sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Homilia do Papa: "Se perdemos o sentido do pecado, até o maior dos pecados parece pequeno"


O sentido do pecado – este o tema da homilia do Papa Francisco na missa em Santa Marta nesta sexta-feira. Quando Deus está menos presente na nossa vida aparece a ‘mediocridade cristã’. Assim, um pecado grave como o adultério parece algo pouco importante. Tal como nos é narrado pelo Primeiro Livro de Samuel, David apaixona-se por Betsabé, mulher de Urias, um seu general, fica com ela e envia o marido para a frente de batalha onde este vem a falecer. David comete um grande pecado mas não o sente como tal – afirmou o Papa Francisco que colocou em relevo o facto de a David não lhe ter ocorrido pedir perdão pelo pecado de adultério mas sim a questão: como resolvo isto?
“A todos nós pode acontecer esta coisa. Todos somos pecadores e todos somos tentados e as tentações é o pão nosso de cada dia. Se algum de nós dissesse: ‘Mas eu nunca tive tentações, ou és um anjo ou és um tolo! Percebe-se…É normal na vida a luta e o diabo não está tranquilo, ele quer a sua vitória. Mas o problema – o problema mais grave nesta passagem – não é tanto a tentação e o pecado contra o nono mandamento, mas é como age David. E David aqui não fala de pecado mas de um problema que tem que resolver. E isto é um sinal! Quando o Reino de Deus está menos presente, quando o Reino de Deus diminui, um dos sinais é que se perde o sentido do pecado.”
O poder do homem, no lugar da glória de Deus! Este é o pão de cada dia. Por isto a oração de todos os dias a Deus ’Venha o teu Reino, cresça o Reino’ porque a salvação não virá das nossas espertezas, das nossas astúcias, da nossa inteligência de fazer negócios. A salvação virá da graça de Deus e do treino quotidiano que nós fazemos desta graça na vida cristã.”
“O maior pecado de hoje é que os homens perderam o sentido do pecado” – afirmou o Papa Francisco recordando a frase do Papa Pio XII e logo voltou o seu olhar para Urias, o homem inocente mandado para morrer na frente de batalha pelo seu rei. Segundo o Santo Padre, Urias é como que, o emblema de todas as vítimas da nossa inconfessada soberba:
“Eu confesso-vos que quando vejo estas injustiças, esta soberba humana, mesmo quando vejo o perigo que a mim próprio possa suceder isto, o perigo de perder o sentido do pecado, faz-me bem pensar aos tantos Urias da história, aos tantos Urias que mesmo hoje sofrem a nossa mediocridade cristã, quando nós perdemos o sentido do pecado, quando nós deixamos que o Reino de Deus caia… Estes são os mártires dos nossos pecados não reconhecidos. Vai-nos fazer bem hoje rezar por nós, para que o Senhor nos dê sempre a graça de não perder o sentido do pecado, para que o Reino não baixe em nós. Mesmo levar uma flor espiritual ao túmulo destes Urias contemporâneos, que pagam a conta do banquete dos seguros, daqueles cristãos que se sentem seguros.”

Maior igreja protestante dos EUA agora é Católica

Depois que a mega-igreja protestante foi a falência, seu prédio foi comprado pela Diocese Católica do local, que a usará como sua nova catedral. Isso tem uma forte simbologia por trás. É uma virada da Igreja Católica nos Estados Unidos, que afinal começou muito pequena, e agora já é a maior denominação cristã dos Estados Unidos.

O nome que foi dado à nova Catedral, aprovado pela Santa Sé, é Christ Cathedral (antes era chamada de Crystal Cathedral). As motivações são ecumênicas; mas há um bom motivo para escolherem essa como sua nova Catedral, que afinal é um ponto turístico e já tinha se tornado referência em igrejas protestantes no país. A Igreja Católica está crescendo nos EUA.

A Diocese de Orange County é a 10º maior do país. A Catedral antiga não tinha capacidade para abrigar os fiéis, já chegaram a ter que distribuir entradas para entrar (como no Vaticano).

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os Papas e a Renovação Carismática Católica

Em entrevista dentro do avião no retorno para Roma, Papa Francisco respondeu e esclareceu diversas questões pendentes aos repórteres, uma delas foi sobre a aceitação da Renovação Carismática Católica e neste caso ele mesmo esclareceu que sua primeira opinião antes de conhecer o movimento não foi nada boa, mas ao observar seu crescimento e amadurecimento hoje ele não só aceita como reconhece que é um instrumento essencial na renovação de toda a Igreja.


papa_da_entrevista_voo_brasil
Papa Francisco Fala sobre a RCC.

