sábado, 31 de maio de 2014

Histórico: Papa Francisco participará de Encontro Internacional da RCC

Os coordenadores da Renovação Carismática Católica  (RCC)  estão entusiasmados com a presença ilustre do Papa Francisco em seu 37º Congresso Internacional, a ser realizado em Roma, dias 1º e 2 de junho.
Papa confirmou presença em congresso carismático.
Papa confirmou presença em congresso carismático.
A notícia foi propagada em janeiro e o Vaticano confirmou a presença do pontífice. A notícia foi revelada publicamente pelo coordenador do escritório internacional do movimento Salvatore Martinez, em entrevista a Rádio Vaticano.
“A notícia da presença do Santo Padre na Convocação da Renovação suscita em mim  uma gratidão amorosa de um filho que olha o cuidado, o afeto, a força, a liberdade do pai. Por ocasião da minha audiência privada com o Papa Francisco em 9 de setembro, havíamos falado da nossa Convocação. O Papa já estava informado a respeito e manifestou o desejo de participar. A notícia ficou sob embargo até a Vigília do Natal, quando chegou a comunicação oficial da Secretaria de Estado”, contou Martinez que também é membro do Pontifício Conselho para os Leigos.
A coordenação da RCC no Ceará vibrou com a notícia. ” É um marco para  nossa história” disse o Francisco Timá, coordenador estadual.  Timá informou que haverá representação cearense neste Congresso Internacional da RCC.

A condução neste ano de 2014 para os membros da RCC gira em torno da unidade. “O direcionamento da coordenação nacional para ser desenvolvido em todo o Brasil durante todo este ano é: ‘conservar a unidade do Espírito pelo vinculo da Paz’ (cf.Ef 4,3)”, explicou Timá.

Na ocasião, o coordenador comentou sobre o pontificado de Francisco: As expectativas com o Papa Francisco são as melhores não só para nós RCC, mas claro para toda Igreja, Ele é maravilhoso, com iniciativas tão simples está conquistando todo o mundo,ano passado Ele se encontrou com todas as expressões carismáticas do mundo na praça de São Pedro onde tive a oportunidade de estar presente”.
Somente no Ceará o movimento mantém  700  grupos de oração. No Brasil, atualmente, são 20 mil Grupos de oração. Também existem iniciativas de evangelização como o Jesus no Litoral, realizado no período de férias, onde jovens escolhem alguma região praiana para evangelizar.

O Papa Francisco e a RCC 
Papa Francisco
Papa Francisco
Quando cardeal em Buenos Aires o Papa participava com regularidade dos encontros anuais do movimento. Aos jornalistas contou certa vez que logo início que “não podia vê-los”. Era um severo crítico. Mas confidenciou: “Eu me arrependi. Depois conheci melhor. Verdade é também que o movimento, com bons conselheiros, fez uma boa estrada. E agora penso que esse movimento faz muito bem à Igreja, em geral.Eu sempre lhes favoreci, depois que me converti, quando eu vi o bem que faziam”.
Fonte: http://blog.opovo.com.br/ancoradouro/rcc-coordenacao-estadual-vibra-com-presenca-papa-francisco-em-congresso-internacional-movimento/

Censo mundial: Católicos aumentam 10,2% entre 2005 e 2012

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O jornal do Vaticano divulgou hoje (27 de maio 2014) os dados da mais recente edição do Anuário Estatístico da Igreja, o qual revela que entre 2005 e 2012, o número de católicos passou de 1115 milhões para 1229 milhões, o que representa um aumento de 10,2%.
O ‘Annuarium Statistitucm Ecclesiae’ mostra que quase metade dos católicos batizados (49%) vive no continente americano e que o maior crescimento aconteceu na África, que passou a representar 16,2% do total mundial de católicos (13,8% em 2005); a Ásia continua a representar cerca de 11%.
A Europa confirma a tendência de ser a área com menor dinâmica de crescimento (pouco mais de 2%) neste período.
A publicação da Central de Estatísticas da Igreja (Santa Sé) mostra ainda que o número de sacerdotes teve um aumento de 1,9%: de 406 mil em 2005 para 414 mil em 2012 (279 561 diocesanos e 134 752 religiosos); os religiosos professos não sacerdotes passaram de 54 708 para 55 314.
Um aumento maior (4,9%) foi registado no número de seminaristas – mais de 114 mil em 2005, 120 mil em 2012 – crescimento suportado por uma maior dinamismo na África e na Ásia.
Em sentido contrário, o número de religiosas desceu 7,6% (702 529 em 2012) face a 2005.
O Anuário Estatístico da Igreja procura oferecer um quadro dos principais aspetos que caraterizam a atividade pastoral da Igreja Católica.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Diocese Francesa lança campanha: ”adote um sacerdote” e ‘desperta’ católicos.

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Os católicos na França podem agora “adotar” um sacerdote e contribuir no sustento da Igreja através de uma chamativa campanha das Diocese da Normandia. A ideia é apresentar a importância do sacerdote na vida da Igreja através da linguagem gráfica empregada em um popular serviço de perfis pessoais na Internet e oferecer uma alternativa de doação simples.
A campanha permite à Igreja uma ferramenta de difusão tanto das características do sacerdote e sua valiosa contribuição como guia espiritual da comunidade, como da necessidade do compromisso dos católicos no sustento da Igreja. A campanha inclui tanto um vídeo promocional como ferramentas de difusão em redes sociais.A plataforma tomou o nome de Adopteuncure.com e, a diferença do serviço que se inspira, os “produtos” oferecidos não são os membros inscritos, mas as diversas necessidades que os presbíteros tem em seu trabalho apostólico. Os usuários da página podem escolher contribuir para a alimentação, os ornamentos litúrgicos, meios de comunicação, deslocamentos, as missões ou a formação dos sacerdotes.
Difundida primordialmente através da Internet, a campanha já conseguiu chamar a atenção dos meios de comunicação, os quais destacaram o giro dado aos elementos publicitários. O bom humor da iniciativa permite, segundo as informações da imprensa, levar a mensagem a um público mais jovem e dar a conhecer a campanha de coleta de fundos de uma maneira criativa. Os doadores receberão um certificado de sua contribuição de sua respectiva Diocese, a qual pode ser empregado para a dedução de impostos. (GPE/EPC)
Visite o site, em Francês: http://adopteuncure.com/soutiens-ton-cure-PopUp.html
Fonte: gaudiumpress.com

