quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Deus proíbe a confecção de imagens?


“Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.”

(Ex 25,18)
Muitas vezes andando nas ruas encontramos pessoas vestidas com ternos e com uma Bíblia na mão, ensinando que usar imagens em igrejas é idolatria.
Por este motivo costumam chamar os católicos de idólatras, isto é, adoradores de ídolos, que quer dizer adoradores de falsos deuses. E ainda acusam a Igreja Católica de ensinar a adoração destas imagens.
Os protestantes encaram o uso das imagens sacras como um insulto ao mandamento divino que consta em Ex 20,4 que proíbe a confecção delas.
A Igreja Católica sempre defendeu o uso das imagens. Estaria a Igreja Católica desobedecendo a ordem divina em Ex 20,4?
A Igreja Católica é a única Igreja que tem ligação direta com os apóstolos de Cristo, sendo ela a guardiã da doutrina ensinada por eles e por Cristo, sem lhe inculcar qualquer mudança. Se ela quisesse mesmo agir contra a ordem divina, teria adulterado a Bíblia nas passagens em que há a condenação das imagens.
Na Bíblia católica – pois a Bíblia protestante não contém sete livros relativos ao Velho Testamento- o Livro da Sabedoria condena como nenhum outro a idolatria (Sb 13-15). Não poderia a Igreja repudiar o livro como fizeram os protestantes?
Na Sagrada Escritura há outras passagens que condenam a confecção de imagens como por exemplo: Lv 26,1; Dt 7,25; Sl 97,7 e etc. Mas também há outras passagens que defendem sua confecção como: Ex 25,17-22; 37,7-9; 41,18; Nm 21,8-9; 1Rs 6,23-29.32; 7,26-29.36; 8,7; 1Cr 28,18-19; 2Cr 3,7,10-14; 5,8; 1Sm 4,4 e etc.
Pode Deus infinitamente perfeito entrar em contradição consigo mesmo? É claro que não. E como podemos explicar esta aparente contradição na Bíblia?
Isto é muito simples de ser explicado. Deus condena a idolatria e não a confecção de imagens. Quando o objetivo da imagem é representar, ou ser um ídolo que vai roubar a adoração devida a somente a Deus, ela é abominável. Porém quando é utilizada ao serviço de Deus, no auxílio à adoração a Deus, ela é uma benção. Vejamos os textos abaixo:
“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo da terra, nem nas àguas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira geração daqueles que me aborrecem.”(Ex 20,4-5)
Note que nesta passagem a função da imagem é roubar a adoração devida somente a Deus. O texto bíblico condena a confecção da imagem porque ela está roubando o culto de adoração ao Senhor. A existência deste mandamento se deve pelo fato do povo judeu ser inclinado à idolatria, por ter vivido no Egito que era uma nação idólatra e por estar cercado de nações pagãs, que não adoravam a Deus, e que construíam seus próprios deuses. Deus quer dizer aqui “não construam deuses para vocês, pois Eu Sou o Deus Único e Verdadeiro”.
“Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubin na extremidade de uma parte, e outro querubin na extremidade de outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele.” (Ex 25,18-19)
Neste versículo, Deus ordena a Moisés que construa duas imagens de querubins que serão colocadas em cima da arca-da-aliança, onde estavam as tábuas da lei, dos dez mandamentos. Veja que os querubins aqui não são objetos de adoração, mas de ornamentação da arca. Salomão também manda construir dois querubins de madeira, que serão colocados no altar para enfeitar o templo (1Rs 6,23-29).
Para deixar mais claro ainda a proibição e a permissão do uso das imagens sacras, vejamos os próximos versículos:
“E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo.” (Nm 21,8-9)
“Este [Ezequias] tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã.”(2Rs 18,4)
Note que no primeiro texto de Nm 21,8-9, Deus não só permitiu o uso da imagem, como também a utiliza para o seu serviço; e a transforma em objeto de benção para seu povo, sinal de Seu amor por Israel.
E no segundo texto de 2Rs 18,4 a mesma serpente de metal que outrora foi construída por Moisés, é repudiada por Deus. Tornou-se objeto de adoração pois “os filhos de Israel lhe queimavam insenso”. Deram a ela o culto devido somente a Deus. A Serpente de metal perdeu como nos mostra o texto, o seu sentido original, porque os filhos de Israel “não obedeceram à voz do Senhor, seu Deus; antes, tranpassaram seu concerto; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram.”(2Rs 18,12)
Aí fica mais que claro que Deus não condena o uso das imagens sacras e sim a idolatria. É importante lembrarmos que há muitas outras formas de idolatria, como o amor ao dinheiro, aos bens materias, etc; que substituem o amor que devemos ter somente por Deus.