Texto Parcial da Entrevista:
A Igreja no Brasil está perdendo fiéis. A Renovação Carismática é uma possibilidade para evitar que eles sigam para as igrejas pentecostais?
Papa Francisco – É verdade, as estatísticas mostram. Falamos sobre isso ontem com os bispos brasileiros. E isso é um problema que incomoda os bispos brasileiros. Eu vou dizer uma coisa: nos anos 1970, início dos 1980, eu não podia nem vê-los. Uma vez, falando sobre eles, disse a seguinte frase: eles confundem uma celebração musical com uma escola de sambaEu me arrependi. Vi que os movimentos bem assessorados trilharam um bom caminho. Agora, vejo que esse movimento faz muito bem à Igreja em geral. Em Buenos Aires, eu fazia uma missa com eles uma vez por ano, na catedral. Vi o bem que eles faziam. Neste momento da Igreja, creio que os movimentos são necessários. Esses movimentos são uma graça para a Igreja. A Renovação Carismática não serve apenas para evitar que alguns sigam os pentecostais. Eles são importantes para a própria Igreja, a Igreja que se renova.



941342_471701519587558_1461845518_n[1]
A RCC nasceu durante o pontificado do Papa Paulo VI, dentro do contexto do Concílio Vaticano II, como fruto visível da súplica feita pelo beato Papa João XXIII de que surgisse uma renovação espiritual para toda a Igreja como em um "NOVO PENTECOSTES". 

O beato Papa João Paulo II desejou "vida longa aos carismáticos" como podemos observar em vídeo abaixo e se expressou diversas vezes positivamente em relação a RCC como no discurso por ocasião do Ano do Espírito em 1999, ele assim falou: "A Renovação Carismática Católica ajudou muitos cristãos a redescobrir a presença e a força do Espírito Santo na sua vida, na vida da Igreja e no mundo. Esta redescoberta despertou neles uma fé em Cristo repleta de alegria, um grande amor pela Igreja e uma generosa dedicação à sua missão evangelizadora. Neste ano dedicado ao Espírito Santo, uno-me a vós ao louvar Deus pelos frutos preciosos que quis fazer maturar nas vossas comunidades e, através delas, nas Igrejas particulares". (Cf. http://www.rccbrasil.org.br/interna.php?paginas=46). 

O Papa emérito Bento XVI assim se expressou em relação ao movimento: "Certamente [a RCC] trata-se de uma esperança, de um positivo sinal dos tempos, de um dom de Deus para a nossa época. È a redescoberta da alegria e da riqueza da oração contra a teoria e práxis sempre mais enrijecidas e ressecadas no tradicionalismo secularizado". 
(cf. http://rccdemanhuacu.blogspot.com.br/2012/02/cardial-ratzinger-hoje-papa-bento-xvi.html)

Veja este vídeo!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A quem agradaria um mundo sem ética?


Esta questão dá asas à minha imaginação e procuro visualizar a humanidade vivendo sem nenhum critério norteador da existência, a não ser o da vontade pessoal, regida pelo liberalismo absoluto. Isso significaria o caos total. A ausência de valores leva à autonomia individual absoluta. Ora, se cada um faz o que quer, o conflito de interesses será a norma e, neste caso, os mais fortes dominarão e oprimirão os mais fracos. Já dizia Aristóteles, Filósofo grego na antiguidade, que “o homem é um animal social e político”, sendo assim, as normas éticas e morais devem favorecer o bem comum e a felicidade da humanidade.

Dizem que a força dos norte-americanos estava na cultura cristã, firmada na família, tendo o pai como o chefe, orientador e protetor. Os antiamericanos não podendo enfrentá-los com armas, resolveram investir na educação sem ética e miná-los a partir do que existe de mais sagrado, que é a família. Elaboraram um plano didático e entraram nos Estados Unidos da América e a partir de lá em todo Ocidente. Hoje, já se fala no declínio da nação mais poderosa do mundo. A família é lugar de educação no amor, na fé e na dignidade. Tirar seu poder é deixar o ser humano à mercê do que vier, sem rumo. Nesta situação, alguém tem que assumir o controle das coisas. Em meio a essa desordem surgem ideologias com pretensão de reorientar as novas gerações. Isso já é notável. Quem decide que crianças tenham orientação sexual desde os quatro anos? Os pais? Não! Quem? O estado ou grupos ideológicos que impõem suas teorias dominando a sociedade eliminando os valores éticos e morais.