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Irmã Cristina está na final do The Voice Itália

Já está aberta a votação por telefone para escolher quem entre os quatro finalistas será “A voz da Itália”. As pessoas podem ligar e escolher durante esta semana. A votação será encerrada no final de semana após as apresentações das quatro vozes. Infelizmente, as ligações são limitadas para pessoas que moram na Itália. Com isso, muitas pessoas que estão fora da Itália lamentam não poder participar.
Irmã Cristina se apresentou na noite desta quarta-feira (28), com a canção da trilha sonora de Dirty Dancing: “(I’ve had) The time of my life”.
Oito talentos participaram da semi-final. Cada um destacou seu potencial em duas músicas, uma em inglês e outra em italiano. O público em casa, juntamente com o coach votou e levou os favoritos para a final: Giacomo Voli- #TEAMPELÙ, Tommaso Pini – #TEAMCARRÀ, Suor Cristina- #TEAMJAX, Stefano Corona – #TEAMNOEMI.
A última apresentação do “The Voice” está marcada para quinta-feira, 5 de junho, às 21h10 (horário local), e será transmitido pelo canal Rai 2.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Nosso Blog: 20.000 acessos!

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O blog do Pe. Carlinhos foi criado com a finalidade de responder ao apelo do Papa Bento XVI ainda no Ano Sacerdotal de 2010, quando pediu diretamente aos padres “Por Deus, tenham um blog!” 
O pedido fez parte da Mensagem do Papa para a Igreja Católica no Dia Mundial da Comunicação daquele ano. Ele afirmou que os padres devem aprender a usar novas formas de comunicação, mas que não devem tornar-se “estrelas” na web.
O objetivo, é claro, é usar os recursos da internet para espalhar mensagens religiosas. “Os padres são, assim, desafiados a proclamar o evangelho empregando as últimas gerações de recursos audiovisuais, como imagens, vídeos, animações, blogs e sites, que, junto aos meios tradicionais, podem abrir novas visões para o diálogo, evangelização e catequização”, afirmou naquela época o hoje pontífice emérito Bento XVI.
Desde sua criação o blog do Pe. Carlinhos procura aliar informação à oração, doutrina católica à atualidade dos fatos eclesiais, de uma forma dinâmica e precisa, além de interagir pelas redes sociais, todo o conteúdo publicado é previamente aprovado pelo sacerdote com sugestões da equipe colaboradora. No Twitter por exemplo, o nosso Pároco já tem quase 700 seguidores, que se tornam multiplicadores da ação evangelizadora em terreno digital.
Em sua Mensagem para o Dia das Comunicação Sociais do ano de 2005, São João Paulo II assim se expressou:
“O modelo e a pauta de toda comunicação encontra-se no próprio Verbo de Deus “ de muitos modos falou Deus a nossos pais por meio dos profetas; nestes últimos tempos nos falou por meio do seu Filho” (Heb 1,1). O Verbo encarnado estabeleceu uma nova aliança entre Deus e seu povo, uma aliança que também nos une, convertendo-nos em comunidade. “ De fato, ele é a nossa paz: de dois povos fez um só povo, em sua carne derrubando o muro da inimizade que os separava (Ef 2,14)”.
Em nosso site, ao final da página é possível acessar vários blogs das Pastorais e Movimentos de nossa Paróquia Sagrada Família, entre eles o blog do Pe. Carlinhos.
Marcelo Gonçalves de Lima
Leigo Católico. Graduado em Filosofia pela UEPB
Colaborador do Blog Pe. Carlinhos Araújo