Fonte: http://www.pechrystianshankar.com.br/deus-proibe-a-confeccao-de-imagens/http://www.pechrystianshankar.com.br/deus-proibe-a-confeccao-de-imagens/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Por que os Padres não se casam? Entenda!


Divulgada a Mensagem do Papa para a Quaresma de 2016 - Confira!

O site ACI Digital divulgou hoje a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2016, que tem como tema “Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13), “As obras de misericórdia no caminho jubilar”. O texto foi apresentado pela Sala de Imprensa da Santa Sé. Os idiomas que podem ser encontrados são italiano, espanhol, polonês, alemão, português, francês e árabe.
A seguir, o texto completo em português:
“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13)
“As obras de misericórdia no caminho jubilar”
1. Maria, ícone de uma Igreja que evangeliza porque evangelizada
Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordi? Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.
Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.
2. A aliança de Deus com os homens: uma história de misericórdia
O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo.
Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada (cf. Misericordi? Vultus, 8). Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é, para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da aliança de Deus com Israel: «Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). O Filho de Deus é o Esposo que tudo faz para ganhar o amor da sua Esposa, à qual O liga o seu amor incondicional que se torna visível nas núpcias eternas com ela.
Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que «sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese» (Ibid., 164). Então a Misericórdia «exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar» (Misericordi? Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d’Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa.
3. As obras de misericórdia
A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em atos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo. Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» (Ibid., 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga… a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Ibid., 15). É o mistério inaudito e escandaloso do prolongamento na história do sofrimento do Cordeiro Inocente, sarça ardente de amor gratuito na presença da qual podemos apenas, como Moisés, tirar as sandálias (cf. Ex 3, 5); e mais ainda, quando o pobre é o irmão ou a irmã em Cristo que sofre por causa da sua fé.
Diante deste amor forte como a morte (cf. Ct 8, 6), fica patente como o pobre mais miserável seja aquele que não aceita reconhecer-se como tal. Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E isto porque é escravo do pecado, que o leva a utilizar riqueza e poder, não para servir a Deus e aos outros, mas para sufocar em si mesmo a consciência profunda de ser, ele também, nada mais que um pobre mendigo. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. Chega ao ponto de não querer ver sequer o pobre Lázaro que mendiga à porta da sua casa (cf. Lc 16, 20-21), sendo este figura de Cristo que, nos pobres, mendiga a nossa conversão. Lázaro é a possibilidade de conversão que Deus nos oferece e talvez não vejamos. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência, no qual ressoa sinistramente aquele demoníaco «sereis como Deus» (Gn 3, 5) que é a raiz de qualquer pecado. Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem atualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los.
Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais diretamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas. Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por esta estrada, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles. Somente neste amor temos a resposta àquela sede de felicidade e amor infinitos que o homem se ilude de poder colmar mediante os ídolos do saber, do poder e do possuir. Mas permanece sempre o perigo de que os soberbos, os ricos e os poderosos – por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, que, no pobre, continua a bater à porta do seu coração – acabem por se condenar precipitando-se eles mesmos naquele abismo eterno de solidão que é o inferno. Por isso, eis que ressoam de novo para eles, como para todos nós, as palavras veementes de Abraão: «Têm Moisés e o Profetas; que os ouçam!» (Lc 16, 29). Esta escuta cativa preparar-nos-á da melhor maneira para festejar a vitória definitiva sobre o pecado e a morte conquistada pelo Esposo já ressuscitado, que deseja purificar a sua prometida Esposa, na expectativa da sua vinda.
Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).
Vaticano, 4 de outubro de 2015
Festa de S. Francisco de Assis
Francisco

