrário no âmbito de um certo “consenso acadêmico” e “jurídico”, identidade substancial de ninguém.
Quais as consequências sociais dessa ideologia?
As consequências práticas estão aí, e tornam impossível adotar a postura do “viva e deixe viver” que a maior parte dos pais, educadores, operadores e mesmo pessoas religiosas estão adotando. Não se trata de dizer: “ora, se você não concorda com isso, viva a sua vida e deixe que os outros vivam, afinal esta é uma sociedade democrática e plural”. Não é tão simples assim: definir que tendências e inclinações sexuais definem a própria identidade sexual para fins de tutela da dignidade da pessoa humana significa dizer, entre outras coisas, que os banheiros públicos já não terão mais, como critério de uso, a fisiologia excretora dos usuários, mas a sua “identidade sexual” definida pela “tendência” ou “inclinação” que ele escolhe ou encontra em si mesmo. Assim, em vez de usar um banheiro público conforme ao seu aparelho excretor, ele o usará conforme a sua “identidade sexual”, num grande quiproquó: o banheiro não será mais espaço de atendimento de necessidades fisiológicas determinadas pela biologia, mas espaço de afirmação de tendências ou inclinações sexuais elevadas ao grau de dignidade da pessoa humana. Não se trata, pois, de construir mais banheiros, digamos, terceiros ou quartos banheiros, para aqueles cuja escolha identitária sexual não coincide com a fisiologia excretora, por nascimento ou por mutilação cirúrgica, mas de compelir a todos, mesmo aqueles que ainda acreditam no texto original da Declaração dos Direitos Humanos da ONU, a dividir o banheiro não pelo critério da conformação excretora, mas da tendência ou inclinação sexual, inclusive e principalmente quando esta não coincidir com o aparelho excretor. A proposta, portanto, é de reeducação global impositiva estatalmente, inclusive por meios criminais, para tornar hegemônico aquilo que certo consenso acadêmico e jurídico vê como avanço social e civilizatório, tornando impossível sequer manifestar opinião contrária. Que seria, segundo eles, afrontosa aos direitos humanos e à dignidade da pessoa, e portanto, uma opinião que até outro dia fazia parte do próprio texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU passa a ser quase uma opinião bandida.E banida.
Os reflexos práticos das opções estatais nas liberdades públicas.
Imaginemos, agora, uma ação judicial coletiva que vise forçar as escolas confessionais do país inteiro a permitir, ou mesmo a impor, que suas crianças, meninos ou meninas, dividam o banheiro com pessoas adultas cuja “inclinação” ou tendência” não coincida com o respectivo aparelho excretor. Isto simplesmente inviabilizaria, no limite, a própria existência de espaços confessionais abertos ao público, remetendo a religiosidade humana exatamente para onde estes mesmos ideólogos sempre propuseram que ela deveria estar: no âmbito do estritamente privado e fechado. E onde estamos? Basicamente calados.
Ora, o que se vê, mesmo, digamos, em certos âmbitos educacionais e confessionais, não é simplesmente uma preparação para conviver – e formar nossos filhos para conviver – com uma sociedade majoritariamente adversa. Trata-se de estar muitas vezes cegos para o que parece ser um discurso de “direitos humanos” e “militância” social, ou mesmo empolgados com tais perspectivas, promovendo-as até mesmo como deveres para um cristão, jovem ou idoso.(…) 
Não é de estranhar que Simone de Beauvoir tenha sido tema no último exame. Nem quero imaginar o que ocorreria com os estudantes que ousassem lê-la, na prova, de maneira diversa dos tais “consensos acadêmicos”. Muito poucos, é certo, conseguiriam, porque já foram devidamente doutrinados para fazer o exame, e nem sequer sabem que há a possibilidade de uma leitura diversa daquela que o Exame espera deles. Mas e quanto aos que pensam diversamente? Dobram-se à ideologia vigente ou estão fora do mundo do ensino superior de qualidade. É uma arma poderosa.
Paulo Vasconcelos Jacobina

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Viver em Cristo: evento ocorreu no último domingo (18) em Campina Grande/PB