No avião, Papa ressalta momentos marcantes da viagem à Terra Santa

Cidade do Vaticano (RV) – No avião que o trouxe de volta ao Vaticano, o Papa Francisco conversou – durante quase uma hora – com os jornalistas que o acompanharam na Terra Santa. Os temas tratados foram muitos: dos momentos mais marcantes da viagem ao celibato dos sacerdotes, passando por escândalos financeiros e a hipótese de uma renúncia a exemplo de Bento XVI. Confira alguns pontos:
Os gestos na Terra Santa e o encontro Peres e Abu Mazen
“Os gestos mais autênticos são os que não se pensam, mas os que acontecem. Algumas coisas, por exemplo, o convite aos dois presidentes à oração, isto estava sendo pensado, mas havia muitos problemas logísticos, muitos, porque é preciso levar em consideração o território onde se realiza, e não é fácil. Isso já se programava, uma reunião, mas no fim saiu o que espero que seja bom. Será um encontro de oração, não para fazer mediação.”
Relação com os ortodoxos
“Com Bartolomeu falamos de unidade, que se faz em caminho, jamais poderemos fazer a unidade num congresso de Teologia. Ele confirmou-me que Atenágoras realmente disse a Paulo VI: ‘vamos colocar todos os teólogos numa ilha e nós prosseguiremos juntos’. Devemos nos ajudar, por exemplo, com as igrejas, inclusive em Roma, onde muitos ortodoxos usam igrejas católicas. Falamos do concílio pan-ortodoxo, para que se faça algo sobre a data da Páscoa. É um pouco ridículo: ‘Quando ressuscita o seu Cristo? O meu na semana que vem. O meu, ao invés, ressuscitou na semana passada’. Com Bartolomeu falamos como irmãos, nos queremos bem, contamos as dificuldades do nosso governo. Falamos bastante da ecologia, de fazermos juntos um trabalho conjunto sobre este problema.”
Abusos contra menores
“Neste momento, há três bispos sob investigação e um deles, já condenado, tem a pena em estudo. Não há privilégios neste tema dos menores. Na Argentina, chamamos os privilegiados de ‘filhos de papai’. Pois bem, sobre este tema não haverá filhos de papai. É um problema muito grave. Um sacerdote que comete um abuso, trai o corpo do Senhor. O padre deve levar o menino ou a menina à santidade. E o menor confia nele. E ao invés de levá-lo à santidade, abusa. É gravíssimo. É como fazer uma missa negra! Ao invés de levá-lo à santidade, o leva a uma problema que terá por toda a vida. Na próxima semana, no dia 6 ou 7 de julho haverá uma missa com algumas pessoas abusadas, na Santa Marta, e depois haverá uma reunião, eu com eles. Sobre isto se deve prosseguir com tolerância zero.”
Celibato dos padres
“Há padres católicos casados, nos ritos orientais. O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que eu aprecio muito e creio que seja um dom para a Igreja. Não sendo um dogma de fé, há sempre uma porta aberta.”
Eventual renúncia
“Eu farei o que o Senhor me dirá de fazer. Rezar, buscar a vontade de Deus. Bento XVI não tinha mais forças e, honestamente, é um homem de fé, humilde como é, tomou esta decisão. Setenta anos atrás os bispos eméritos não existiam. O que acontecerá com os Papas eméritos? Devemos olhar para Bento XVI como uma instituição, abriu uma porta, a dos Papas eméritos. A porta está aberta, se haverá outros ou não, somente Deus sabe. Eu creio que um Bispo de Roma, ao sentir que lhe faltam forças, deva fazer as mesmas perguntas que o Papa Bento fez.”
Outros temas
Francisco falou ainda da alegada investigação sobre um desvio de 15 milhões de euros dos fundos do Instituto para as Obras de Religião, em que estaria envolvido o antigo Secretário de Estado do Vaticano.
“A questão desses 15 milhões está ainda em estudo, não é claro o que aconteceu”, adiantou.
O Papa disse que quer “honestidade e transparência” na administração financeira do Vaticano e que a nova Secretaria para a Economia, dirigida pelo Cardeal Pell, vai “levar por diante as reformas que foram sugeridas” por várias comissões para evitar “escândalos e problemas”. Nesse sentido, recordou que cerca de 1,6 mil contas foram fechadas no IOR nos últimos tempos.
Francisco confirmou que, além da viagem à Coreia do Sul em agosto, voltará à Ásia em janeiro de 2015, para visitar o Sri Lanka e as regiões afetadas pelo tufão nas Filipinas. O Papa mostrou-se preocupado com a falta de liberdade religiosa neste continente, falando num número de “mártires” cristãos que supera os dos primeiros tempos da Igreja.
O Papa não quis comentar os resultados das eleições europeias, mas lembrou as críticas que deixou na exortação apostólica Evangelii Gaudium a um sistema econômico “desumano”, que “mata”.
Já sobre a beatificação de Pio XII, pontífice durante a II Guerra Mundial, Francisco disse ter sido informado de que ainda não há o milagre reconhecido para que a causa avance.
Fonte: Fratres in Unum

Diocese de Campina Grande reabre a Escola Diaconal


Atendendo a uma necessidade da Igreja Diocesana, foi iniciada no último sábado, dia 24, a Escola Diaconal da Diocese de Campina Grande. A escola, que passa a funcionar no Seminário são João Maria Vianney,  irá promover a formação dos candidatos ao diaconato permanente. Neste primeiro encontro, mais de 30 homens foram apresentados por seus párocos à equipe formativa. A formação completa dura, em média, 3 anos. Os Padres Assis Pereira, Raniery Alves e João Jorge foram designados por Dom Manoel Delson para acompanharem a Escola.

Os candidatos ao diaconato permanente precisam ser leigos que tenham uma atuação nos trabalhos paroquiais e devem ser, necessariamente, indicados por seus párocos. Neste momento inicial, eles passam por um período de formação chamado de propedêutico. Após este período, serão inscritos definitivamente na Escola Diaconal. Dom Manoel Delson explica que os diáconos fortalecem o sacerdócio na missão de cuidar do povo de Deus nas comunidades. “Os diáconos vêm para colaborar, para fortalecer a presença dos sacerdotes nas comunidades. Serão grandes colaboradores na evangelização, permitindo esta assistência mais imediata das pessoas principalmente nas paróquias maiores, onde as comunidades são muito distantes umas das outras, como é o caso da zona rural”, explica o bispo.

O Pe. Assis Pereira reforça a importância da presença dos diáconos permanentes na diocese. “Nós contamos com alegria, nestes dias que lembramos os 50 anos do Concílio Vaticano II, a restauração do diaconato permanente na diocese de Campina Grande. É um serviço que é prestado por homens casados que prestam seu serviço à Igreja através do sacramento da ordem do diaconato, no serviço da palavra, da mesa na liturgia, da catequese, mas sobretudo da caridade.” 