Papa Francisco altera as regras do tradicional rito litúrgico do lava-pés com a possibilidade de inclusão de mulheres

alx_mundo-papa-francisco-20160121-001_original
O Papa Francisco ordenou a alteração das regras do tradicional rito litúrgico do lava-pés, realizado durante a missa “Coena Domini”, na quintas-feiras santas – data que precede a sexta-feira santa e o feriado de Páscoa.
Uma mudança na prática que agora consagrou-se nos documentos da Igreja universal. O Papa ordenou que se modificassem as indicações litúrgicas sobre o ritual de lavagem dos pés na missa da Quinta-feira Santa. A partir de agora os escolhidos para receber a lavagem não serão somente homens ou meninos, em memória dos 12 apóstolos. Poderão ser homens e mulheres, jovens e idosos, saudáveis e doentes, clérigos ou não.
A reforma foi introduzida com uma carta do Papa dirigida ao cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos do Vaticano. Nela mesma Bergoglio reconheceu que levava um tempo refletindo sobre o ritual correspondente à missa “in coena domini” (Missa da Ceia do Senhor), ou seja, a última ceia.
Acrescentou que seu objetivo é “melhorar as modalidades de realização para que expressem plenamente o significado do gesto cumprido por Jesus no cenáculo, seu doar-se até o fim pela salvação do mundo e sua caridade sem fronteiras”. E estabeleceu que, depois de uma “atenta ponderação”, determinou a mudança da rubrica do Missal Romano.
“Preciso, portanto, que seja modificada a rubrica segundo a qual as pessoas escolhidas para receber a lavagem dos pés devem ser homens ou meninos, de modo tal que de agora em diante os pastores da Igreja possam escolher participantes no ritual entre todos os membros do povo de Deus. Recomenda-se ainda que aos escolhidos seja oferecida uma adequada explicação do significado do próprio ritual”, agregou na carta.
Deve ter se passado mais de um ano para que a congregação vaticana responsável emita um decreto que ponha em prática a decisão do Papa. O texto, assinado pelo cardeal Sarah, leva data de 06 de janeiro de 2016, enquanto a carta de Francisco está datada de 20 de dezembro de 2014.
Sobre este atraso e ante a pergunta sobre se este deveu-se a resistências de algum tipo, o porta-voz do Vaticano Federico Lombardi explicou que as questões litúrgicas “sempre tardam”, porque se necessita tempo para traduções de textos e rubricas.
“Foi publicado agora em vista da Semana Santa, a publicação atrasou um pouco, porque se trabalha continuamente em missais, que são traduzidos, reformulados, etc. As conferências episcopais serão informadas hoje desta mudança de modo que se tornará de uso comum”, disse.
Além disso, recordou que o Papa, já desde seu tempo em Buenos Aires e também em Roma, optou por lavar os pés também de mulheres e meninas. Precisou que tradicionalmente os homens escolhidos representassem aos 12 apóstolos na última ceia e, por isso, o ritual foi principalmente uma imitação do gesto realizado por Jesus antes de ser preso.
“Mas o significado da lavagem é a manifestação do amor de Jesus por todos até o fim, mas além do que demonstrou aos 12 apóstolos, teve um valor universal. O Papa disse que na liturgia damos esse gesto de amor de Cristo por todos a prevalência na imitação do gesto ou na recordação histórica. A partir de agora não deverão ser necessariamente homens ou jovens, mas também podem ser eleitos entre todos os membros do povo de Deus. E não é necessário, tampouco, que sejam 12, pode ser um grupo, embora isso já era previsto. O que importa é o gesto e a expressão do amor de Deus para todos”, insistiu.
Explicou que esse ato não tem um valor sacramental e, por isso, já era possível interpretar sua forma de realização dependendo das circunstâncias pastorais. Disse que, no entanto, para o Papa se trata de um momento “muito significativo” porque cada ano ele o realiza “com uma intensidade muito evidente”.
“Recomenda-se que aos eleitos seja oferecida uma explicação completa do próprio ritual, não se trata de fazer uma representação, mas de cumprir um ato que tem um significado espiritual, por isso é importante que se compreenda o significado”, ponderou.
Em sua primeira Quinta-Feira Santa, poucos dias depois de ter sido eleito Papa, Francisco surpreendeu a todos ao realizar a missa “in coena domini” (Missa da Ceia do Senhor) não na Basílica de São João de Latrão de Roma, como de costume, mas na capela da prisão de menores Casal del Marmo. Nessa ocasião, ele lavou os pés de algumas meninas, uma delas de religião muçulmana. O gesto lhe arrecadou severas críticas de grupos tradicionalistas.
Isso não fez o pontífice mudar de opinião, que em 2014 realizou a lavagem dos pés em uma casa de ajuda da Fundação Don Gnocchi, nos arredores de Roma. Os 12 escolhidos tinham entre 16 e 86 anos, e entre eles estavam quatro mulheres e um muçulmano. Em 2015 ele fez o mesmo com um grupo de presos e presas, na prisão romana de Rebbibia.
Fonte:  Vatican Insider

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O que é o Método Billings™?