A ética da justiça, da verdade e do amor indica uma humanidade evoluída, que é capaz de entender que todo ser humano tem sua dignidade e deve ser respeitado. Respeitar o outro é um princípio de convivência social essencial. Nele reside o fundamento da sociedade. Ignorá-lo é assumir o risco do caos absoluto, que não é bom para ninguém. Dizer isso pode parecer algo sem propósito. Mas, ao observar certos movimentos culturais identificamos a pretensão de incutir nas pessoas o princípio de um mundo sem ética. Suas consequências vão se espalhando por toda parte: onda crescente de violência, desrespeito à pessoa, degradação moral, destruição da família, injustiças sem medida, degeneração da escola e das instituições sociais, que sempre garantiram o equilíbrio da sociedade, e tantas outras mazelas. O fim de uma cultura começa com a legitimação de comportamentos aéticos.

O mundo está chegando a uma situação de violência e desrespeito, que seria exigido um estado forte para conter o caos. Seria o fracasso da democracia?

Nada é gratuito na história. Há sempre forças que se articulam em vista de objetivos nem sempre anunciados. A decadência da cultura ocidental vem certamente do abandono da ética e do liberalismo subjetivista sem controle. Creio que a solução para sair do caos é resgatar os valores perenes que darão novamente ao ser humano a trilha da ética que erguerá a humanidade, trazendo de volta a força para defender e construir a vida. Longe de nós governos absolutistas e manipuladores da vida. A democracia deve se firmar na articulação da justiça, do direito à vida e da dignidade humana.

Das homilias de Francisco...


Papa Francisco nomeia novo bispo de Guarulhos (SP) e auxiliar para Salvador (BA)

ImprimirPDF
O papa Francisco nomeou hoje, 29, o padre Estevam dos Santos Silva Filho como bispo auxiliar da arquidiocese de São Salvador (BA) (foto, à direita).  Atualmente, padre Estevam exerce as funções de pároco da paróquia Nossa Senhora da Candeias, em Vitória da Conquista (BA), e ecônomo na mesma arquidiocese.

O papa também realizou nesta data a transferência de dom Edmilson Amador Caetano (foto, à esquerda), até agora bispo de Barretos (SP), como novo bispo de Guarulhos (SP). Dom Edmilson é paulista, 53 anos, monge da Ordem Cisterciense (O.Cist). Seu lema episcopal recorda a graça divina que sustenta a missão: “Deus providenciará”.
Novo bispo
Padre Estevam tem 45 anos, natural de Vitória da Conquista. Nasceu no dia 10 de abril de 1968. Aos 20 anos, ingressou no Seminário Maior Nossa Senhora das Vitórias, onde cursou Filosofia. Em Belo Horizonte, estudou Teologia no Instituto Coração Eucarístico. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 9 de julho de 1995. É bacharel em Teologia, com especialização em Comunicação para a Pastoral pela Pontifícia Universidade Javeriana, em Bogotá (Colômbia).
Desde 1995, exerce atividade como diretor espiritual no Seminário Maior da Arquidiocese de Vitória da Conquista. Foi pároco nas paróquias Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Iguaí, Senhor Bom Jesus e Santa Rita, em Planalto e Divino Espírito Santo, em Poções. Atuou como administrador da paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Nova Canaã.
Trajetória na comunicação
O jovem padre Estevam tem uma caminhada nas atividades de comunicação na Igreja do Brasil. No período de 2000 a 2010 exerceu por três mandatos a função de vigário regional do Vicariato São Marcos na arquidiocese de Vitória da Conquista. Por dez anos, foi professor de comunicação no Instituto de Filosofia Nossa Senhora das Vitórias (1998-2008) e assessor eclesiástico da Pascom arquidiocesana.
Foi membro e secretário do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores. Dedicou-se aos trabalhos com os jovens na função de assessor eclesiástico do Setor Juventude do Vicariato São Lucas. Também foi diretor arquidiocesano do Encontro de Casais com Cristo (ECC).

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Papa: louvar o Senhor com a alegria com que se comemora um gol!


Papa Francisco usou hoje a imagem do torcedor comemorando um “gol” do seu time de futebol para exemplificar como se pode louvar o Senhor: com a festa da alegria.
Na Missa desta terça-feira na Casa de Santa Marta, o Papa comentou como a oração de louvor faz-nos fecundos. Ele partiu da leitura do Segundo Livro de Samuel, em que ‘Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor’.
“Mas, padre, isto é para aqueles da Renovação Carismática, não para todos os cristãos!’ Não, a oração de louvor é uma oração cristã para todos nós! Na Missa, todos os dias, quando cantamos o Santo... Esta é uma oração de louvor: louvamos o Senhor pela sua grandeza, porque é grande!”
“E dizemos coisas belas, porque nós gostamos que seja assim. Mas, padre, eu não sou capaz... Mas és capaz de gritar quando o seu time marca um gol e não és capaz de cantar louvores ao Senhor? De sair um pouco da tua contenção para cantar isto? Louvar Deus é totalmente gratuito! Não pedimos, não agradecemos: louvamos!”

“Uma bela pergunta que nós podemos fazer hoje é : Mas como vai a nossa oração de louvor? Eu sei louvar o Senhor? Sei louvar o Senhor ou quando rezo o Glória e o Sanctus faço-o apenas com a boca e não com todo o coração? O que me diz Davi, dançando assim? Quando Davi entra na cidade começa uma outra coisa: uma festa!”
Segundo o Papa Francisco, a alegria do louvor leva-nos à alegria da festa. A festa da família.

“Eu pergunto-me quantas vezes nós desprezamos no nosso coração pessoas boas, gente boa que louva o Senhor como lhe vem, assim espontaneamente, porque não são cultos, não seguem as atitudes formais? É o desprezo. E diz a Bíblia que Mikal ficou estéril por toda a vida por isto! O que quer dizer a Palavra de Deus aqui? Que a alegria, que a oração de louvor faz-nos fecundos! Aquele homem ou aquela mulher que louva o Senhor, que reza louvando o Senhor, que quando reza o Glória alegra-se por isso, quando canta o Sanctus na Missa alegra-se por cantá-lo, é um homem ou uma mulher fecundo.”

(Com informações da Rádio Vaticano)

28 de Janeiro: Santo Tomás D'Aquino


Tomás nasceu em 1225, na Campânia, da família feudal italiana. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Ainda jovem, mesmo co a resistência da família, fez-se dominicano.

Em Paris estudou com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também, lecionou em grandes universidades de Paris, Roma, Bolonha e Nápoles e jamais se afastou da humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos outros e da caridade para com os pobres e doentes.

Grande intelectual, vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era: "oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás sempre recusou.

Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, em 07 de março de 1274. É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores.


Reflexão:
Tomás de Aquino foi Doutor da Igreja, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados. Muito se falou, se fala e se falará deste Santo, cuja obra perdura ao longo dos séculos.


Oração:
Deus de amor e bondade, dai-me, pela intercessão de Santo Tomás, inteligência e a facilidade do estudo, a profundidade na interpretação e uma graça abundante de expressão. Fortificai meu estudo, dirigi o seu curso, aperfeiçoai o seu fim, Vós que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, e que viveis nos séculos dos séculos. Amém.

domingo, 26 de janeiro de 2014

3º Domingo do Tempo Comum – Domingo 26/01/2014

Anúncio do Evangelho (Mt 4,12-23)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

12Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15”Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.
18Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram.23Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Mosaico cristão de 1500 anos com os nomes de Jesus e Maria é desenterrado em Israel e reafirma veneração histórica a Maria.

mosaico1
mosaico3
Arqueólogos israelenses desenterraram um mosaico de 1500 anos no chão do que, na época, foi uma igreja bizantina. O achado está na vila de Aluma, no sul de Israel, e começou a ser escavado há cerca de três meses.
 O local foi descoberto durante uma escavação para uma obra. A antiga basílica tem 22 por 12 metros de área. Além do mosaico foram encontradas as bases de colunas de mármore que davam sustentação ao edifício.
 Os desenhos do mosaico incluem vários animais, como zebra, girafa, flamingo, leopardo e coelho. Segundo o jornal israelense “Haaretz”, um dos desenhos representava também um ser humano, mas foi cuidadosamente destruído.
De acordo com Daniel Varga, o pesquisador que lidera a escavação, isso provavelmente se deve à ação de devotos que, na época do Império Bizantino, se opunham à representação de seres humanos dentro das igrejas.
Não foi encontrada nenhuma inscrição que indicasse como se chamava o local na época em que a igreja estava de pé. Os arqueólogos acreditam que ela servia a diversas comunidades ao longo da estrada entre Ascalão e Jerusalém.
A Autoridade de Antiguidades disse que o local veio à tona quando foram feitas as primeiras escavações para um novo bairro residencial no sul de Israel. Os fósseis recuperados incluem um mosaico colorido e cinco inscrições que revelam a existência de uma importante comunidade cristã na região.
Daniel Varga, diretor das escavações, disse que apareceu uma inscrição em grego com os nomes de Maria e Jesus.
Fonte: Mundo Cristiano via CPAD news, mais G1
http://www.cpadnews.com.br/interna-12-20302.html

Igrejas Cristãs de Portugal assinam declaração

Declaração de reconhecimento mútuo do Batismo é assinado com a presença de D. Manuel Clemente, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

 
 
Lisboa, 25 jan 2014 (Ecclesia) – Representantes das Igrejas Católica, Lusitana, Presbiteriana, Metodista e Ortodoxa (Patriarcado Ecuménico de Constantinopla) em Portugal vão assinar hoje, em Lisboa, uma declaração de reconhecimento mútuo do Batismo.
A assinatura vai acontecer durante a celebração ecuménica nacional, na catedral Lusitana (Igreja Anglicana) de São Paulo, com início marcado para as 18h00, na presença de D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, que vai propor uma reflexão após a Liturgia da Palavra.
Segundo comunicado enviado à Agência ECCLESIA pelos responsáveis desta celebração nacional, vão marcar presença “outros representantes católicos e hierarcas das Igrejas do Conselho Português de Igrejas Cristãs”.
A nota de imprensa fala num “importante acontecimento”, frisando que o reconhecimento mútuo do Batismo representa “mais um passo no caminho de diálogo ecuménico entre as Igrejas envolvidas”.
“Este passo concreto [reconhecimento mútuo do Batismo], que reafirma o muito que já nos une em Cristo, como seus discípulos, um povo de batizados chamado a ser, no mundo e para o mundo, sinal credível do Evangelho”, sublinham os responsáveis cristãos.
A assinatura, no dia conclusivo da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, acontecerá “num contexto orante, reunindo jovens e hierarcas das diversas Igrejas, juntos na escuta da Palavra e no assumir de um compromisso claro pela causa da reconciliação e da unidade”, acrescenta a nota de imprensa.
O reconhecimento mútuo do Batismo destaca os pontos fundamentais de doutrina e prática comum entre Igrejas, procurando contribuir para uma maior comunhão entre todos os cristãos.
D. António Couto, presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização – que acompanha o diálogo ecuménico -, disse à Agência ECCLESIA que esta decisão é um “acontecimento nacional” que vem coroar “muitos anos de trabalho".
A semana de oração pela unidade dos cristãos é dedicada, em 2014, ao tema - "Estará Cristo dividido?", expressão retirada da primeira carta de São Paulo aos (1Cor. 1, 13).
O decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, ‘Unitatis Redintegratio’, lembra no seu n.º 3 que todos os cristãos “justificados no Batismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor”.
João Paulo II, na sua encíclica sobre a Unidade dos Cristãos, ‘Ut Unum Sint’ (n.º 42), assegurava que o reconhecimento dessa fraternidade “não é a consequência de um filantropismo liberal ou de um vago espírito de família, mas está enraizado no reconhecimento do único Batismo”.
“Isto está muito para além de um simples ato de cortesia ecuménica e constitui uma afirmação básica de eclesiologia”, escrevia o Papa polaco, que vai ser canonizado em abril.
O ‘Diretório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo’ pede explicitamente um reconhecimento recíproco e oficial do Batismo, destacando as implicações teológicas, pastorais e ecuménicas desse ato.

OC

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

24 de Janeiro: São Francisco de Sales

São Francisco de Sales 

Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.
Anos mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.
Certa ocasião, atacado pela tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, ele buscou a resposta dessa dúvida com o auxílio de Nossa Senhora e, assim, a desconfiança foi dissipada. Estudou Direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser padre. E foi um sacerdote que buscou a santidade não só para si, mas também para os outros.
No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão para as pessoas.
Doutor da Igreja, é fundador da Ordem da Visitação, titular e patrono da família salesiana, fundada por Dom Bosco, que se inspirou nele ao adotar o nome [salesiano]. Também é patrono dos escritores e dos jornalistas devido ao estilo e ao conteúdo de seus escritos.
Esse grande santo da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.
Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.

São Francisco de Sales, rogai por nós!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Papa pede a católicos para serem construtivos no uso da internet

23.01.2014 - 14h02 | Atualizado em 23.01.2014 - 15h08

A mensagem do papa ocorreu por ocasião da celebração do dia do padroeiro dos jornalistas   (Foto: Arquivo - JMJ 2013/Creative Commons)

Brasília - O papa Francisco pediu hoje (23) que católicos sejam "cidadãos digitais" construtivos ao usarem a internet, que definiu como um "dom de Deus", para manifestar solidariedade. O papa argentino publicou nesta quinta-feira sua primeira mensagem sobre comunicação social, em uma tradição anual pela festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.

A mensagem com o título A Comunicação ao Serviço de uma Autêntica Cultura do Reencontro, fala sobre o fenômeno das redes sociais em um tom confiante. "A Internet pode oferecer mais possibilidades de reencontro e de solidariedade entre todos, o que é uma coisa boa. Para ele, a Igreja deve empenhar-se para levar ao homem ferido, pela via digital, o óleo e o vinho: "Que a nossa comunicação seja um óleo perfumado para a dor e um bom vinho para a alegria", disse o papa.
Na mensagem, o pontífice lembrou que a exclusão, a desorientação, o condicionamento, a doença e a ignorância do outro podem existir também na Internet. O papa Francisco é seguido por mais de dez milhões de cibernautas na rede social Twitter.

*Com informações da Agência Lusa

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

20 de Janeiro: SÃO SEBASTIÃO!

São Sebastião
O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.
Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.
São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.
São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.
São Sebastião, rogai por nós!

Imagens que marcam!


Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2014 – Em forte tempestade, raio atinge mão direita do Cristo Redentor, que acabou danificada. Foto: Antonio Lacerda – EFE

domingo, 19 de janeiro de 2014

A ALEGRIA DE MORRER POR CRISTO!

Rapaz cristão é condenado a morte pelo tribunal iraniano após se negar a renunciar  sua fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Em seu semblante a paz e a alegria dos justos. Oremos pelos cristãos que vivem em países cuja perseguição chega a levá-los a sacrificar a própria vida por causa da sua fé em Jesus.

Que tenhamos a mesma coragem deste jovem que já nos precede na glória futura.


“Oh Senhor dá-nos a têmpera dos mártires, daqueles que morreram por Jesus"


Uma imagem para homenagear grandes homens de Deus!

S. Pio de Pietrelcina, Beato Papa João Paulo II, Papa Francisco e Papa Emérito Bento XVI

sábado, 18 de janeiro de 2014

2º Domingo do Tempo Comum – Domingo 19/01/2014

Anúncio do Evangelho (Jo 1,29-34)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo: 29João viu Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”.
32E João deu testemunho, dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!”

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Papa Francisco é de esquerda? Não se iludam: é apenas católico


Apesar do entusiasmo à esquerda e do susto à direita, a doutrina de Francisco decorre apenas do melhor das tradições cristãs.
O termo não podia ser mais forte: “horrífico”. Não apenas horrível, horrífico. E foi o termo escolhido pelo Papa Francisco, este fim-de-semana, para se referir ao problema do aborto.
As agências de informação internacionais trataram logo de interpretar a frase. Era, escreveram, uma forma de acalmar os sectores mais conservadores da Igreja. Nem lhes ocorreu que fosse mesmo a opinião do Papa. Não quadrava na sua imagem estereotipada de um bispo de Roma modernaço, quiçá revolucionário. No entanto, a doutrina de Bergoglio não podia ser mais clara e até vem na sua tão celebrada exortação apostólica Evangelii Gaudium: “Não se deve esperar que a Igreja altere a sua posição sobre esta questão”, escreveu o Papa. Que acrescentou: “Quero ser completamente honesto, este não é um assunto sujeito a supostas reformas ou ‘modernizações’. Não é opção progressista pretender resolver os problemas eliminando uma vida humana” (parágrafo 214).
Também este fim-de-semana houve muita excitação na imprensa e nas redes sociais com a notícia de que o Papa baptizara os filhos de uma mãe solteira e de um casal não unido pelo matrimónio. Só uma mal disfarçada ignorância pode justificar essa excitação, pois não haverá gesto mais católico do que o de baptizar duas crianças nessas circunstâncias. Vem nas escrituras.
Estes são apenas dois exemplos recentes de um estranho caso de paixão: a de uma parte da esquerda para com o Papa Francisco, de repente transformado no messias que políticos mais terrenos não conseguem ser. Mário Soares, por exemplo, assume que só tem “dois ídolos no plano político” – Obama e o Papa Francisco –, e o colunista do Guardian Jonathan Freedland chega a propor que posters do sumo pontífice substituam os de Obama nos quartos dos adolescentes, uma vez que seria “o óbvio novo herói da esquerda”.
Muitos jornalistas e comentadores afinam pelo mesmo diapasão, mostrando uma irresistível tendência para ver apenas os gestos de Francisco que vão ao encontro das suas causas e ignorando todos os demais. Chegou-se ao ponto de a mais antiga revista gay dos Estados Unidos, a Advocate, ter eleito como figura do ano este homem de branco para quem o casamento entre pessoas do mesmo sexo é “um retrocesso antropológico”.
Não tenho qualquer dúvida de que o Papa Francisco é uma figura extraordinária e não pude deixar de notar o imenso significado do nome que escolheu. Não sendo eu um crente, devo dizer que um dos locais do mundo onde mais senti a presença de um transcendente foi em Assis, que, por incrível coincidência, visitei pela primeira vez na manhã de 11 de Setembro de 2011. Foi por isso com enorme expectativa que segui os primeiros meses de pontificado e não me surpreendeu a sua resoluta opção por uma Igreja mais próxima dos pobres. Essa ideia de proximidade com os mais fracos está, de resto, no coração do cristianismo e quem pôde, como eu pude, conhecer alguns dos locais mais desgraçados do país e do mundo, é testemunha de como, tantas vezes, são apenas as instituições da Igreja as que resistem quando tudo o resto se desmorona.
O exemplo pessoal de Francisco, ao abdicar de bens e confortos materiais, ao manter uma infinita capacidade para se aproximar dos doentes e dos fracos, da Praça de São Pedro à ilha de Lampedusa, permitiu que se tornasse, de um dia para o outro, numa figura imensamente popular. A forma aberta como gosta de abordar os dilemas da Igreja fez, ao mesmo tempo, com que seja visto como um reformador radical. Houve até quem se entusiasmasse ao ponto de anunciar que “tinha abolido o pecado”: aconteceu com Eugenio Scalfari, o influente fundador do La Repubblica, cuja crónica obrigou a Santa Sé a um impensável, mas necessário, desmentido formal.
A exortação apostólica Evangelii Gaudium, o seu primeiro documento programático, criou a ideia de que estaríamos perante uma nova Igreja. Não faltou quem, à esquerda, saudasse algumas passagens como representando uma condenação global do capitalismo e da austeridade, apesar de, no documento, essas palavras nunca aparecerem. Tal como não faltaram, à direita, acusações de marxismo, apesar de o documento não só não propor nenhum modelo económico, como nele se condenar o totalitarismo e o relativismo. Na verdade, a Evangelii Gaudium pode conter propostas revolucionárias, mas não as feitas por estas leituras apressadas e interesseiras.
O Papa condenou, de forma muito frontal e dura, a idolatria do dinheiro, a obsessão pelo consumo e a submissão às tentações da ganância. Nem poderia fazer outra coisa. Afinal de contas, não prega ele a mensagem de quem condenou a idolatria dos bezerros de ouro? Não dirige ele uma instituição que, desde 1891 e da encíclica Rerum Novarum, de Leão XIII, até à recentíssima Caritas in Veritate, de Bento XVI, sempre defendeu o primado da pessoa humana sobre a economia?
É certo que o Papa regista os limites da economia de mercado em termos que um economista liberal não faria, mas o seu documento não deixa de se inscrever numa evolução da doutrina da Igreja que partiu de uma condenação muito forte do liberalismo (e do socialismo) e que, encíclica após encíclica, foi combinando as suas recomendações sociais e morais com as vantagens de uma economia aberta e competitiva. Esse processo foi muito bem descrito por Michael Novak no seu A Ética Católica e o Espírito do Capitalismo e esta exortação apostólica não representa qualquer inversão de percurso. Não é, de resto, a existência de uma economia de mercado que ele critica – são antes “os interesses do mercado divinizado”.
O que percorre todo o documento é a preocupação com a condição humana e com a necessidade de uma ética que presida às decisões políticas e económicas não só ao nível micro, o das nossas relações pessoais, mas também ao nível macro, o dos governos. A doutrina da Igreja, e Francisco não se afasta dela, não implica um modelo económico preciso ou uma ideologia determinada, pelo contrário, distancia-se dos que acreditam que este ou aquele sistema económico são uma panaceia eterna. “Se alguém se sentir ofendido com as minhas palavras, saiba que as exprimo com estima e com a melhor das intenções, longe de qualquer interesse pessoal ou ideologia política”, escreve-se na Evangelii Gaudium. “A mim, interessa-me apenas procurar que quantos vivem escravizados por uma mentalidade individualista, indiferente e egoísta, possam libertar-se dessas cadeias indignas e alcancem um estilo de vida e de pensamento mais humano, mais nobre, mais fecundo, que dignifique a sua passagem por esta terra”.
O sucesso das economias modernas não é apenas o sucesso da evolução técnica ou das regras invisíveis do mercado. É também, ou sobretudo, o sucesso do quadro ético e moral que cria os estímulos certos para preferirmos o tipo de instituições políticas e sociais que suportam as nossas sociedades progressivas (mesmo em tempos de crise). O sucesso daquilo a que chamamos capitalismo não deriva do triunfo do individualismo ou de um egoísmo centrado na satisfação de prazeres e consumos imediatos, antes em princípios morais que favorecem a cooperação e a integração. A tensão entre estes valores sempre existiu e a Igreja nunca lhes foi indiferente. Por isso o seu problema não é com os empresários, cuja vocação Francisco considera ser “uma nobre tarefa” desde que se deixem “interpelar por um sentido mais amplo da vida”, para assim servirem “verdadeiramente o bem comum”.
O Papa não propõe qualquer revolução política – mas interpela-nos a uma revolução de comportamentos. Não condena os ricos, mas desafia-os à compaixão e desafia-os a agir. Como notou Robert A. Gahl, professor na Universidade Pontifícia de Roma, “para combater a desigualdade e a marginalização, Francisco não propõe uma redistribuição socialista, antes o primado da compaixão e da responsabilidade individual”.
Mais do que ser de esquerda ou de direita, a sua mensagem é a do cristianismo e do primado, na política e na economia, da dignidade humana, algo que já vem de Santo Agostinho ou de São Tomás de Aquino. Sem surpresa, julgo eu, podemos dizer que o Papa Francisco é, antes de tudo o mais, católico.