A diocese já contou com a Escola Diaconal na década de 60. Ela está sendo retomada após longos debates do clero com o bispo, que lembra que a diaconia está presente na história da Igreja desde o tempo dos apóstolos. Após esse primeiro encontro, os vocacionados ao diaconato permanente passarão e se encontrar com a equipe formativa uma vez por mês. Também serão feitas visitas nas respectivas famílias durante o processo formativo.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Laicismo: Estátua do Sagrado Coração de Jesus destruída na Espanha

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O governo municipal de San Sadurniño, na Corunha (Espanha), mandou retirar uma estátua do Sagrado Coração de Jesus, com grande valor religioso mas também histórico e patrimonial. A justificação foi a velha desculpa de que o “Estado é laico”.
A estátua foi partida ao meio, num modo completamente impróprio de tratar um símbolo tão querido às gentes daquela terra e aos cristãos em geral.

Fonte: Senza Pagare

10 fatos que talvez você não saiba sobre S. João Paulo II

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São João Paulo II foi um grande homem, sacerdote, bispo, papa e agora Santo! Aqui estão 10 coisas sobre ele que provavelmente não sabia:

  1. São João Paulo II conseguia falar latim fluentemente. Uma arte rara nos dias de hoje. Ah, e além do seu polaco de nascença ele também conseguia conversar em: eslovaco, russo, italiano, francês, espanhol, português, alemão, ucraniano e inglês.
  2. São João Paulo II recebeu a sua vocação para o sacerdócio quando uma vez por acaso “apanhou” o seu pai a rezar durante a noite de joelhos.
  3. São João Paulo II era um especialista em São João da Cruz e da tradição mística carmelita. O título de uma das suas dissertações de doutoramento (sim, o homem não tinha um, mas dois doutoramentos) era “A Doutrina da Fé em São João da Cruz”.
  4. São João Paulo II foi o primeiro Papa a visitar a Casa Branca nos Estados Unidos.
  5. São João Paulo II visitou 129 nações durante o seu pontificado – mais do que qualquer Papa de sempre (incluindo São Pedro)!
  6. São João Paulo II tem a honra de ser o ser humano que juntou o maior número de pessoas no mesmo local! Nas Jornadas Mundiais da Juventude em 1995, nas Filipinas, a estimativa diz que 5 milhões de pessoas foram à Santa Missa que Sua Santidade celebrou. Este foi o maior aglomerado de pessoas desde a criação da humanidade.
  7. São João Paulo II foi alvejado no dia 13 de Maio, 1981 – … e 13 de Maio é o aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima!
  8. São João Paulo II foi eleito Papa a 16 de Outubro – o dia de festa de Sta. Margarida Maria Alacoque – a famosa santa que promoveu a devoção ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo. Isto é apropriado visto que a devoção à Divina Misericórdia é uma florescimento consequente da devoção ao Sagrado Coração!
  9. São João Paulo II recebia comida pré-processada através de um tubo no nariz durante a sua última semana de vida.
  10. Como é que ele morreu? O Vaticano disse que ele morreu de um “colapso cardiocirculatório e choque séptico”.
E uma última coisa que talvez não saibam: ele estava a rezar por vocês nos seus últimos dias. E está a rezar por vocês agora mesmo!

São João Paulo II, rogai por nós!

por Taylor Marshall

Papa Francisco e Patriarca Bartolomeu assinam Declaração comum

Eis o texto integral da Declaração Comum assinada pelo Patriarca Bartolomeu e pelo Papa Francisco, nos 50 anos do encontro de Paulo VI e Atenágoras:

1. Como os nossos venerados predecessores Papa Paulo VI e Patriarca Ecuménico Atenágoras, que se encontraram aqui em Jerusalém há cinquenta anos, também nós – Papa Francisco e Patriarca Ecuménico Bartolomeu – decidimos encontrar-nos na Terra Santa, «onde o nosso Redentor comum, Cristo nosso Senhor, viveu, ensinou, morreu, ressuscitou e subiu aos céus, donde enviou o Espírito Santo sobre a Igreja nascente» (Comunicado comum de Papa Paulo VI e Patriarca Atenágoras, publicado depois do seu encontro de 6 de Janeiro de 1964). O nosso encontro – um novo encontro dos Bispos das Igrejas de Roma e Constantinopla fundadas respectivamente por dois Irmãos, os Apóstolos Pedro e André – é fonte de profunda alegria espiritual para nós. O mesmo proporciona uma ocasião providencial para reflectir sobre a profundidade e a autenticidade dos vínculos existentes entre nós, vínculos esses fruto de um caminho cheio de graça pelo qual o Senhor nos guiou desde aquele abençoado dia de cinquenta anos atrás. 

2. O nosso encontro fraterno de hoje é um passo novo e necessário no caminho para a unidade, à qual só o Espírito Santo nos pode levar: a unidade da comunhão na legítima diversidade. Com profunda gratidão, relembramos os passos que o Senhor já nos permitiu realizar. O abraço trocado entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras aqui em Jerusalém, depois de muitos séculos de silêncio, abriu a estrada para um gesto epocal: a remoção da memória e do meio da Igreja dos actos de recíproca excomunhão de 1054. Isso foi seguido por uma troca de visitas entre as respectivas Sés de Roma e de Constantinopla, por uma correspondência regular e, mais tarde, pela decisão anunciada pelo Papa João Paulo II e o Patriarca Dimitrios, ambos de abençoada memória, de se iniciar um diálogo teológico na verdade entre católicos e ortodoxos. Ao longo destes anos, Deus, fonte de toda a paz e amor, ensinou-nos a olhar uns para os outros como membros da mesma família cristã, sob o mesmo Senhor e Salvador Jesus Cristo, e a amar-nos de tal modo uns aos outros que podemos confessar a nossa fé no mesmo Evangelho de Cristo, tal como foi recebida pelos Apóstolos e nos foi expressa e transmitida a nós pelos Concílios Ecuménicos e pelos Padres da Igreja. Embora plenamente conscientes de ainda não ter atingido a meta da plena comunhão, hoje reafirmamos o nosso compromisso de continuar a caminhar juntos rumo à unidade pela qual Cristo nosso Senhor rezou ao Pai pedindo que «todos sejam um só» (Jo 17, 21). 