Me pediram que escrevesse um artigo para responder essa pergunta. Enquanto pensava em você que estaria neste momento lendo essas linhas, fui tentando de uma forma clara e simples dar esse conceito importante, e que tanto bem fez para a vida de homens e mulheres, que passaram pela minha vida, fazendo exatamente esta pergunta.
O Método de Ovulação Billings™, assim chamado, é um método científico, portanto desenvolvido, por homens da ciência: Dr. John Billings, Dra Evelyn Billings, Dr James Brown, Dr.Erick Odeblad. Cada um com sua colaboração em pesquisas puderam fazer com que esse Método tenha uma validação científica.
O desenvolvimento inicial do Método foi resultado de uma investigação clínica iniciada em Melbourne, na Austrália, em 1953, após uma completa avaliação dos métodos naturais e descoberta de que nenhum deles poderia competir em eficácia e aceitabilidade com a recentemente desenvolvida pílula anticoncepcional. O estudo foi coordenado pelo Dr. John Billings e com a colaboração das investigações da Dra Evelyn Billings.
A compreensão da utilização dos sintomas do fluxo vaginal para reconhecer a fertilidade, como é realizada do Método de Ovulação Billings,™ foi conseguida depois de mais de 30 anos de investigação intensa, com muito pouco apoio de entidades promotora de fundos.
Primeiramente, as observações foram realizadas pelas mesmas mulheres enquanto se desenvolviam as regras e usavam-nas na prática. Depois, Erick Odeblad, na Suécia, realizou anos de investigação pioneira ao tipificar o muco cervical e determinar o significado de cada tipo no processo da fertilidade. E o estudo desenvolvido pelo James Brown sobre a relação entre as mudanças de muco, a atividade ovariana e a fertilidade que envolveu aproximadamente 750 mil análises hormonais, tanto para espaçar como para conseguir uma gravidez, inúmeras observações de ultrassom e o uso da monitorização pela dosagem hormonal de FSH,LH( HCG) e clomifeno na indução da ovulação.
Esse amplo estudo foi necessário, porque aproximadamente 90% dos ciclos ovarianos são ovulatórios e as outras variantes representam os 10% restante. Para acelerar o estudo, concentrou-se a investigação nos momentos em que são mais comum as variações, principalmente, a menarca, o estresse, a infertilidade após o parto, a amamentação e a aproximação da menopausa.
Uma característica importante destas disciplinas dentro da investigação médica mostrou uma congruência notável. Não há contradição entre nenhum dos resultados obtidos em projetos individuais ou em colaboração.
É portanto um Método Científico e um Método Natural, eficaz para a Regulação da Fertilidade. Baseia-se no conhecimento da fisiologia reprodutiva, que permite individualizar os ritmos de fertilidade da mulher. A mulher aprende com um Instrutor qualificado a entender e ler os sinais naturais do corpo e assim cuidar da sua saúde reprodutiva. Estes sinais refletem a sequência normal das mudanças hormonais do ciclo menstrual.
Qualquer mulher pode adquirir esse conhecimento, trata-se de um Método simples, não tem contra-indicação, pode ser usado por mulheres, que apresentem ciclos curtos, longos, ou que estejam no período da amamentação, deixando a pílula, no tempo da pré-menopausa ou da menarca, períodos de stress, entre outros. O homem pode aprendê-lo junto com a própria mulher, assumindo com ela a responsabilidade perante a vida. Além disso, não interfere nas funções naturais do próprio corpo e não provocam danos a saúde.
O Método requer uma boa motivação para o seu uso e uma constante e quotidiana observação da sensação vulvar e aparência do muco cervical, para identificar os sinais e sintomas da fertilidade. Importante ressaltar, que é indispensável o acompanhamento de um Instrutor qualificado. Este Instrutor recebe um Treinamento de 40 horas/aula, mais um Estágio Supervisionado de no mínimo 06 meses, apresentando 03 estudos de caso, para que seja reconhecido e qualificado para tal acompanhamento.
O Centro de Formação Famílias Novas do Posto Médico Padre Pio, conta atualmente com 04 Instrutores qualificados, e oferece o ensino do Método de Ovulação Billings para as pessoas interessadas em cuidar da saúde reprodutiva, conceber uma gravidez ou espaçar uma gravidez. Em três anos, já realizou 1.959 atendimentos, entre a faixa etária de 15 a 55 anos.
Gostaria de encerrar esse artigo, contando a você as histórias dessas pessoas, que como disse no início da nossa conversa, passaram pela minha vida querendo saber o que era o Método Billings™ e como foi muito bom ter tido este conhecimento.
Tatiane e Victor, um casal que queria engravidar, já estavam há 02 anos na tentativa. Apresentavam o diagnóstico médico: Trompas enoveladas com endometriose e necessidade cirúrgica. Iniciaram o acompanhamento em setembro de 2013, com um Instrutor qualificado do Método de Ovulação Billings™, e engravidaram no segundo ciclo de acompanhamento sem a necessidade de realizarem a cirurgia.
Luciane Ida, através do Método de Ovulação Billings™, percebeu que sua ovulação, era acompanhada de um imenso mal-estar como, náuseas e a barriga ficava cheia de gases. Foi ao ginecologista, os exames hormonais estavam sem alterações. Porém, no registro do seu ciclo menstrual, percebia que a ovulação era acompanhada de dores e agora pouco sangramento. Realizando um USG de abdome e transvaginal foi constatado uma endometriose no ovário direito, do tamanho de uma laranja, ou seja, o ovário estava quase 20 vezes maior que o tamanho normal. Foi atendida em caráter de urgência, pelo ginecologista que lhe revelou que esse pequeno sangramento na ovulação revelava que seu ovário iria se romper a qualquer momento e muitas vezes esse rompimento pode levar a mulher a morte. Após 2 semanas da descoberta, foi feita a cirurgia.