Autor: Leandra Farias, fvc
A Comunidade católica de São Pio X realizou durante todo o dia de domingo, 18, a 23ª edição do Viver em Cristo, evento que reuniu milhares de católicos no Ginásio do Clube Campestre para participarem de pregações, orações, Adoração ao Santíssimo Sacramento e a Santa Missa.
As pregações do evento foram realizadas pelos missionários da comunidade Canção Nova, Salete Ferreira e o músico Sapo, com os respectivos temas: “Viver em Cristo, o caminho da santidade” e  “Sede santo, porque Eu sou santo”. Nelas, Salete falou sobre santidade, o cuidado com as palavras proferidas e renovação de vida: “Renovar não é fazer plásticas ou por silicones. Renovar é estar com cristo. Se seu coração estiver renovado em Jesus Cristo, você passa pela cruz e ressuscita,” afirmou a missionária, explicando que viveu essa experiência com sua mãe que fora acometida por um câncer de mama.
O músico Sapo, no período da tarde, ainda deu seu testemunho de vida, momento em que muitos se emocionaram.
Além de Loja, Lanchonete e Posto Médico, o Viver em Cristo trouxe para o ano de 2015, a campanha Outubro Rosa, intitulada ‘Mulher, você é templo do Espírito Santo’, um stand onde tanto mulheres, quanto homens eram informados sobre como realizar o autoexame para prevenção do câncer de mama.
O Viver em Cristo também arrecadou 400kg de alimentos não-perecíveis paras as 48 famílias carentes, assistidas mensalmente pela Ação Social Faça por Mim da Comunidade de São Pio X.
O evento que teve início às 08h. foi encerrado, aproximadamente, às 18h30 com a Celebração Eucarística presidida pelo padre Ednaldo Gomes da cidade de Barra de Santana.
Fonte:
Comunicação - Com Pio X

Diocese de Campina Grande ganha um novo Presbítero!

Autor: Márcia Marques
“Tornei-me tudo para todos”. Este versículo, extraído da primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 9,22) foi o lema sacerdotal escolhido pelo neossacerdote Pe. Fernando Jacinto. A concelebração de sua ordenação aconteceu na noite desta terça-feira, dia 13, no Seminário Diocesano São João Maria Vianney. Padres, diáconos, seminaristas e todo povo de Deus participaram da concelebração presidida por Dom Manoel Delson. “Estou com o coração aberto para acolher a todos. Acolher na caridade cristã, como nos pede São Paulo”, afirmou o recém ordenado.
Dom Delson falou da felicidade em fazer parte deste momento de entrega de um vocacionado. “É uma alegria impor as mãos sob um irmão que resolveu entregar sua vida à missão da Igreja. Assim como o profeta foi ungido para levar a Boa Nova, vai e faz o mesmo”, aconselhou o Bispo, que completou: “Aquele que é ungido tem outra grande missão: santificar!”.
Durante a homilia, Dom Delson alertou sobre os desafios e provações, mas assegurou que tudo pode ser superado com a oração. “A oração e o anúncio da Palavra de Deus nos liberta destas dores e nos abre para a imensidão e infinitude do amor de Deus, que é um amor misericordioso e acolhedor”.
Pe. Fernando Jacinto disse estar apreensivo mas preparado para a missão. “Estou apreensivo, naturalmente, por causa das responsabilidades, mas estou preparado, desde o seminário para esta entrega total de minha vida à missão da Igreja. Quero estar junto do povo de Deus, orando por eles, orando por mim e pelo presbitério que abracei, que é o desta Igreja particular de Campina Grande”.
Ele foi enviado para a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Sumé, onde será Vigário Paroquial, ao lado do pároco Pe. Claudeci Soares.
Desde que chegou à diocese, Dom Delson já ordenou 15 padres diocesanos, 2 religiosos e 3 diáconos permanentes.
Fonte:
Pascom Diocesana

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

12 de Outubro: Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil


Por Dom Henrique Soares da Costa
Bispo de Palmares/PE
Est 5,1b-2; 7,2b-3
Sl 44
Ap 12,1.5.13a.15-16a
Jo 2,1-11
A Solenidade hodierna recorda a proteção da Virgem Maria, sua presença materna e consoladora, experimentada em 1773,
por três pobres pescadores, na aurora de nossa história nacional. As redes vazias dos pobres quase se romperam pela abundância de peixes, após o “aparecimento” da imagem enegrecida da Imaculada Conceição. Desde então, aquela imagenzinha humilde e feiosa recorda ao povo brasileiro a presença materna da Mãe do Senhor na nossa história e na nossa terra. Sim, hoje a festa é nossa, do povo brasileiro; hoje, por todo o território nacional, gente de todas as raças que fazem esta Nação, canta com devota gratidão: “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Salve a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”
Esta presença materna, carinhosa, providente e atuante da Virgem Santíssima é ilustrada de modo admirável nas leituras da Palavra de Deus, que acabamos de ouvir. Primeiramente, a Virgem é evocada pela rainha Ester, que arriscou a vida para salvar o seu povo da condenação à morte. Quem não se comove com o apelo da Rainha? “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida – eis o meu pedido! – e a vida do meu povo – eis o meu desejo!” Como tais palavras cabem na boca da Mãe do Senhor! Ela, perfeita e completamente salva e redimida de todo pecado por pura graça de Deus; ela, a Agraciada! Mais que ninguém, ela pode cantar as palavras de Isaías, que o Missal coloca no início da Eucaristia deste dia: “Com grande alegria rejubilo-me no Senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas jóias”. Maria Virgem, totalmente agraciada, totalmente salva por Deus, não esquece de nós, filhos que o Filho lhe deu ao pé da cruz: “Salva a vida do meu povo – eis o meu desejo!” Ela é a Mulher do Apocalipse, em luta constante contra a serpente, o antigo Inimigo, que ameaça o povo de Deus; ela é a Mulher que, em Caná, intercede pelos esposos, ensina-nos a fazer o que o Filho disser e cuida para que a água das nossas pobrezas e das nossas angústias seja transformada no vinho da alegria, fruto da ação do Espírito do Cristo ressuscitado.
A Festa de hoje recorda-nos a presença constante de Nossa Senhora na vida da Igreja, na vida do povo brasileiro e na vida de cada um de nós. Não poderia ser diferente! Foi o próprio Cristo quem lhe deu essa missão materna em relação a nós, seus discípulos amados. Recordemo-nos da cena dramática no Calvário. Jesus diz à sua Mãe, indicando o Discípulo Amado, que é cada um de nós, cada cristão, católico ou não: “Mulher, eis o teu filho!”(Jo 19,26). Não foi ela quem escolheu ser nossa Mãe. Não! Foi o Filho mesmo quem lhe deu a missão: “Eis o teu filho, os teus filhos, Virgem Maria! Tu és a Mulher do Gênesis, inimiga da serpente; tu és a Mãe dos viventes, a verdadeira Eva!” Fidelíssima à vontade do Senhor, como sempre foi, a Virgem vela por todos os cristãos; até por aqueles que não lhe têm amor e veneração, chegando mesmo a difamá-la! Mãe dos discípulos do Senhor Jesus, Mãe da Igreja, Virgem Maria! Foi esta maternidade tão amorosa, fecunda e providente que o povo brasileiro experimentou às margens do rio Paraíba do Sul, quando a imagem enegrecida da Imaculada apareceu nas redes dos pescadores. É esta maternidade que nós experimentamos continuamente em nossa vida. Quem de nós não tem uma história para contar a respeito da presença da Virgem no nosso caminho? “Filho, eis a tua Mãe!” (Jo 19,27). Não fomos nós que escolhemos Maria por Mãe. Cristo mesmo, no-la deu como aconchego materno. Na cruz, ele olhou para o Discípulo Amado, para cada um de nós, e deu-nos sua Mãe: “Filho, eis a tua Mãe!” Que generosidade, a do Senhor: deu-nos tudo, seu corpo, seu sangue, sua vida… deu-nos sua Mãe! Realmente, amou-nos até o fim (cf. Jo 13,1). Jesus olha para todo cristão – católico ou não – e indica: “Eis a tua Mãe!” E o Evangelho diz qual deve ser a atitude do discípulo ante um dom tão generoso, tão belo, tão grande: “A partir daquele momento, o discípulo a levou para sua casa” (Jo 19,27). Todo discípulo de Cristo tem o dever de acolher o dom do Senhor, o dever de levar a Mãe de Jesus – agora Mãe de cada cristão – para sua casa. Não fazê-lo é desobedecer a um preceito expresso e claro do Senhor, é privar-se de tão grande dom! Por isso, mil vezes tem razão o povo brasileiro em orgulhar-se hoje de ter Maria por Mãe. Tem razão o nosso povo de tê-la proclamado Rainha e Padroeira do Brasil!
Virgem Mãe Aparecida, Mãe de Deus e nossa! Vela pelo povo brasileiro, acolhe nosso brado filial!
Intercede com tua oração materna por nossos governantes: que sejam retos, justos, servidores do bem comum, sobretudo dos mais necessitados!
Sê consolo para quem chora, força para quem se encontra alquebrado, inspiração e encorajamento para os pobres, saúde para os enfermos e rosto maternal de Deus para todos nós! Vela pelas crianças, mantém na harmonia as famílias de nossa Pátria, vela pela paz no campo e nas cidades!
Senhora Aparecida, protege a Santa Igreja em terras brasileiras! Roga pelo clero, pelos religiosos, por todo o povo de Deus!
Ajuda-nos, Mãe de Deus-Jesus e Mãe nossa, ajuda-nos a construir um Brasil mais cristão, mais justo, mais pacífico e solidário… e que, pelas tuas preces maternas, jorre para nós o vinho bom da alegria e sejamos todos, um dia, herdeiros do Reino dos céus. Amém!