3. Bem cientes de que a unidade se manifesta no amor de Deus e no amor do próximo, olhamos com ansiedade para o dia em que poderemos finalmente participar juntos no banquete eucarístico. Como cristãos, somos chamados a preparar-nos para receber este dom da comunhão eucarística, segundo o ensinamento de Santo Ireneu de Lião (Contra as Heresias, IV, 18, 5: PG 7, 1028), através da confissão de uma só fé, a oração perseverante, a conversão interior, a renovação da vida e o diálogo fraterno. Ao alcançar esta meta esperada, manifestaremos ao mundo o amor de Deus, pelo qual somos reconhecidos como verdadeiros discípulos de Jesus Cristo (cf. Jo 13, 35). 

4. Para tal objectivo, o diálogo teológico realizado pela Comissão Mista Internacional oferece uma contribuição fundamental na busca da plena comunhão entre católicos e ortodoxos. Ao longo dos sucessivos tempos vividos sob os Papas João Paulo II e Bento XVI e o Patriarca Dimitrios, foi substancial o progresso dos nossos encontros teológicos. Hoje exprimimos vivo apreço pelos resultados obtidos até agora, bem como pelos esforços actuais. Não se trata de mero exercício teórico, mas de uma exercitação na verdade e no amor, que exige um conhecimento ainda mais profundo das tradições de cada um para as compreender e aprender com elas. Assim, afirmamos mais uma vez que o diálogo teológico não procura o mínimo denominador comum teológico sobre o qual se possa chegar a um compromisso, mas busca aprofundar o próprio conhecimento da verdade total que Cristo deu à sua Igreja, uma verdade cuja compreensão nunca cessará de crescer se seguirmos as inspirações do Espírito Santo. Por isso, afirmamos conjuntamente que a nossa fidelidade ao Senhor exige um encontro fraterno e um verdadeiro diálogo. Tal busca comum não nos leva para longe da verdade; antes, através de um intercâmbio de dons e sob a guia do Espírito Santo, levar-nos-á para a verdade total (cf. Jo 16, 13). 

5. Todavia, apesar de estarmos ainda a caminho para a plena comunhão, já temos o dever de oferecer um testemunho comum do amor de Deus por todas as pessoas, trabalhando em conjunto ao serviço da humanidade, especialmente na defesa da dignidade da pessoa humana em todas as fases da vida e da santidade da família assente no matrimónio, na promoção da paz e do bem comum e dando resposta ao sofrimento que continua a afligir o nosso mundo. Reconhecemos que a fome, a pobreza, o analfabetismo, a distribuição desigual de recursos devem ser constantemente enfrentados. É nosso dever procurar construir juntos uma sociedade justa e humana, onde ninguém se sinta excluído ou marginalizado. 

6. É nossa profunda convicção que o futuro da família humana depende também do modo como protegermos – de forma simultaneamente prudente e compassiva, com justiça e equidade – o dom da criação que o nosso Criador nos confiou. Por isso, arrependidos, reconhecemos os injustos maus-tratos ao nosso planeta, o que aos olhos de Deus equivale a um pecado. Reafirmamos a nossa responsabilidade e obrigação de fomentar um sentimento de humildade e moderação, para que todos possam sentir a necessidade de respeitar a criação e protegê-la cuidadosamente. Juntos, prometemos empenhar-nos na sensibilização sobre a salvaguarda da criação; apelamos a todas as pessoas de boa vontade para tomarem em consideração formas de viver menos dispendiosas e mais frugais, manifestando menos ganância e mais generosidade na protecção do mundo de Deus e para benefício do seu povo. 

7. Há também urgente necessidade de uma cooperação efectiva e empenhada dos cristãos para salvaguardar, por todo o lado, o direito de exprimir publicamente a própria fé e de ser tratados equitativamente quando promovem aquilo que o cristianismo continua a oferecer à sociedade e à cultura contemporânea. A este propósito, convidamos todos os cristãos a promoverem um diálogo autêntico com o judaísmo, o islamismo e outras tradições religiosas. A indiferença e a ignorância mútua só podem levar à desconfiança e mesmo, infelizmente, ao conflito. 

8. Desta cidade santa de Jerusalém, exprimimos a nossa comum e profunda preocupação pela situação dos cristãos no Médio Oriente e o seu direito de permanecerem plenamente cidadãos dos seus países de origem. Confiadamente voltamo-nos para Deus omnipotente e misericordioso, elevando uma oração pela paz na Terra Santa e no Médio Oriente em geral. Rezamos especialmente pelas Igrejas no Egipto, Síria e Iraque, que têm sofrido mais pesadamente por causa dos eventos recentes. Encorajamos todas as Partes, independentemente das próprias convicções religiosas, a continuarem a trabalhar pela reconciliação e o justo reconhecimento dos direitos dos povos. Estamos convencidos de que não são as armas, mas o diálogo, o perdão e a reconciliação, os únicos meios possíveis para alcançar a paz. 