A Oração pelos Falecidos! Entenda!


Abertas as inscrições para o Encontro Diocesano da Pascom em Campina Grande

Autor: 
Estão abertas as inscrições para o Encontro Diocesano da Pascom, que acontecerá dias 13 e 14 de fevereiro. O evento é voltado para as equipes paroquiais da Pastoral da Comunicação e para os membros dos ministérios de Comunicação das Novas Comunidades. O objetivo do encontro é promover a articulação e a formação dos agentes da comunicação da Igreja. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de janeiro.
Serão 2 encontros diocesanos em 2016, além dos encontros por Foranias, como explica Márcia Marques, membro da equipe diocesana. “Queremos ter este encontro inicial para definirmos a configuração de rede de comunicadores na diocese, fortalecendo as equipes paroquiais e articuladores forâneos. Além disso, será um momento de formação e confraternização”, afirma.
Para o Encontro Diocesano da Pascom, estão confirmadas as presenças de Cacilda Medeiros, articuladora da Pascom da Arquidiocese de Natal, e da Professora Danielly Macedo. Elas falarão sobre a Missão da Pascom e sobre a importância da boa escrita, respectivamente. Ainda está prevista uma formação sobre Redes Sociais e a eleição dos articuladores forâneos.
“Durante o Encontro teremos momentos de animação, sorteios, muita troca de informação, além do repasse do calendário anual e do pacote de viagem para o Mutirão Regional da Pascom, que acontece em outubro na cidade de Recife”, completa Márcia.
Outras informações podem ser obtidas por email (diocesepascom@gmail.com) ou via whatsapp (83) 99952 7855.
Fonte:
Pascom Diocesana

