quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A quem agradaria um mundo sem ética?


Esta questão dá asas à minha imaginação e procuro visualizar a humanidade vivendo sem nenhum critério norteador da existência, a não ser o da vontade pessoal, regida pelo liberalismo absoluto. Isso significaria o caos total. A ausência de valores leva à autonomia individual absoluta. Ora, se cada um faz o que quer, o conflito de interesses será a norma e, neste caso, os mais fortes dominarão e oprimirão os mais fracos. Já dizia Aristóteles, Filósofo grego na antiguidade, que “o homem é um animal social e político”, sendo assim, as normas éticas e morais devem favorecer o bem comum e a felicidade da humanidade.

Dizem que a força dos norte-americanos estava na cultura cristã, firmada na família, tendo o pai como o chefe, orientador e protetor. Os antiamericanos não podendo enfrentá-los com armas, resolveram investir na educação sem ética e miná-los a partir do que existe de mais sagrado, que é a família. Elaboraram um plano didático e entraram nos Estados Unidos da América e a partir de lá em todo Ocidente. Hoje, já se fala no declínio da nação mais poderosa do mundo. A família é lugar de educação no amor, na fé e na dignidade. Tirar seu poder é deixar o ser humano à mercê do que vier, sem rumo. Nesta situação, alguém tem que assumir o controle das coisas. Em meio a essa desordem surgem ideologias com pretensão de reorientar as novas gerações. Isso já é notável. Quem decide que crianças tenham orientação sexual desde os quatro anos? Os pais? Não! Quem? O estado ou grupos ideológicos que impõem suas teorias dominando a sociedade eliminando os valores éticos e morais.

A ética da justiça, da verdade e do amor indica uma humanidade evoluída, que é capaz de entender que todo ser humano tem sua dignidade e deve ser respeitado. Respeitar o outro é um princípio de convivência social essencial. Nele reside o fundamento da sociedade. Ignorá-lo é assumir o risco do caos absoluto, que não é bom para ninguém. Dizer isso pode parecer algo sem propósito. Mas, ao observar certos movimentos culturais identificamos a pretensão de incutir nas pessoas o princípio de um mundo sem ética. Suas consequências vão se espalhando por toda parte: onda crescente de violência, desrespeito à pessoa, degradação moral, destruição da família, injustiças sem medida, degeneração da escola e das instituições sociais, que sempre garantiram o equilíbrio da sociedade, e tantas outras mazelas. O fim de uma cultura começa com a legitimação de comportamentos aéticos.

O mundo está chegando a uma situação de violência e desrespeito, que seria exigido um estado forte para conter o caos. Seria o fracasso da democracia?

Nada é gratuito na história. Há sempre forças que se articulam em vista de objetivos nem sempre anunciados. A decadência da cultura ocidental vem certamente do abandono da ética e do liberalismo subjetivista sem controle. Creio que a solução para sair do caos é resgatar os valores perenes que darão novamente ao ser humano a trilha da ética que erguerá a humanidade, trazendo de volta a força para defender e construir a vida. Longe de nós governos absolutistas e manipuladores da vida. A democracia deve se firmar na articulação da justiça, do direito à vida e da dignidade humana.

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