9. Num contexto histórico marcado pela violência, a indiferença e o egoísmo, muitos homens e mulheres de hoje sentem que perderam as suas referências. É precisamente através do nosso testemunho comum à boa notícia do Evangelho que seremos capazes de ajudar as pessoas do nosso tempo a redescobrirem o caminho que conduz à verdade, à justiça e à paz. Unidos nos nossos intentos e recordando o exemplo dado há cinquenta anos aqui em Jerusalém pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, apelamos a todos os cristãos, juntamente com os crentes das diferentes tradições religiosas e todas as pessoas de boa vontade, que reconheçam a urgência deste tempo que nos obriga a buscar a reconciliação e a unidade da família humana, no pleno respeito das legítimas diferenças, para bem de toda a humanidade actual e das gerações futuras. 

10. Ao empreendermos esta peregrinação comum até ao lugar onde o nosso e único Senhor Jesus Cristo foi crucificado, sepultado e ressuscitou, humildemente confiamos à intercessão da Santíssima e Sempre Virgem Maria os nossos futuros passos no caminho rumo à plenitude da unidade e entregamos ao amor infinito de Deus toda a família humana.

«O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça! O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz!» (Nm 6, 25-26).

Jerusalém, 25 de Maio de 2014.




domingo, 25 de maio de 2014

O encontro do Papa com o Patriarca Ortodoxo: RUMO A PLENA UNIDADE

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Jerusalém, domingo, 25 de maio de 2014 – Basílica do Santo Sepulcro: Papa Francisco e o Patriarca cismático Bartolomeu beijam a “Pedra da Unção”, onde repousou o Santo Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Antes, ambos participaram de uma celebração ecumênica juntamente com os Ordinários Católicos da Terra Santa, os Arcebispos copta, siríaco, etiópico e os Bispos anglicano e luterano. 
Afirmou o Papa que as divergências não devem nos assustar e paralisar o nosso caminho. Devemos acreditar que, como a pedra do sepulcro foi removida, assim também poderão ser removidos os obstáculos que ainda impedem a nossa plena Comunhão. Esta será uma graça de ressurreição, que, desde já, podemos experimentar. Todas as vezes que temos a coragem de dar e receber o perdão, uns aos outros, fazemos experiência da ressurreição! Todas as vezes que superamos os antigos preconceitos e promovemos novas relações fraternas, recordou o Bispo de Roma, confessamos que Cristo ressuscitou verdadeiramente! Todas as vezes que desejamos a unidade da Igreja, brilha a luz da manhã da Páscoa! E o Papa exortou:
Desejo renovar o desejo, expresso pelos meus Predecessores, de manter diálogo com todos os irmãos em Cristo, para encontrar uma forma de exercer o ministério próprio do Bispo de Roma, que, em conformidade com a sua missão, possa se abrir a uma nova situação e ser, no contexto atual, um serviço de amor e de comunhão reconhecido por todos”.
O Papa Francisco concluiu seu pronunciamento admoestando a colocar de lado as hesitações que herdamos do passado e abrir o nosso coração à ação do Espírito Santo, Espírito de Amor e de Verdade, para juntos caminhar rumo ao dia abençoado da tão desejada plena Comunhão.
Informações: News.va

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Frase da Semana:

"Peço-vos, por favor, que importuneis os pastores, que incomodeis os pastores, todos nós pastores, para que vos demos o leite da graça, da doutrina e da orientação. Importunai! Pensai naquela bela imagem do vitelo, como importuna a mãe para que lhe dê de comer."


Papa FranciscoRegina Caeli no dia 11 de Maio de 2014  

A primeira mulher matemática do mundo foi... uma freira Católica


O Google Doodle de ontem parecia mais uma daquelas comemorações que ninguém conhece. Celebrou-se ontem o 296º aniversário de Maria Gaetana Agnesi. Sim, em princípio é mesmo desconhecida, mas esta é uma personagem que vale muito a pena conhecer.

Diz a Wikipedia (inglesa) que "Maria Gaetana Agnesi (1718 – 1799) foi uma matemática e filósofa italiana. Ela é conhecida por ter escrito o primeiro livro sobre cálculo diferencial e integral e foi membra honorária da Universidade de Bolonha."

Na verdade, Maria Gaetana Agnesi falava grego fluentemente com 11 anos e aos 13 anos de idade já dominava o hebreu, francês, espanhol, alemão e latim.

Com 14 anos estudava a fundo a dinâmica dos projécteis e geometria avançada. Aos 15 anos o seu pai, que era professor de Matemática na Universidade de Bolonha (a primeira universidade do mundo), reunia em casa os maiores intelectuais de Bolonha do século XVIII para ouvirem Maria Agnesi defender teses de filosofia, e eram mais de 190 as teses que ela argumentava.

Começamos a ver que Maria Gaetana Agnesi era uma espécie de Mozart da intelectualidade. Além disso, ela era conhecida por ser uma mulher muito bonita.

O mais interessante é que, apesar de toda esta cultura intelectual e vida social, Maria Agnesi, uma mulher de grande oração, queria era mudar a sua vida e entregá-la toda a Deus. No entanto, o pai não a deixou seguir uma vida religiosa, obrigando-a a estudar matemática. Ela obedeceu mas passou a levar uma vida de grande recolhimento, onde além de rezar também estudava muita matemática e chegou mesmo a dar aulas.

Os frutos não ficaram para trás: como vimos, escreveu o primeiro livro onde se junta o cálculo diferencial ao cálculo integral e foi a segunda mulher do mundo a ter uma cátedra universitária (a primeira foi Laura Bassi, em Física).

Ou seja, Maria Gaetana Agnesi foi a primeira mulher do mundo a ter uma cátedra universitária em matemática.

O mais estranho é que o seu nome raramente é usado quando se fala do papel da mulher na ciência e na sociedade. Porquê? Bem, porque quando o pai de Maria Agnesi morreu, a sua vida finalmente mudou.

Continua a Wikipedia a explicar que ela "dedicou as últimas quatro décadas da sua vida a estudar teologia (especialmente patrística) e a trabalhos de caridade e ao serviço dos pobres. Isto extendia-se a ajudar os doentes, permitindo-lhes que entrassem em sua casa, onde ela construiu um hospital.[1]"

É melhor dizer isto de uma maneira mais simples: durante os últimos 40 anos da sua vida, Maria Agnesi dedicou-se a estudar a teologia dos Padres da Igreja (Sto. Agostinho, S. João Crisóstomo, etc...) e a servir os pobres, isto é, Maria Gaetana Agnesi tornou-se uma freira Católica.

E dizer que construiu um hospital em casa é uma forma subtil de dizer que, na verdade, ela fundou uma congregação de irmãs religiosas. Em 1738 fundou a Opera Pia Trivulzio, uma casa para os idosos de Milão, onde vivia com as irmãs da instituição [2].

O nome de Maria Gaetana Agnesi continua a dar que falar na História da Ciência moderna. Em 2001, um historiador doInstitute for the History and Philosophy of  Science and Technology da Universidade de Toronto, Canadá, publicou pelaUniversity of Chicago Press um artigo chamado "Maria Gaetana Agnesi: Mathematics and the Making of the Catholic Enlightenment" com o seguinte Resumo/Abstract:

Maria Gaetana Agnesi (1718-1799) é conhecida como a autora do livro sobre cálculo que apareceu em Milão em 1748. Pela primeira vez uma mulher foi capaz de se estabelecer como uma matemática legítima e publicar o seu trabalho. Este estudo reconstrói a cultura científica e religiosa em que o livro apareceu e considera os aspectos menos conhecidos da vida e do pensamento de Agnesi. Defende que Agnesi foi um expoente principal do "Iluminismo Católico" em Itália e que a sua prática espiritual, actividade piedosa e ideias pedagógicas inovadoras influenciaram profundamente a sua abordagem à matemática. O estudo sugere que a cultura reformista do Iluminismo Católico providenciou as condições que permitiram umas poucas mulheres com talento aceder a forma privilegiadas de conhecimento e de vida social; pode ser um factor que explica a presença pouco comum de mulheres instruídas nas instituições científicas de Itália durante os inícios do século dezoito.

O artigo pode ser encontrado online aqui.

O caso de Maria Gaetana Agnesi é um dos muitos casos que mostra que não há nenhum conflito entre Fé e Ciência.

Nuno Castel-Branco

[1] Alic, Margaret (1986). Hypatia's Heritage. 124 Shoreditch High Street: The Women's Press. p. 138. ISBN 0-7043-3954-4.
[2] Ogilvie, Marilyn Bailey (1986). Women in science: antiquity through the nineteenth century: a biographical dictionary with annotated bibliography (3. print. ed.). Cambridge, Mass.: MIT Press. ISBN 0-262-15031-X.

Papa Francisco viaja à Terra Santa meio século após Paulo VI

Paulo VI (1963-1978), cuja beatificação em 19 de outubro foi anunciada pelo próprio Francisco recentemente, viajou à terra de Jesus de 4 a 6 de janeiro de 1964.

O papa Paulo VI dá sua benção em visita à Terra Santa em janeiro de 1964
Papa Paulo VI dá sua benção em visita à Terra Santa em janeiro de 64: Francisco será o quarto papa a visitar simbólico território para o cristianismo, após Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI
Ciade do Vaticano - Na primeira viagem interacional decidida pessoalmente pelo papa Francisco, o pontífice seguirá os passos da histórica peregrinação de Paulo VI na Terra Santa há 50 anos: visitará Amã, Belém e Jerusalém e realizará uma missa no Cenáculo.
Francisco será o quarto papa a visitar esse simbólico território para o cristianismo, após Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.
Paulo VI (1963-1978), cuja beatificação em 19 de outubro foi anunciada pelo próprio Francisco recentemente, viajou à terra de Jesus de 4 a 6 de janeiro de 1964. Aquela foi a primeira viagem de um papa pelo mundo, três anos antes da Guerra dos Seis Dias e quando o Vaticano ainda não reconhecia o Estado de Israel.
Agora, um papa irá entrar pela primeira vez no território do 'Estado da Palestina', como destacou a Santa Sé ao apresentar esta breve viagem, já que a ONU aceitou em 2012 a inclusão como observador e com essa denominação oficial.
Quando Paulo VI visitou a região na Cidade Antiga de Jerusalém, no leste, ela era parte do reino da Jordânia, que Israel ocupou após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, junto com outros territórios árabes. O então papa, que não passou nem uma só noite em território israelense, também iniciou sua viagem na Jordânia, celebrou uma missa em Nazaré e visitou os santuários cristãos em Cafarnaum e Tabgha, no Lago Tiberíades.
Ele caminhou a pé pelas estreitas ruas da Via Dolorosa e o Monte das Oliveiras, também em Jerusalém, se reuniu com o patriarca ortodoxo Atenágoras I de Constantinopla, em um sinal de impulso à ideia ecumênica de unidade dos cristãos, nascida em 1962 à luz do Concílio Vaticano II.
O papa Francisco chegará a Amã no dia 24. Após aterrissar no aeroporto da capital jordaniana, irá ao palácio real onde o rei Abdullah II o receberá oficialmente e ambos pronunciarão seus discursos.
Depois, Francisco irá celebrar a missa no mesmo estádio em que já estiveram João Paulo II e Bento XVI em suas respectivas visitas. Lá, dará a primeira comunhão a 1.400 crianças e, depois, irá ao Rio Jordão, onde Jesus foi batizado.
Na Igreja Latina em Betânia, às margens do rio, participará de um encontro com 600 refugiados e doentes. O papa pronunciará um discurso e, em seguida, irá para a Nunciatura de Amã, onde passará a noite.
No domingo, irá de helicóptero da capital jordaniana a Belém, onde receberá o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e se reunirá com as autoridades. Em seguida, irá celebrar uma missa ao ar livre na Praça da Manjedoura, no local onde, segundo a Bíblia, Jesus nasceu.
Em um dos raros momentos sozinho, Francisco visitará a Gruta da Natividade e, depois, cumprimentará no campo de refugiados de Dheisheh as crianças que vivem no local, assim como nos campos de Aida e Beit Jibrin.
A visita a Israel começará no domingo em Tel Aviv. Posteriormente, Francisco irá ao Monte Scopus, para depois ter uma reunião com o Patriarca Ecumênico de Constantinopla na delegação apostólica de Jerusalém. Esse será um encontro fechado no mesmo lugar onde há 50 anos mantiveram sua reunião o papa Paulo VI e o Patriarca, e ambos assinarão uma declaração conjunta.
Durante a tarde do mesmo dia, o papa realizará um ato ecumênico no Santo Sepulcro, ao lado de representantes das outras confissões presentes na Terra Santa, com uma oração comum, evento qualificado de histórico e sem precedentes nesse local.
Na segunda-feira, o papa visitará o grão-mufti de Jerusalém, Amin al-Husayni, no edifício do Grande Conselho na Esplanada das Mesquitas e, depois, Francisco protagonizará outro momento simbólico: a visita ao Muro das Lamentações, onde deixará uma mensagem, como é o costume.
Também está prevista a visita ao memorial Yad Vashem, que lembra o genocídio judeu durante a Segunda Guerra Mundial, além da reunião com os dois grandes rabinos de Israel no centro Heichal Shlomo.
Ao todo, o pontífice fará, em três dias, 14 discursos e andará no papamóvel descoberto em Amã e Belém, porém em Jerusalém, informou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

Os gestos proféticos do Papa Paulo VI

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23.05.2014 // IMPRIMIR
Existe um livro que ajuda a esclarecer alguns gestos significativos do pontificado de Paulo VI, que também hoje fala à Igreja e ao mundo daquela atenção deste pontífice por uma profunda renovação da Igreja, na simplicidade e radicalidade evangélica. Tem como titulo “Os gestos de Paulo VI”, escrito por Dom Ettore Malnati, vigário episcopal para o Laicato e a Cultura da diocese de Trieste.

A figura e obras do Papa Montini, observa Dom Malnati, “destacam-se de modo singular pela delicadeza de espírito, pela sua busca de solução a favor de uma economia sólida, por uma sensibilização em todos os níveis, pelo desarmamento e pela paz, também pelo estilo de diálogo instaurado na Igreja, entre a Igreja Católica e os outros cristãos e as outras religiões, e entre a Igreja e o mundo”.

Muitos gestos de Paulo VI foram os primeiros, a partir do fato de que foi o primeiro papa a ser peregrino na Terra de Jesus e entre os pobres do mundo em seus países. “Foi o Papa dos gestos singulares, com a renúncia à tiara papal para sensibilizar a Igreja e o mundo sobre os países pobres: com a retratação das excomunhões e o caminho ecumênico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, sobretudo graças à disponibilidade do patriarca Atenágoras, e com a Igreja anglicana, graças ao arcebispo Ramsey”. Foi o primeiro papa a falar nas Nações Unidas a favor da paz e do desarmamento. 

O motivo da visita de Paulo VI à Terra Santa era “dar um forte sinal a toda Igreja Católica e aos Padres conciliares, de modo que a Igreja toda refletisse sobre a origem da fé cristã e partisse novamente de Cristo”, escreveu Dom Malnati. O papa partiu no dia 4 de janeiro de 1964, para a terra natal de Jesus, onde recebeu um acolhimento caloroso: as pessoas queriam “de qualquer jeito estar perto do Papa, tocá-lo, ter uma bênção ou um sorriso”. A primeira viagem do Papa fora da Itália foi “uma verdadeira peregrinação com um banho de multidão”.

No dia de sua chegada à Terra Santa, Paulo VI encontrou o patriarca ecumênico Atenágoras, e o histórico abraço entre os dois marcou o início de uma verdadeira e recíproca aproximação entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Constantinopla. No dia 7 de dezembro de 1965, “jornada memorável”, na vigília de conclusão do Concílio Vaticano II, foi abolida a excomunhão recíproca entre as duas Igrejas, de 1054. Homem de uma extraordinária sensibilidade humana e cristã, Paulo VI queria também que fosse restituída a relíquia da cabeça de Santo André apóstolo ao mundo ortodoxo. 

Grande também foi a devoção de Paulo VI à Virgem Maria. Proclamou-a, no Concílio, Mãe da Igreja e a quis homenagear - primeiro papa a fazê-lo - em Fátima e em Éfeso.

Também o cardeal Dionigi Tettamanzi ressalta um outro gesto significativo de Paulo VI: “o alcance singular que gera e continuará na missão evangelizadora da Igreja”: a Encíclica Humanae vitae, texto “vibrante de uma autêntica profecia evangélica”.

“Quem conhece a Encíclica Humanae vitae, seja no seu conteúdo doutrinal, seja no contexto histórico das polêmicas e da recusa que encontrou imediatamente, é levado a reconhecer em Paulo VI o rosto do profeta, aquele homem verdadeiramente ‘corajoso e forte’, escreve o cardeal.

No contexto cultural imperante, para anunciar ao mundo de hoje a doutrina moral da Humanae vitae servem, de fato, “uma coragem e uma audácia verdadeiramente profética”, “e não somente da parte da hierarquia que ensina, mas também da parte dos fiéis leigos, em especial dos esposos cristãos”.