NOTA DE FALECIMENTO: Diácono José Lyra de Souza

Autor: Márcia Marques / Rodolpho Raphael
A Diocese de Campina Grande comunica, com profundo pesar, o falecimento do seu primeiro Diácono Permanente, José Lyra de Souza. Ele faleceu na noite desta segunda-feira, dia 18, no Hospital Antônio Targino, em Campina Grande, em consequência de uma parada cardiorrespiratória.
O Velório aconteceu na Capela de Santa Clara, localizada na rua Antenor Navarro, na cidade de Esperança. Às 15h foram celebradas as exéquias e o sepultamento foi logo em seguida no cemitério da cidade. O Diácono deixa a esposa, Dona Iracema, e três filhos: Ônio, Giuseppe e Anunciata.
Natural de Alagoa Nova, o  Clérigo nasceu em 25 de outubro de 1931, aos 9 anos foi para o Pré-seminário em Esperança, mas saiu para repensar sua vocação. Casou-se e constituiu família, com o passar dos anos foi convidado pelo então Pároco de Esperança, Manuel Palmeira para ser Diácono Permanente, sendo um dos primeiros à serem ordenados, pós-concílio Vaticano II pela imposição das mãos de Dom Manuel Pereira da Costa em 16 de Dezembro  de 1969. E desde então, exerceu seu ministério na Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho, São José em Areial e em João Pessoa, onde passou alguns anos.  Regressando à sua Diocese de origem, o município de Esperança o acolheu, passando assim a integrar mais uma vez no seu ministério pastoral.

Perda irreparável: satélite registra destruição do mosteiro mais antigo do Iraque ( 1.400 anos) pelo Estado Islâmico.

201601200510492907_AP

O Mosteiro de São Elias ficava em um morro ao norte da cidade de Mossul. Sua construção data de 1,4 mil anos atrás.
Por ele estar em uma área controlada pelo Estado Islâmico, de acesso restrito e difícil, não se tinha notícia de sua demolição. Mas estudiosos dizem que as imagens, obtidas pela agência Associated Press, sugerem que o mosteiro foi demolido no fim de 2014, pouco depois de o Estado Islâmico ter cercado a cidade.
Um padre católico de Mossul alertou que a história cristã estava sendo “barbaramente destruída”.
“Vemos isso como uma tentativa de nos expulsar do Iraque, eliminando e encerrando nossa existência nessa terra”, disse o padre Paul Thabit Habib, que agora vive na cidade curda de Erbil.
Estado Islâmico tem atacado cristãos e outras minorias no Iraque e na Síria, tomando propriedades e forçando conversões ao islã, o pagamento de um imposto especial ou a saída do local.
‘Local de culto’
O grupo extremista também demoliu diversos mosteiros e igrejas, além de conhecidas locações pré-islâmicas, como Nimrud, Hatra e Nineveh, no Iraque, e Palmira, na Síria.
O Mosteiro de São Elias, ou Deir Mar Elia, teria sido construído por monges assírios no fim do século 6º. Mais tarde, passou aos domínios da Igreja Católica Caldeia.
Em 1743, seus monges receberam um ultimato das forças persas para se converterem ao islã. Eles recusaram, e ao menos 150 foram assassinados.
O padre Thabit disse à AP que o mosteiro “tornou-se um lugar de culto para visitantes cristãos e cerimônias religiosas e para os que vinham pedir perdão ao santo padroeiro”.
“O mosteiro atraía gente de Mossul – cristãos e muçulmanos. Todos os poetas, historiadores e viajantes escreveram sobre o mosteiro”, acrescentou. “Tornou-se um lugar muito importante da Igreja no Iraque”.
Em 1970, o mosteiro se transformou em base da Guarda Republicana Iraquiana. Em 2003, um de seus muros foi danificado por destroços de um tanque atingido por um míssil americano, durante a invasão dos Estados Unidos ao país.

Uma mulher sem-teto deu à luz perto de São Pedro; o Vaticano oferece-lhe uma casa