Jornalista, jmf1957@gmail.com

Celebrações no tempo do Natal de 2013





Imagens de dezembro de 2013 quando celebrei a Eucaristia para funcionários de uma empresa de mineração que funciona na cidade de Soledade/PB. Quero destacar o belo gesto feito pelo proprietário e sua família em presentear cada funcionário com uma cesta de Natal acompanhada por uma Bíblia.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

1ª Semana Comum – Quinta-feira 16/01/2014



— Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!
— Libertai-nos, Senhor, pela vossa compaixão!
— Porém, agora nos deixastes e humilhastes, já não saís com nossas tropas para a guerra! Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, os adversários nos pilharam à vontade.
— De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, zombaria e gozação dos que nos cercam; para os pagãos somos motivo de anedotas, zombam de nós a sacudir sua cabeça.
— Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? Despertai! Não nos deixeis eternamente! Por que nos escondeis a vossa face e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

15 de Janeiro: Santo Amaro

Santo Amaro  

Nasceu em Roma e entrou muito cedo para a vida religiosa. Filho espiritual e grande amigo de São Bento, tornou-se um beneditino com apenas 12 anos de idade. Realidades daquele tempo, mas que apontam para uma necessidade dos tempos atuais. Ele foi apontado, desde muito cedo, como um exemplo de silêncio e também de correspondência às exigências da vida monacal. Vida de austeridade, de ação, de oração; “ora et labora” de fato.
Grande amigo de São Bento, viveu momentos que ficaram registrados. São Gregório foi quem deixou o testemunho de que, certa vez, São Bento, por revelação, soube que um jovem estava para se afogar em um açude. Disse ao então discípulo Amaro que fosse ao encontro daquele jovem. Ele foi. Sem perceber, com tanta obediência, ele caminhou sobre as águas e salvou aquele jovem; depois que ele percebeu que havia acontecido aquele milagre. Retribuíram a ele, mas, claro, ele atribuiu a São Bento, pois só obedeceu.
História ou lenda, isso demonstra como Deus pode fazer o impossível aos olhos humanos na vida e através da vida naqueles que acreditam e buscam corresponder à vocação. Todos nós temos uma vocação comum, a mesma que Santo Amaro teve: a vocação à santidade. Esse santo foi quem sucedeu São Bento em Subiaco, quando este foi para Monte Casino. Ele foi exemplo de virtude, obediência e abertura à ação do Espírito Santo.

Santo Amaro, rogai por nós!