sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Os Arcebispos Metropolitanos receberão os pálios em suas dioceses.

Por Erick Marçal – Da Porta Sant’Anna: A 5 meses de os novos arcebispos metropolitanos, comumente, receberem os pálios pastorais das mãos do Papa em Roma, o jornalista norte-americano Gerard O’Connell, deAmerica Magazine, teve acesso a uma novidade, que, contudo, retoma um antigo costume: em carta enviada aos Núncios Apostólicos, em 12 de janeiro passado, Mons. Guido Marini, Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, comunicou que o Papa Francisco decidiu que eles serão, a partir de agora, também os Legados Pontifícios para entregar e impor a insígnia aos novos arcebispos em suas próprias dioceses.
Como aconteceu nas últimas 3 décadas, por iniciativa de João Paulo II,<br /> os Arcebispos com os pálios impostos pelo Papa na Missa da Solenidade de São Pedro e São Paulo, no Vaticano. Esta imagem é da ocasião em 2013, a primeira do Papa Francisco.
Como aconteceu nas últimas 3 décadas, por iniciativa de João Paulo II, os Arcebispos com os pálios impostos pelo Papa na Missa da Solenidade de São Pedro e São Paulo, no Vaticano. Esta imagem é da ocasião em 2013, a primeira do Papa Francisco.
Foi  João Paulo II que introduziu o costume de, anualmente, a 29 de junho, grande solenidade universal dos Apóstolos Pedro e Paulo, os arcebispos metropolitanos nomeados no último ano irem até Roma e receberem de uma só vez e de suas mãos o pálio pastoral. Era uma forma de expressar grandiosamente a comunhão mais estreita entre os Arcebispos e o Papa, da qual o pálio é o sinal permanente. Eles concelebravam a Missa, recebiam cada um o pálio e voltam para suas dioceses, somente dentro do território das quais portariam a mesma insígnia. Bento XVI, quando foi eleito Papa, manteve o costume. Antes disto, cada novo Arcebispo recebia, como agora será, o pálio em sua própria diocese, para o que o Papa nomeava um Legado, para impor a ele a insígnia em seu nome. Normalmente eram os Núncios, mas também, diante de alguma impossibilidade, outro Arcebispo ou outro importante Prelado.
Dom Manuel Monteiro de Castro, então Secretário da Congregação para os Bispos, recebe de Bento XVI os pálios restantes da Missa do dia 29 de junho, para ir impô-los em suas próprias dioceses aos Arcebispos ausentes.
Dom Manuel Monteiro de Castro, então Secretário da Congregação para os Bispos,
recebe de Bento XVI os pálios restantes da Missa do dia 29 de junho, para ir impô-los em suas próprias dioceses aos Arcebispos ausentes.
Mesmo nas últimas 3 décadas de Arcebispos se dirigindo a Roma de uma vez, a cada ano, para receberam os pálios das mãos do Papa, sempre houve um Legado Papal para ir pessoalmente à diocese de algum novo Arcebispo que, por motivo grave e imprevisto, não se fez presente no Vaticano no dia 29 de junho. Portanto, ao fim da imposição dos pálios, normalmente o Secretário da Congregação para os Bispos recebia do Papa os pálios restantes e depois levava e impunha a algum Arcebispo, tal como o rito previsto no Cerimonial dos Bispos, que deve ser feito no início de uma Missa.
Postos no túmulo de São Pedro no dia 24 de junho, os pálios aguardavam aí até o dia 29  de junho, quando eram levados para o altar e abençoados pelo Papa.
Postos no túmulo de São Pedro no dia 24 de junho, os pálios aguardavam aí até o dia 29 de junho, quando eram levados para o altar e abençoados pelo Papa.
De fato, tanto a nova decisão do Papa Francisco recupera o antigo costume quanto aplica o que o Cerimonial dos Bispos prevê. Contudo, ainda este ano é previsto que mais de 40 Arcebispos recebam o pálio do próprio Papa, como era comum, a não ser Dom Blase Cupich, nomeado pelo Pontífice como Arcebispo de Chicago (EUA) em 1º de julho de 2014: ele concelebrará a Missa do dia 29 de junho em Roma, mas receberá o pálio de maneira diferente da parte do Papa, em forma simbólica. Após algum tempo, em sua própria diocese, será o primeiro Arcebispo a ter o pálio imposto pelo Núncio Apostólico.
A intenção disto é evidenciar a participação das dioceses neste importante fato na vida do Arcebispo, que tem a ver com a vida de seus fiéis. Para Roma, o clero e alguns leigos acompanhavam o Bispo. Agora, o pálio encontrará o Arcebispo em sua diocese e todos verão isto.
Com informações de Vatican Insider.

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