1424989635307
Uma mulher sem-teto deu à luz uma menina na noite passada perto da colunata de Bernini, a poucos passos da Praça de São Pedro; mais tarde, foi socorrida por dois policiais de Inspeção do Vaticano e hospitalizada na estrutura de saúde Santo Espírito. Esta manhã foi visitada pelo esmoleiro do papa, mons. Konrad Krajewski, que lhe ofereceu uma residência por um ano em uma das casas pertencentes ao Vaticano.
A mulher, romena e sem-teto na Itália, estava com seu parceiro e havia buscado abrigo para suportar o frio da noite, particularmente intenso nestes dias, sob a colunata da Praça Pio XII, onde dormem muitos sem-tetos a quem o esmoleiro do Papa oferece normalmente comida quente.
A mulher, de acordo com alguns meios de comunicação, começou a sentir contrações com maior frequência por volta das duas horas da madrugada; seu companheiro saiu para chamar ajuda e encontrou dois policiais que estavam de serviço na Praça de São Pedro.
Os policiais acudiram e ajudaram a mulher e chamaram imediatamente uma ambulância próxima ao Hospital Santo Espírito. A menina nasceu enquanto ela chegava, mas ambas foram imediatamente levadas para o hospital, onde mãe e filha encontram-se em boas condições de saúde.
O padre Federico Lombardi disse que o esmoleiro do Papa já conhecia a mulher e que ela mesma havia utilizado em algumas ocasiões os serviços que oferece a esmolaria aos arredores do Vaticano. Informou também que mons. Krajewski foi visita-la esta manhã e lhe ofereceu a possibilidade de viver em uma casa do Vaticano durante um ano; a residência é para mães e filhos e se encarregam delas as freiras de Madre Teresa.
Iacopo Scaramuzzi, publicada por Vatican Insider

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Feliz Ano Novo da Misericórdia!!!


1º de Janeiro: Solenidade de Maria, Mãe de Deus!

Se perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lancará um olhar de espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E minha mãe que me deu a luz não é verdadeiramente minha mãe?
Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina, constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nosso mãe também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mae da Divindade ou da Trindade, mas é mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus.
Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano.
A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.
Provas da Sagrada Escritura
A Igreja Católica sendo a única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da Bíblia.
Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora:
  1. O profeta Isaías escreveu: "Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco]." (Is 7,14). Claramente o profeta declara que o filho da virgem será divino, portanto a maternidade da virgem também é divina, o que a faz ser Mãe de Deus.
  2. O Arcanjo Gabriel disse: "O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus" (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele tb é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14.
  3. Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: "Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo"? (Lc 1,43) E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus..
  4. São Paulo ainda escreveu: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei." (Gl. 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus.

Tendo a Sagrada Escritura seu berço na Igreja - portanto sendo menor que Ela - , vemos como está de acordo com o ensino da mesma.
A Doutrina dos Santos Padres
Será que os Apóstolos de Cristo concordavam com a Maternidade Divina de Nossa Senhora? Pois segundo os protestantes, a Igreja Católica inventou a maternidade divina de Maria no séc V durante o Concílio de Éfeso.
Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André: "Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu". (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.)
Veja agora o testemunho de São João Apóstolo: "Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido a carne humana." (S. João Apost. Ibid)
São Tiago: "Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus" (S. Jac. in Liturgia)
São Dionísio Areopagita: "Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes." (S. Dion. in revel. S. Brigit.)
Orígenes escreveu: "Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom I, in divers. - Sec. II )
Santo Atanásio diz: "Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta." (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.)
Santo Efrém: "Maria é Mãe de Deus sem culpa" (S. Ephre. in Thren. B.V.).
São Jerônimo: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus". (S. Jerôn. in Serm. Ass. B.V.).
Santo Agostinho: "Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus". (S. Agost. in orat. ad heres.).
Todos os Santos Padres afirmaram em amor e veneração a maternidade divina por Nossa Senhora. Me cansaria em citar todos os testemunhos primitivos.
Agora uma surpresa para os protestantes. Lutero e Calvino sempre veneraram a Santíssima Virgem. Veja abaixo a testemunho dos pais da Reforma:
  1. "Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade." (Martinho Lutero no comentário do Magnificat - cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista Jesus vive e é o Senhor).
  2. "Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste" (Martinho Lutero - Deutsche Schriften, 14,250).
  3. "Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus." (Calvino - Comm. Sur I'Harm. Evang., 20)

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.
O Concílio Ecumênico de Éfeso
Quando o heresiarca Ario divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundí-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho para suplantar o herege Pelágio, e São Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a pertubação e a indignação no Oriente.
Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por São Cirilo e condenou-a anti-católica, herética.
São Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito.
Pode-se resumí-la em três pontos:
  1. Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus;
  2. A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Crito, que é Deus;
  3. Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturazas em Jesus Cristo, que podem ser atribuidas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou.

Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o Concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo.
Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. São Cirilo presidiu a assembléia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante aos bispos unidos.
Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembléia, os bispos colocaram o Santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios.
Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla.
Quando a multidão anciosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que proclamava Maria Mãe de Deus, num imenso brado ecoou a exclamação: "Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!"
Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte".